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terça-feira, 30 de março de 2010

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Bons apontamentos na primeira parte, fraca exibição na segunda

Aqui fica o segundo golo do Sion, e último do jogo, marcado por Moustapha Dabo, jovem avançado senegalês de 23 anos, num livre soberbo. O golo acabou por trazer um toque mágico a um jogo que, depois de um bom início, em que se viu o Benfica a jogar um bom futebol, a criar perigo através de jogadas colectivas executadas rapidamente e ao primeiro toque (nota extremamente positiva que, independentemente de vir a pôr a equipa a jogar um bom futebol mais para a frente da temporada, conseguiu pôr a equipa a entender-se bem colectivamente logo no primeiro jogo da época, quando esta ainda nem tem 2 semanas de treino), com destaque para as presenças em campo do trio Aimar-Saviola-Cardozo e Di María. Na segunda parte todos estes jogadores acabaram por dar lugar a outros e nenhum deles (Nuno Gomes, Nélson Oliveira, Mantorras, Urreta, Fábio Coentrão) se destacou pela positiva, antes pelo contrário e aí o jogo tornou-se feio e nada vistoso, daí afirmar que o golo serviu para abrilhantar uma exibição que nada estava a ter de brilhante. Nota para Roderick Miranda, que já aqui destaquei como sendo um jovem (18 anos) com um enorme valor (assim como Nélson Oliveira) e que ontem realizou uma exibição extremamente positiva, destacando-se pela sua presença na defesa, sempre bastante certinha e demonstrando ainda um bom pormenor técnico. Para bem do Benfica, do futebol português e, acima de tudo, do próprio futebol, é bom que estes jogadores não sejam desaproveitados como tantos têm sido até aos dias de hoje. Contudo, estou em crer que o Benfica cumprirá com a sua palavra e passará a apostar muito mais em jovens como o próprio Luís Filipe Vieira já confirmou em entrevista recente dada à SIC Notícias e Rui Costa deixa antever.

Link: Sion 2-2 Benfica

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Entrevista de Luís Filipe Vieira - SIC Notícias

Aqui fica a entrevista de Luís Filipe Vieira, presidente demissionário do Benfica e candidato à presidência do clube nas eleições de hoje, concedida dia 30 de Junho à SIC Notícias.

sábado, 9 de maio de 2009

Quique Flores, chicotada advinha-se


Hoje venho falar da temática, muito batida ultimamente, Quique Flores. No meu texto, irei basear-me no vídeo desta semana que Pedro Ribeiro fez para À Lei da Bola, programa online que junta Pedro Ribeiro (Benfica), José de Pina (Sporting) e Pedro Marques Lopes (Porto) que, em clips de 4 a 8 minutos falam sobre a actualidade dos seus respectivos clubes com um tom humorista. Nesta semana, Pedro Ribeiro intitulou o seu vídeo de Quique: CTRL+ALT+DEL, numa alusão ao facto da equipa já há muito ter bloqueado com o espanhol e, como tal, o Benfica ter o dever de “terminar a tarefa” de Quique (despedi-lo) e “iniciar nova tarefa” (contratar outro treinador). E porque é que escolhi um vídeo de Pedro Ribeiro? Simples, a primeira das três vezes que já o ouvi fiquei impressionado com o animador da Rádio Comercial, ao ouvi-lo tocar em pontos que já defendo há algum tempo. Antes de partir para estes pontos, gostaria de referir a altura em que Pedro Ribeiro, também comentador da Sport-tv, afirma que Quique parecia uma pessoa civilizada, que percebia de bola, o que, juntando à lembrança de Pedro Ribeiro de que o Benfica, em Janeiro se encontrava na primeira posição, sem derrotas (única equipa dos principais campeonatos europeus sem derrotas), leva a questionar como é que a equipa está neste momento com 5 derrotas (uma média de uma derrota a cada seis jogos) e olhando para as exibições do Benfica em casa contra o Nápoles e o Sporting, levanta ainda outra questão: como é que é possível a equipa jogar tão mal? A tendência de uma equipa, como aconteceu claramente com o FC Porto é, mesmo começando mal a época, vir a subir de rendimento. Uma equipa que joga pior a cada jogo que passa, acumula cada vez mais derrotas com o passar das jornadas em vez de acumular mais vitórias, significa que algo está errado, e se olharmos para este (de Quique) Benfica não conseguimos ver um fio de jogo, uma dinâmica bem interiorizada pelos jogadores. No início da época elogiei, não só o potencial e a qualidade dos jogadores, como também o de Quique, pois, como diz Pedro Ribeiro, Sanchez Flores parecia mesmo perceber de futebol, ser uma pessoa calma, educada, com princípios e ideias bem definidas para o seu Benfica e para a sua carreira profissional, o que é facto é que, pelo que jé referi, o espanhol não convenceu e cada vez mais os seus discursos deixam adivinhar uma promoção pessoal, feita para cair bem no seio dos outros clubes, espanhóis e não só, o que, a juntar às declarações feitas ao longo da época aos media espanhóis, que vão de encontro às afirmações do treinador que várias vezes se fez ouvir, dizendo não saber se ficaria na próxima temporada e tudo mais. Com isto pego já num dos pontos tocados por Pedro Ribeiro, que me parece ser bastante importante: o homem que há quatro anos tinha um programa na SIC Radical, denominado Conversas Ribeirinhas, afirmou que a tolerância dos adeptos durante todo o ano foi à prova de bala. Ponto 1: tolerância dos adeptos ao projecto Rui Costa-Luís Filipe Vieira foi completamente inolvidável, com os adeptos a assistirem à derrota com o Galatasaray em casa por 0-2 e a baterem palmas no final do jogo à equipa – se tivéssemos a falar sobre equipas inglesas, tudo isto seria normal, mas não nos podemos esquecer que estamos em Portugal (!). Ponto 2: rescisão com Léo, este é um ponto sobre o qual muitos benfiquistas ainda hoje deverão estar à espera de explicações mas que logo se percebeu que teve como motivo principal a relação do brasileiro com Quique e não o facto dos pais estarem em estado grave. Após um grande esforço de Rui Costa para renovar com Léo, melhor lateral do Benfica desde há muitos anos [que] foi despedido pela porta do cavalo, Quique resolve pô-lo de castigo, afirmando que lhe fazia bem estar de fora para aprender os erros que comete no seu jogo. Ninguém sabe que erros são esses, tirando aqueles que até os melhores têm, comuns a qualquer jogador, mas Quique, teimoso e conflituoso com os jogadores, lá reparou que Léo, jogador bastante acarinhado pela massa associativa da Luz, por deixar tudo em campo, tinha alguns defeitos que seriam corrigidos, quando este visse jogar Jorge Ribeiro, jogador que também não convenceu Quique, que optou adaptar David Luiz ao lugar. Dir-me-ão que não foi por isto que o Benfica deixou escapar mais um campeonato, também sei, mas é mais um jogador de grande qualidade num plantel que esta temporada tinha a obrigação de conseguir o apuramento para a Champions (o mínimo exigido), mais uma solução. Ponto 3: a equipa não joga nada, sobre este ponto não há muito a dizer, a equipa não tem fio de jogo, a dinâmica ainda não foi interiorizada pelos jogadores, porém a questão que se coloca é a seguinte: será que alguma vez irá ser? É que Quique Flores só uma vez repetiu três vezes consecutivas o mesmo onze, o que leva qualquer adepto a ponderar se este é o caminho certo para o clube, pois creio que é este o motivo principal para a equipa não ter fio de jogo, o facto de Quique não ter um onze base definido, tendo, por exemplo, posto Aimar a segundo ponta-de-lança, nº10, extremo-esquerdo, extremo-direito, Rubén Amorim jogou a grande maioria da temporada a ala-direito, em detrimento da sua posição de origem (médio-defensivo/médio-centro), considerado o erro mais gritante pelos adeptos, em geral. E por aí em diante…Ponto 4: chicotada psicológica, é este o desejo de muitos benfiquistas e a ideia que passa cá para fora, apesar do voto de confiança deixado por Filipe Vieira (que, normalmente, não avizinha coisas boas para os treinadores), é a da vontade de ambas as partes em rescindir contrato, porém, nestas situações há sempre estratégia de ambas as partes, assim Quique tem vários clubes, essencialmente espanhóis (tais como o Bétis), na sua peugada, mas no entanto o espanhol não quer ir com os bolsos vazios e, como tal, vai passando a ideia que está cá para cumprir contrato até final mais um ano), por sua vez o Benfica, como o demonstra o voto de confiança deixado pelo presidente, também não quer gastar os tais 3 milhões de euros na rescisão unilateral de contrato, pelo que afirma que o treinador vai manter-se até final de contrato – é este o jogo vivido actualmente pela estrutura encarnada, com as duas partes esperando a cedência da outra. A solução poderá mesmo passar pela rescisão amigável, comum neste tipo de casos, para agradar minimamente ambos os lados. E aqui Pedro Ribeiro é muito claro: defendo que não se deve andar a trocar de treinador todos os anos em nome da estabilidade, mas dá-me ideia que estabilidade má ainda é pior. É que insistir na estabilidade só pela estabilidade não vejo [a vantagem]. Pois bem, Alex Ferguson também levou 6 anos para conquistar o campeonato inglês desde que chegou ao United e foi, até, bastante contestado. No entanto, é precisamente neste ponto que penso que se deve focar um clube, para bem do funcionamento do mesmo, não se deve avaliar apenas o trabalho presente, a última conquista do treinador, há quanto tempo foi, mas sim as suas competências, porém não creio que um treinador que a perder em casa com a Académica só se mete ao ataque a 20 minutos do fim, seja o treinador ideal, pelo menos para um clube da dimensão do Benfica. Solução, em jeito de conclusão: arranjar um treinador competente, que perceba realmente de futebol e que entenda a realidade do futebol português para, aí sim, se poder insistir na estabilidade. Caso contrário, de nada serve insistir na estabilidade.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Treinadores muito emotivos...

Numa altura em que se fala do nome de Scolari como possível sucessor de Quique Flores no comando técnico do Benfica, apesar do voto de confiança deixado por Luís Filipe Vieira, aqui fica uma reportagem do canal televisivo ESPN sobre treinadores com um temperamento buliçoso. E dentro de poucos dias escreverei um artigo de opinião relacionado directamente com Scolari…

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Sugestão bizarra de Rui Moreira


Aqui fica uma sugestão bastante bizarra de Rui Moreira no programa da RTP N, Trio de Ataque, do dia 20 de Janeiro, propondo a falta de comparência do seu clube, FC Porto, para o jogo da Taça da Liga, a contar para as meias-finais da competição, contra o rival Sporting. Esta caiu muito mal no seio dos outros comentadores, nomeadamente em Rui Oliveira e Costa (Sporting), que cedo lhe tentou fazer ver que não comparecer a uma prova é diferente de não comparecer a um jogo, quando Rui Moreira estava já a atacar o Benfica, afirmando que Luís Felipe Vieira, no ano transacto, ameaçou que o Benfica não participaria na prova por não gostar da direcção da Liga. Arrependido de ter lançado tal sugestão, ou talvez não, Rui Moreira continuou a sua demanda, levando a ideia por ele exposta até ao fim. Foi, sem dúvida, uma saída infeliz do comentador portista.


sábado, 4 de outubro de 2008

Benfica 08/09

Tenho vindo a defender que este Benfica tem potencial para grandes feitos e nesta semana a equipa da Luz correspondeu às minhas expectativas ao realizar duas grandes exibições (contra Sporting e Nápoles, os dois em casa, a contar para a Liga e para a Taça UEFA, respectivamente; em ambos os jogos venceu por 2-0). Primeira grande aquisição para a época 2008/09 e que foi responsável por todas as restantes: Rui Costa. Se ainda restavam dúvidas quanto à capacidade do antigo maestro e agora director-desportivo e administrador da SAD em tomar as rédeas do glorioso, estas já se terão dissipado pois, afinal de contas, o Benfica precisava (e continua a precisar) de estabilidade e boas soluções dentro do plantel e, ao que tudo indica, o antigo número 10 dos lampiões veio rectificar ambas as necessidades da águia. E vai ser pelas boas soluções encontradas pelo Benfica para fazer frente à longa época que tem pela frente que eu vou começar a escrever. Questionava-se se o facto de Rui Costa ter sido um antigo jogador de futebol (de classe mundial) poderia ter uma relação directa com as suas habilidades na função que agora desempenha. O que é facto é que, e por isso serem importantes os parêntises que eu coloquei para elevar Rui Costa a um nível superior ao da grande maioria dos jogadores: um ex-jogador de classe mundial, Rui Costa percebe os jogadores, compreende-os e sabe o que é ser como eles, possui uma lista de contactos infindável e, para somar a todas estas virtudes e vantagens, trata-se de um homem muito respeitado no Mundo do Futebol, não só por ter sido o jogador que foi, dos melhores que já passaram pelos relvados, como também pela sua postura e atitude. Por tudo isto, arrisco-me a afirmar que Rui Costa será mais importante no Benfica como director-desportivo do que o foi enquanto jogador. O tempo me dará razão.
Depois de feita uma pequena introdução aos muitos benefícios que acredito que Rui Costa ainda pode trazer e está já a trazer para "sua casa" , vou então passar a dar a minha opinião relativamente aos reforços encarnados para encarar com garra a época que começou há quatro jornadas. Começando por Quique Flores. Boa aposta de Rui Costa: treinador jovem, ambicioso, disciplinador que, apesar da pouca experiência como treinador (treinou as camadas jovens do Real Madrid, onde apanhou jogadores muito desejados por si para o seu novo projecto com o Benfica, esta época, tais como Javier Balboa, Luís García e Jordi Codina - apenas as negociações pelo primeiro chegaram a bom porto -, seguiu-se o Getafe, cargo que ocupou de 2003 a 2005 e, antes de assinar pelo Benfica, o Valência, entre 2005 e 2007), já tem realizado bons trabalhos pelos clubes por onde passou. Para além dos seus atributos enquanto treinador, Quique impressiona com as frequentes declarações positivas, humildes e perspicazes que profere e que encaixam que nem uma luva naquilo que se pretende para o "Novo Benfica", tais como "90 % de suor e 10 % de sorte", e com as substituições eficazes que efectua. Relativamente a jogadores, é de notar que o Benfica parece ter acertado em todas as suas contratações, factor fundamental para o sucesso de uma equipa e que tem permitido ao FC Porto manter-se no topo da Liga nos últimos três anos. Começando pelos reforços sonantes, os nomes de Pablo Aimar, José António Reyes e David Suazo falam por si: jogadores de classe mundial e que têm como denominador comum o facto de falarem todos a mesma língua, o castelhano. Aimar foi a grande contratação da época, o grande nome arranjado pelo Homo-mercato do Benfica para o suceder, sendo a sua responsabilidade a de fazer, não digo esquecer Rui Costa, pois isso será impossível, mas sim tentar "tapar" ao máximo o buraco da sua ausência. Porém, até aos dias que correm, ainda não conseguimos ver jogar o "verdadeiro Aimar", pois o que chegou tem estado permanentemente lesionado e limitado fisicamente, todavia, quando pega na bola, vê-se logo que se trata de um jogador com uma técnica bastante acima da média e que, se recuperar a sua forma física de outrora, constituirá certamente uma grande mais-valia para o Benfica. David Suazo demonstrou toda a sua classe ao facturar na sua estreia pelo Benfica, fora, contra o Nápoles e, apesar de se ter lesionado, teremos ainda muito tempo para observar a sua capacidade de explosão durante várias jornadas, nacionais e europeias. Por fim, ainda no campo dos reforços sonantes, Reyes tem sido o reforço que mais rápido se tem adaptado à realidade do clube da Luz, tendo esta semana marcado dois golos decisivos, que deram o mote a duas vitórias importantíssimas e que mais rápido tem caído na graça dos adeptos. É de relembrar que apenas Aimar foi adquirido na totalidade, por 6,5 milhões de euros, ao passo que o Benfica ainda só adquiriu 25% do passe de Reyes por 2,65 milhões de euros, que vem por empréstimo de uma época, com uma cláusula de compra avaliada em 8 milhões de euros e David Suazo que, apesar de em Itália afirmarem que o empréstimo de um ano contempla cláusula de compra, tudo indica para o contrário. A boa política de contratações do Benfica para a temporada 2008/09 não se limitou a reforços sonantes (nem devia, devido ao elevado preço dos mesmos, não só a nível da transferência, como também dos salários), mas também a duas jovens promessas internacionais, a jogadores em fim de contrato e, como tal, adquiridos sem qualquer custo envolto na transferência e ainda a jogadores que não se incluem nem num grupo nem no outro, como são os casos de Carlos Martins e Javier Balboa. Assim, o Benfica apostou em Urreta, extremo-esquerdo/ponta-de-lança uruguaio, que veio do River Plate do Uruguai. Tido como uma das grandes promessas do seu país, Urreta transferiu-se para o Benfica a troco de 1,25 milhões de euros estando na altura a realizar um início de campeonato promissor com 8 golos em 14 jogos e a sua aquisição a ser disputada por algumas equipas europeias, com especial destaque para Chelsea, Real Madrid e Ajax. Apesar de alguma imaturidade própria da idade, este jovem mostra-se bastante bravo e raçudo a jogar, demonstrando possuir também boa velocidade. Sídnei, a outra jovem promessa internacional teve como cartão de visita os 5 milhões de euros dispendidos pelo Benfica por metade do seu passe, o que só demonstra a grande esperança que o clube da Luz deposita neste jovem brasileiro. Sídnei tem cumprido a sua missão com excelência, realizando grandes exibições, tendo inclusivé já marcado contra o Sporting, no jogo a contar para a quarta jornada da Liga, e contra o Nápoles na primeira-mão da eliminatória de acesso à fase de grupos da Taça UEFA. Destaca-se pela sua compleição física (185 cm e 80kg) e pelos bons índices de desarme que apresenta. Pegando nos jogadores contratados a custo zero, temos os portugueses Rúben Amorim, que abre uma excepção à regra, pois, apesar de estar em fim de contrato, "obrigou" o Benfica a pagar uma indemnização ao Belenenses de 900.000/1 milhão de euros, jogador que está a dar continuidade à sua qualidade já conhecida aquando dos tempos do Belenenses, agora num clube que já chegou a representar nos escalões de formação, clube esse com ambições e pressão maiores que o de Belém. Jorge Ribeiro, contratado ao Boavista, ele que também já tinha representado o clube da Luz: ao serviço do Bessa, facturou oito golos e realizou sete assistências em 26 encontros na época passada, que constituiu a sua primeira e última época de pantera ao peito. Outro jogador contratado a custo zero ao Boavista , foi Ivan Santos, internacional sub-20 também ele português, uma das maiores promessas nacionais disputado, entre outros, pelo Belenenses, que acabou por ingressar no clube da Luz, apesar de ter sido logo emprestado ao seu clube formador de onde tinha acabado de sair - Boavista - e pelo qual veste o número 10 nas costas e forma a dupla atacante com João Tomás (nº9, jogador que teve passagens, entre outros, pela Académica, Benfica, Bétis e Braga). No plano internacional, ainda a custo zero, encontra-se a situação de Hassan Yebda que, apesar de ter ganho o campeonato do Mundo de sub-17, em 2001, pela França, numa selecção em que figuravam, entre outros, os primos Sinama-Pongolle e Anthony Le Tallec, "ninguém" (e quando digo "ninguém", estou a incluir-me nesse "ninguém") dava nada por um médio do modesto Le Mans, que ficou em nono lugar na liga francesa no ano transacto, que jogou apenas 17 jogos a titular e neste momento é admirado por toda a gente, pelo excelente jogador que é: um trinco/interior muito útil e eficaz, com uma grande compleixão física (187cm e 77kg), muito alto, varre o meio-campo, bom no passe curto e que realiza muitas faltas inteligentes. Forma uma excelente dupla no meio-campo benfiqusita com Carlos Martins. Um jogador inteligente e bastante interessante (aqui fica uma grande contratação de que há uns meses falava, que os clubes têm, ou pelo menos deviam, de fazer: avaliar as capacidades dos jogadores e encaixá-los na equipa tendo em conta as suas capacidades e não o que fizeram nos últimos meses ou o facto de serem de renome). Para terminar esta curta análise aos reforços encarnados temos, entre os reforços sonantes e os que vieram a custo-zero, Javier Balboa, contratado ao Real Madrid por 4 milhões de euros, jogador que tarda bastante a impôr-se (é suplente) e o magnífico Carlos Martins, jogador de características que aprecio bastante, características estas que se baseiam na visão de jogo e na capacidade de passe (longo e curto), essencialmente, o que a juntar à sua garra, capacidade de marcar cantos, livres e rematar de longe, o tornam num dos melhores jogadores da Liga Portuguesa. Para além do mais, está com uma vontade muito grande de se impôr no futebol português, oportunidade que lhe foi dificultada em Alvalade, onde tinha fama de indisciplinado. Mais uma grande contratação do Benfica.

Como Rui Costa e Quique Flores têm tentado passar a mensagem: é preciso tempo para construir uma equipa e os adeptos precisam de ter paciência. Tem de haver humildade e esforço para catapultar o Benfica para os tempos gloriosos outrora sentidos com frequência na Luz. Mas uma coisa é certa, o Benfica está no bom caminho...