terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O Fim-de-semana dos 3 grandes, 13ª jornada 2008-09

V. Setúbal 0 – Sporting 2


Liédson 17' 0-1

João Moutinho 30' 0-2


O Sporting deu o primeiro sinal de perigo aos 9' da primeira parte, numa resposta de Daniel carriço de cabeça, ele que viria a ser expulso por acumulação de amarelos, a um canto marcado pelo capitão João Moutinho. Não tardou muito a resposta dos sadinos, visto que, quatro minutos depois, Mateus levava perigo à baliza de Rui Patrício ao marcar um livre, que passou a uns dois metros da baliza, não mais do que isso. 17 minutos após o apito inicial, foi a hora escolhida pelos leões para fazer o primeiro golo da partida, com a assinatura do sempre perigoso Liédson, a aproveitar da melhor maneira a bola que estava a ser perdida por Abel, para rematar de pé esquerdo (o seu mais fraco). Aos 30' foi tempo de Liédson servir Moutinho, para este carimbar o último tento da partida, numa jogada com claras culpas para a defesa sadina, que viu Robson não saber o que fazer à bola e a permitir que o levezinho a resgatasse sem grandes dificuldades…Três minutos depois, chegou a hora de Abel "brilhar" ao safar uma bola perto da linha da baliza, numa jogada em que Rui Patrício comete uma saída a punhos um pouco desnecessário, pelo menos da maneira que a realizou e compromete, por momentos, o resultado da partida. Nota positiva para Bruno Vale, que aos 47' não se deixou enganar com um toque de Daniel Carriço, quando este apareceu, vindo de trás a atacar o primeiro poste, após um livre batido da direita por Miguel Veloso (de notar que também lá estava Hélder Postiga, para dificultar a tarefa ao internacional sub-21 português – falo de Bruno Vale). Aos 50' e 53', ocorreram duas das melhores oportunidades de golo para o V. Setúbal na partida, ambas protagonizadas por Leandro Carrijo, mas que não tiveram a trajectória desejada. Aos 59' boa jogada entre Vukcevic, Abel e Liédson, que acabou com um fremate cruzado da esquerda do montenegrino que não passou muito longe da baliza… A dois minutos dos 90', acontece a melhor chance para os sadinos com o homem que esteve em foco há três jornadas atrás, aquando da deslocação do Vitória à Luz, Anderson do Ó. Neste jogo teve também uma grande chance de golo muito perto do final, porém acabou por não dar o melhor desfecho possível a um chuto seu mesmo à boca da baliza.


Nacional 2 – FC Porto 4


Edson 14' 1-0

Hulk 50' 1-1

C. Rodriguez 71' 1-2

M. Fidalgo 80' 2-2

Lucho (g.p) 90' 2-3

Hulk 93' 2-4


Logo aos 2 minutos, assistiu-se na Choupana a mais uma demonstração de classe de Lisandro, jogador que todas as semanas, em todas as jornadas, insiste em mostrar todo o seu talento como que pedindo aos adeptos do futebol para não se esquecerem do nome do argentino, pois Licha é um dos melhores avançados do futebol europeu. Neste lance, Licha
limita-se a elevar-se, receber a bola no peito e, quando vai a cair, fazer um pontapé à meia-volta com um pé que nem é o seu preferido (esquerdo). Aos 14 minutos é a vez de Edson tentar a sua sorte para os visitados, num chuto de longe e em boa hora o fez pois, com a ajuda de Bruno Alves, conseguiu que a bola embatesse nas redes adversárias (bola desvia no central portista). Aos 26 minutos, os portistas iam vendo a sua equipa a colocar o empate no jogo, após uma excelente investida de Crístian Rodríguez pela esquerda, deixando dois nacionalistas pelo caminho e passando a bola para a entrada da área para o chuto do El Comandante Lucho González, não fosse Bracalli, guardião da equipa orientada por Manuel Machado, ter realizado mais uma excelente partida e dar continuidade ao seu excelente momento de forma que já tinha evidenciado na Luz. Aos 30', os madeirenses susteram a respiração quando viram Fabiano a quase enganar Helton, depois de um desarme de Bruno Alves. Foi preciso chegar o intervalo para a equipa comandada por Jesualdo Ferreira arrebitar um pouco, visto que só aos 50' Hulk consegue facturar o primeiro para os dragões, depois de mais uma boa investida de Lisandro pelo centro do terreno. Quem fez mesmo as delícias da noite foi Rodríguez ao finalizar da melhor maneira possível, num remate acrobático, uma excelente combinação entre Lucho e Guarín que se inicia no centro, vai descaindo para a esquerda para Fucile que devolve ao jovem colombiano e este acaba mesmo por cruzar da melhor maneira para o espaço na área ocupado pelo 10 uruguaio (71'). Apesar de estar em desvantagem, o Nacional não baixa os braços e chega mesmo ao golo ao minuto 77, através de um cabeceamento, perto da pequena área, de Miguel Fidalgo, após receber uma bola da esquerda, cruzada primorosamente por Mateus. Ao minuto 59, Hulk volta a tentar a sua sorte ao realizar um remate cruzado da direita, imprimindo ao remate toda a sua potência, obrigando Bracalli a desviar para pontapé de canto (é isto que estes jogadores têm de bom, mesmo sendo à figura, é muito difícil ao guarda-redes agarrar uma bola destas, correndo até o perigo de aparecer alguém à frente da baliza, para aproveitar a recarga, pelo que os guarda-redes preferem enviar a bola para canto, como mandam as regras). Aos 83', e mesmo que à figura, Bracalli volta a estar em evidência, evitando o golo de Lisandro numa jogada um pouco semelhante à por ele protagonizada logo aos 2 minutos do encontro. Desta feita, aproveita uma jogada de fino recorte de Lucho, onde este pica a bola para o servir da melhor maneira, e Licha
tem de dominá-la de peito, virar-se automaticamente para a baliza adversária e chutar com o pé que está mais à mão que, neste caso, foi mais uma vez o esquerdo. Aos 84' minutos, Fabiano fez o que lhe competia, tentando aproveitar da melhor maneira o cruzamento da direita do lateral-direito e capitão Patacas, numa jogada típica do mesmo, em que este sobe no terreno pelo lado direito, cruzando eximiamente, e cabeceando para o chão com o intuito que a bola faça chapelinho a Helton, porém, esta oportunidade de ouro, que podia ter colocado o Nacional de novo em vantagem, foi atraiçoada pela barra da baliza de Bracalli. Já em tempo de descontos, nos 90', Guarín chuta a bola em direcção à baliza de Bracalli, buscando o golo da vitória, porém o remate é interceptado pela mão de Felipe Lopes, que se esqueceu da mão lá em cima, acontecimento visto por Pedro Proença e, como tal, resultando num penalty para a equipa visitante, penalty esse convertido facilmente por Lucho González, ele que marca bastante bem os pontapés da marca de 7 metros. Por fim, já a terminar a partida, Fucile intercepta o Nacional, quando este se preparava para invadir o meio-campo portista, dá a bola a Guarín, este toca para Lisandro e Lisandro, uma vez mais, a estar em evidência ao fazer um passe magistral, de grande efeito para Hulk que brinda os adeptos, ao tirar um defesa do Nacional do caminho com o pé direito (o seu mais fraco) e concretizando com o esquerdo, colocado, em jeito de chapelinho a Bracalli (93'), que não merecia sofrer 4 golos nesta partida.


Trofense 2 – Benfica 0


Reguila 45' 1-0

Hélder Barbosa 82' 2-0


Destaque para a tentativa de Suazo logo aos 30 segundos de jogo, porém, e apesar da boa investida, esta saiu à figura, ainda que para baixo, o que permitiu a Paulo Lopes a execução de uma defesa fácil com os pés, sem grandes alaridos. Ele que viria a fazer uma excelente partida. Paulo Lopes que, bem como Hugo Leal, tinham uma natural ambição acrescida neste jogo, uma vez que defrontavam uma ex-equipa sua, factor que se torna decisivo nalgumas partidas, como foi o caso. Logo a seguir, aos 18 minutos, uma perigosa jogada entre Aimar e Suazo ia dando o golo aos da Luz, não fosse mais uma grande intervenção de Paulo Lopes. Estes dois lances, logo no início do embate, deixavam adivinhar uma noite risonha para o Benfica.

Na outra baliza estava Moreira e, apesar de ter sido dos piores da noite, com claras culpas no golo de Reguila (45'), apesar de se ter tratado de um remate potente, passou uma imagem de segurança, de que não iria ser ele a facilitar o trabalho aos avançados trofenses quando, aos 30 minutos não se deixa enganar com o desvio traiçoeiro de Suazo aquando da marcação de um livre para os homens da Trofa, marcado pela antiga promessa Hugo Leal. De relembrar que este livre nasceu de uma falta sobre Hélder Barbosa, ele que fez um jogão que lhe vale o título de melhor em campo, com 16 passes acertados (entre os quais, uma assistência soberba para o golo de Reguila), vários pormenores de fino recorte técnico, como passes de calcanhar e ainda, matando a exibição ao fazer o 2-0.

Aimar ainda tenta, aos 57 minutos, fazer o golo, rematando de cabeça, à figura, numa jogada que constituiu provavelmente o maior perigo que o Benfica causou à equipa caseira na segunda parte, o que dá bem uma noção da exibição benfiquista que, com a expulsão de Binya, desceu ainda mais e, simultaneamente, permitiu ao Trofense crescer como equipa e continuar à procura do golo, que viria mesmo a acontecer a 8 minutos dos 90.

Única nota negativa para Hélder Barbosa, tapada pela excelente exibição do internacional sub-21 português, aconteceu 4 minutos antes de facturar, numa excelente combinação com Mércio, em que o 77 do Trofense engana bem a defensiva do Benfica e joga rápido na desmarcação do 7 que, em vez de focalizar os olhos na baliza e só pensar em fazer o golo, fê-lo de uma maneira mais floreada, ao tentar tirar a bola do caminho de Luisão e chutar em arco. Acabou por perder-se e a bola foi parar às bancadas, porém, tirando este senão, a exibição de Hélder Barbosa foi simplesmente deliciosa!

Um comentário:

Anônimo disse...

Autêntica vergonha---
Este Trofense difìcilmente ganha outro jogo, tal tem sido a sua incapacidade....
Logo, vence o 1º classificado que, pelo que revelou, estaria melhor em 6º ou 7º.
Jogadores sem chama, treinador com erros crassos na constituição da equipa e substituições perfeitamente idiotas, foi o que se viu no SLB.
Então o Binya vê um amarelo e, caceiteiro como é, não é imediatamente substituído pelo Yebda ?
O Di Maria que se arrasta no campo não sai após 30 minutos de inutilidade total?
O Pablo Aimar já justificou integrar aquele onze que, há 2 meses praticava um excelente futebol, com a bola de pé em pé e esquemas bem delineados ?
O sr. Quique Flores teve mais que tempo para formar um onze-base que,aproveitando as características dos jogadores, produza espectáculo e golos...
Mas não. Vai de mal a pior, com experiências inaceitáveis ao cabo de 6 meses.
É óbvio que falta muito campeonato e que tanto o FCPorto ( vence o Nacional, no tempo de compensação, não esqueçamos),como o Sporting, têm limitações evidentes e o 2º lugar permite ainda sonhar.
Mas, eliminando os furúnculos que por ali se passeiam, tudo - que é muito pouco, já - pode ser conquistado.
E isso passa por saber disciplinar os Binya, os J.Ribeiro, os Nuno Gomes ( punido com 2 jogos de suspensão por comportamento no túnel. Ele que até é capitão da equipa...)
JA