Nacional 1 – Sporting 1
Logo aos 8’, o Nacional chega ao golo, após uma autêntica batalha entre ambas as equipas no meio-campo da equipa madeirense para ver quem ficava com a bola com o intuito de, com ela, partir para o ataque. Quem acabou por fazê-lo foi Nenê (após alívio de Maicon) que fez um golão, ao ver Rui Patrício adiantado da baliza (muito mal o guarda-redes) e a chutar em jeito de chapéu para o fundo das redes do responsável leonino pela manutenção da baliza inviolável, do lado direito, fora da área. Nenê, que é uma das principais revelações da Liga Portuguesa desta época, é um ponta-de-lança de muita qualidade, mais uma vez mérito para Rui Alves, pois é o presidente nacionalista que vai observar os jogadores in loco para depois contratar os que reúnam as suas preferências – e as do técnico – e, refira-se, fá-lo bastante bem, como poucos. Aos 17’, Liedson esteve muito perto do golo: Maicon joga na segurança para trás, para Bracalli, que chuta a bola para a frente, esta cai mesmo no centro do terreno, a meio-campo e é cabeceada por Rochemback para as costas de Cléber que vê o levezinho passar rapidamente por si, com a agilidade habitual que lhe é característica, a ganhar posição e a chutar por cima da baliza de Bracalli. Ainda assim, o golo andou perto. Aos 28’, o Sporting ganhou um lançamento de linha lateral que esteve na origem de uma oportunidade de golo muito boa para a equipa de Alvalade, o lançamento é marcado para os pés de Postiga que centra a bola para a área adversária. Esta é, no entanto, cortada, de cabeça, por Cléber sobrando, assim, para Roca chutar de longe com força com o pé esquerdo, o seu mais fraco, e ver a bola passar pertíssimo do poste esquerdo da baliza de Bracalli. Este atirou-se, mas era muito difícil agarrar esta bola. Aos 33’, houve penalty para a equipa da casa, feito por Abel, sobre o homem do único golo da partida feito até ao momento, Nenê. E foi mesmo este quem bateu, tendo o cuidado de o fazer com força para o seu lado esquerdo (direito da baliza, portanto), mas que, apesar de tudo, permitiu a Rui Patrício uma excelente intervenção, ao evitar o 2º tento de Nenê no jogo e, por conseguinte, do Nacional. Aos 42’, Vukcevic aguenta a pressão de dois nacionalistas, junto à bandeirola de canto do lado esquerdo do ataque do Sporting, dá para trás para Grimi que, mal recebe a bola e vê um adversário cair-lhe em cima, depressa a liberta para Roca, jogador que esteve inspirado no jogo de ontem. Desta feita, Roca tira um adversário do caminho, ameaçando o remate com o seu pé direito, chutando depois com o esquerdo e vendo a bola embater com estrondo nas malhas laterais. Esta é que não dava hipóteses a Bracalli e foi também isso que ocorreu, porventura, no pensamento do brasileiro, que se limitou a seguir a trajectória da bola com o olhar. Quando passava precisamente 1 minuto de compensação dos 45’, Liedson, descaído sobre o flanco direito, joga na frente para Izmailov que cruza rasteiro para Vukcevic fazer o golo, com Patacas a seu lado, tentando evitar que tal acontecesse, mas completamente impotente face à aparição do montenegrino na pequena área nacionalista, com Bracalli ao primeiro poste, entre Izmailov e Vuk. Aos 46’, quando estava completado apenas o 1º minuto da 2ª parte, Grimi cruza, de pé direito – o seu mais fraco, para Vukcevic que aparece ao 1º poste e que é obrigado a cabecear para trás de si para poder atingir a baliza de Bracalli. Neste lance, Vuk fica lesionado com o choque violento de um adversário que saltou com ele. Aos 56’, há falta um pouco depois do meio-campo, favorável ao Sporting, para Rochemback bater, marcando este um pontapé de livre com muito efeito, a puxar o cabeceamento que surgiu por Daniel Carriço, a obrigar Bracalli a defesa bastante apertada com a sua mão direita. Grande momento. Aos 83’, Bracalli quase borra a pintura, após inúmeras intervenções bastante boas, este não consegue segurar um chuto de João Moutinho à figura, depois de este estar em posição frontal à baliza e chutar com o seu pé mais fraco – esquerdo – logo não com tanta força. A bola bate no terreno antes de chegar às mãos de Bracalli e bate-lhe na cara, não chegando, portanto, a tocar-lhe com as mãos sequer e obrigando, assim, a um corte providencial de Luiz Alberto (Liedson já estava à espreita). Aos 91’, já bem perto do final da partida, Liedson, descaído na direita, joga para dentro da área, para Moutinho, que tira um adversário do caminho e chuta à figura de Bracalli que desvia a bola para linha lateral. Boa jogada do Sporting, começada a meio-campo pelo levezinho.
Um comentário:
Resultado justo, com um frangalhão do Rui Patrício ( afastado da linha de golo cerca de 15 metros ????) e pontapé feliz do jogador madeirense (saíu um golão....)
O pressing final do Sporting e o contra-ataque do Nacional, nos últimos 10 minutos permitiram ocasiões para o desempate (para cada lado).
Mesmo assim, a repartição de pontos é merecida ( ainda bem, para o SLB, não foi??)
JA
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