Benfica 2 – Leixões 1
Aos 11’ já o Benfica dava sinais de perigo, com Ruben Amorim a fazer um passe rasteiro, em profundidade, para Di María, que consegue ganhar posição, apesar da pressão constante de Roberto Sousa, e chutar à baliza de Beto. Não foi um chuto para marcar, visto que foi feito com o pé mais fraco, com muito pouco ângulo e, como já disse, com bastante pressão, mas serviu para ganhar um canto, este sim, já poderia ter trazido perigo de maior à baliza defendida por Beto. Aos 16’, a Luz gritava “golo” pela primeira vez: David Luiz executa o lançamento de linha lateral, na esquerda, Laranjeiro vê a bola passar-lhe por cima, isolando-se Reyes, que tem tempo para parar a bola e cruzar rasteiro para Cardozo. A bola passa por Beto, que a tenta afugentar da área, esticando-se, e sobra para Élvis que, com Cardozo mesmo atrás de si, tenta enviar a bola para canto, no entanto, com a pressão do paraguaio, lá acabou por encostar para a primeira alteração no marcador. Aos 22’, após canto batido na esquerda por Reyes e a confusão normal que esta bola parada provoca, poderia ter acontecido aquilo que, muito provavelmente, nunca ninguém imaginou poder acontecer: Luisão marcar um golo de pontapé de bicicleta. O central recebeu a bola pelo ar, por David Luiz, dominou de cabeça e cá vai disto, sacou da cartola um belo pontapé de bicicleta que por pouco não entrou. E que pena a bola não ter entrado! Aos 47’, o Benfica realiza uma excelente jogada de ataque, que tem início em Cardozo e fim em Reyes. O paraguaio recebe a bola, na direita, com a oposição de Élvis atrás, domina de peito e envia a bola por cima, de pé esquerdo, para os pés de Di María, o argentino não inventa e toca curto para Pablito Aimar que se encontra mesmo a seu lado e Aimar, com um toque cheio de classe, isola Reyes na esquerda que caminha todo endiabrado em direcção à baliza de Beto e só descansa quando chuta forte à baliza. Saiu rasteiro e à figura, mas ficou na retina uma bela jogada ofensiva do Benfica. Aos 66’, após passe falhado da equipa de Matosinhos, Di María pega na bola, com a equipa do Leixões partida, e segue em direcção à baliza do Leixões, atraindo para si os defesas e deixando Cardozo ausente de marcação. É nesse momento que dá a bola ao paraguaio, mesmo no limite do fora-de-jogo. Tinha tudo para dar em golo, não fosse Cardozo dominar mal a bola e tê-la visto bater na canela e indo parar às mãos de Beto. Aos 67’, houve tempo para Cardozo vestir a pele de Reyes ou Di María e aventurar-se pelo flanco direito tentando, inclusive, fazer uma cueca a Élvis, a bola voltou a ficar em sua posse e, apesar da sua velocidade ser escassa, correu em direcção à linha de fundo e cruzou a bola de pé direito para Nuno Gomes fazer o 2º golo da partida e do Benfica vindo de trás, belo cruzamento de Cardozo! Aos 75’, o Leixões consegue chegar ao golo de honra e pôr os adeptos benfiquistas em pulgas para que o árbitro soe o apito final. Jean Sony aposta na jogada individual, após passe de Bruno China e parte para a área, tentando, depois, o passe para Rodrigo Silva. O passe foi, no entanto interceptado por Miguel Vítor, mas iria sobrar para Diogo Valente, pelo que Balboa tentou resolver a situação indo à bola, nesta disputa, “ganha” por Balboa, a bola acaba por sobrar para Rodrigo Silva que mesmo à frente da baliza, e apesar do esforço de Luisão, faz o golo.
Um comentário:
Jogo muito sofrido pelo SLB, principalmente, por errada opção tática de Q. Flores, quanto a mim.....
Esgotar as substituições a 20 mins. do final do jogo, quando o Leixões arrebitava, não lembra ao demónio.
E, mais a mais, tirando o Di Maria que com a sua velocidade poderia proporcionar o 3º golo e matar o jogo, para a entrada dum Balboa, sem ritmo, sem velocidade, sem garra, sem...nada, estando até no lance de golo dos forasteiros.
Foi de bradar aos céus, aquele sufoco final.
Esperava muito mais do treinador espanhol do SLB e, pelos vistos até ao momento, enganei-me.
JA
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