domingo, 1 de fevereiro de 2009

2008-09, Liga Sagres 16ª jornada, Benfica 1 - Rio Ave 0

Benfica 1 – Rio Ave 0

Mantorras 69’ 1-0

O primeiro lance de grande perigo saiu dos pés de Yazalde, ponta-de-lança internacional sub-21 português de grande potencial, adquirido pelo Braga, ao Varzim, neste mercado de transferências de Inverno e, em seguida, emprestado ao Rio Ave. E esta foi, aliás, uma jogada que o Rio Ave deveria ter tentado aproveitar mais – se calhar até era esse o objectivo, porém, no estado em que estava o terreno, esta não foi muito visível: Evandro avança com a bola, passa nas costas de Luisão, aproveitando a velocidade de Yazalde para que este chegasse primeiro à bola, deixasse o central para trás e chutasse com força com o pé esquerdo para a baliza de Moreira. Por pouco a bola não entrou, grande oportunidade aos 26’. Já agora aproveito para referir uma curiosidade acerca deste jovem, que fez toda a sua formação no Varzim e que agora foi para o Braga, o motivo dele ter ido parar a Vila do Conde, com o intuito de representar o Rio Ave, talvez tenha tido a ver com o sítio onde nasceu: precisamente Vila do Conde, sendo que a adaptação à cidade e ao clube será certamente mais fácil. Nesta jogada, como noutras, dá para perceber como estava ontem o estado do terreno da Luz, a bola sobra para a defesa da equipa visitante, é interceptada por Gaspar, Nuno Gomes vai buscá-la e, como está pressionado, dá rapidamente para Di María, este faz os possíveis para transportar a bola, dá para a direita para Carlos Martins que tenta o remate com o pé esquerdo e, por causa da chuva que se fazia sentir no terreno, a bola fica na grande área do Rio Ave. É Cardozo quem a vai buscar e, de costas, vira-se para a baliza, chutando a bola de pé esquerdo, colocada, esta embate no poste e sobra para Di María que, muito perto da baliza, chuta para muito longe, faltavam 3 minutos para os 45’ (42’). Aos 45’, Cardozo foi puxado por Gaspar, provocando a queda do paraguaio: livre para Carlos Martins. Livre batido da esquerda, muito colocado por Carlos Martins – ele que bate muito bem os lances de bola parada – com Paiva a safar a sua equipa ao voar para a defesa a uma bola que, como disse, saiu muito colocada para o canto superior esquerdo da baliza visitante. Já na segunda parte, aos 49’, Di María tentava atacar pela esquerda, quando foi travado em falta por Miguel Lopes. O marcador de serviço, Martins, volta a bater o livre, cruzando para a área à procura de um cabeceamento à baliza de Paiva. Quem se eleva mais alto é Cardozo que, de costas, consegue cabecear colocado, mas vale mais uma vez a intervenção de Paiva. Aos 58’ voltou-se a gritar golo no Estádio. Maxi Pereira cruza muito bem da direita para o cabeceamento de Cardozo. Este atira, pela segunda vez, ao poste. Aos 69’, apenas quatro minutos após a entrada em campo de Mantorras, foi o momento alto da noite: Mantorras voltou a salvar o Benfica! Carlos Martins tenta o cruzamento, Mantorras o cabeceamento, porém este não teve a direcção desejada, acabando por sobrar para Maxi que dá para a direita para Carlos Martins, de novo, que faz o cruzamento, Cardozo cabeceia, a bola bate em Gaspar, sobrando para Mantorrras que, inteligentemente, ao ver que a bola cabeceada pelo paraguaio ia para as suas costas, aguenta o adversário, ganha posição e roda rapidamente para chutar com o pé direito para o fundo das redes da baliza defendida por Paiva. Se já quando toca na bola, o angolano faz as delícias dos adeptos, creio que toda a gente consegue ter uma ideia do que é um golo de Mantorras. Aos 78’, Martins volta a bater um livre, na esquerda, pontapeia a bola para a grande área, porém esta acaba por ser interceptada e volta para trás. A equipa vila condense tentava afastar o perigo, porém este acabou mesmo por aparecer, quando Gaspar fez um mau alívio e viu o seu chuta embater contra um companheiro da sua equipa, voltando para trás, para bem perto da sua baliza, apanhando, assim, toda a equipa em contra-pé. Quem se faz à bola é Luisão que chuta fraco de pé esquerdo à figura de Paiva. Não esquecer que não é um jogador talhado para este tipo de lances e que apenas lá estava por ser bom no jogo aéreo e este lance ter sido o seguimento de um livre ofensivo do Benfica. Aos 82’, o perigo rondou a baliza dos caseiros. Livre batido por Miguel Lopes, na direita, de muito longe, a bola é pontapeada para a área, Sidnei tenta cabeceá-la como pode, mas esta sobra para Pedro Moutinho, que se encontra na área, e é rematada pelo mesmo, saindo pela linha final, mas muito perto do poste esquerdo da baliza de Moreira. Aos 91’, naquela que foi a última jogada de perigo para qualquer dos lados, Yazalde combina com Chidi na direita e é o ponta-de-lança português que cruza a bola, apesar da presença de Maxi Pereira no caminho da bola, Moreira resolve fazer-se ao lance, porém não afasta o perigo, dá-lhe, antes, continuidade. Moreira toca a bola para a frente, tirando-a do caminho de Maxi Pereira, aparecendo Evandro que, tendo de vir buscar a bola atrás, chuta para muito longe de pé direito.

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa análise, Pedro, para quem foi precisa muita coragem ao enfrentar a intempérie que abateu sobre o estádio da Luz.
Que carlice....
JA

Anônimo disse...

Em vez de carlice, leia-se CAROLICE
JA