FC Porto 1 – Benfica 1
A primeira oportunidade da partida ocorreu logo aos 9’. Lançamento efectuado na esquerda por Cissokho, que dá a bola a Raúl Meireles. O médio portista faz um passe de bradar aos céus nas costas da defesa benfiquista, onde aparece Lucho sem qualquer tipo de marcação na área, a rodar bem a cabeça e a ver, contudo, a bola a embater na parte de cima das redes, do lado de fora. Não havia qualquer tipo de fora-de-jogo. Aos 27’ houve livre para a favor do FC Porto, para Raúl Meireles bater, Sídnei pisou Lucho. Raúl Meireles bate bem o livre, surgindo Lisandro em frente a Moreira e a cabecear para a o chão, com o intuito de enganar o guarda-redes do Benfica, porém este estava atento e, apesar de ter saído à figura, Moreira esteve muito seguro na defesa como, aliás, em todo o jogo. Aos 31’, Fucile tira muito bem Reyes do caminho, ao fintá-lo duas vezes e, de seguida, cruza para a área onde Lisandro, já no ar, cabeceia bem de lado, mas por cima da baliza. Aos 37’, grande oportunidade para o Benfica: Aimar pega na bola a meio-campo, dá para David Suazo que a leva com ele, porém, face ao cerco de 4 jogadores do FC Porto ao hondurenho, este espera a entrada de Reyes na esquerda e coloca-lhe bem a bola, rasteira, para este tirar um chuto forte à entrada da área, à figura do guarda-redes. Bem Hélton a mandar para canto. Mesmo ao cair do pano o Benfica chega ao golo, naquela que foi a melhor altura de o fazer, da maneira que o jogo corria. O FC Porto dominou os primeiros 30’ de jogo e o Benfica vinha, aos poucos, ganhando confiança através de um ou outro lance, como o ilustra o remate de Reyes, aos 37’. É então que, aos 45+1’, Reyes bate bem o canto na direita e Yebda, completamente sem marcação, se eleva e cabeceia para o fundo das redes portistas. Culpa para toda a equipa portista que deixou um dos homens da águia mais perigosos neste tipo de lances, incluindo Hélton, que deixou a ideia de não ter feito tudo aquilo que podia e lhe competia, apesar de ter a consciência que o francês apareceu muito em cima da baliza. Aos 50’, Pedro Proença assinala falta a favor do Benfica: Fernando entrou com tudo sobre Katsouranis e, logo de seguida, voltou a fazê-lo com Reyes. Dupla-falta. Livre que Reyes bateu da esquerda, em direcção à área adversária e que encontrou a cabeça de Suazo. A bola passou muito perto do poste da baliza defendida por Hélton. Aos 55’, Lucho pega na bola a meio-campo, transporta-a para a direita e dá para Hulk que se encontra, também na direita, mas mais para o centro do terreno. Este, mal pega na bola, ameaça logo que chuta, enganando Yebda e, mesmo no centro com o corpo virado para a baliza, antes que Luisão conseguisse o que queria ao fazer um carrinho em direcção à bola, chuta rasteiro, forte e colocado, para mais uma grande intervenção de Moreira. Aos 57’, Suazo pega na bola a meio-campo leva-a por pouco tempo, visto que rapidamente a transfere para os pés de Katso, que faz de ponta-delança nesta jogada. O grego dá para a direita, para Rubén Amorim, que mal pega na bola vai em direcção a Cissokho, foge ligeiramente para fora e chuta cruzado. Valeu Hélton, que mandou para canto, numa jogada que, se não tivesse o carimbo do guardião, seria o 0-2. Aos 71’, o lance da polémica: Lisandro está a entrar na área, pela direita, foge de Maxi, encontrando Yebda no caminh e vendo um pé e um braço esticados, faz-se ao penalty. O que é certo é que com os pés, Yebda não lhe toca, com o braço há um ligeiro toque que não devia ter existido, mas que não é suficiente para o argentino cair. Repito que não deveria ter existido aquela mão, numa atitude previsível de Yebda, jogador que comete muitas faltas necessárias, mas, por outro lado, outras completamente desnecessárias (se calhar Lisandro aproveitou-se disso mesmo) e, como tal, a decisão do árbitro é bastante discutível. Ainda assim, creio que a decisão é correcta. Para quem não a acha correcta, os portistas têm sempre um argumento, que é o de lembrar aos benfiquistas aquele toque na área de Reyes a Lucho, quando ainda estava 0-0, esse sim, era penalty, porém Lucho viu Fucile a vir de trás e decidiu levantar-se rápido e passar a bola ao uruguaio, numa opção que se provaria errada, mas boa atitude do argentino. Voltando ao lance do minuto 71’, nada mais resta dizer, senão que o penalty foi convertido em golo por El Comandante, que atirou a bola rasteiro para o meio da baliza defendida por Moreira, quando este se atirou para o lado esquerdo da baliza. Bem convertida a grande penalidade que quase tocava nos pés do português. Aos 78’, mais uma jogada para elogiar Moreira: Hulk recebe a bola na direita, finta David Luiz, vindo com a bola para dentro e chuta forte, rasteiro, para defesa de Moreira. O guardião não consegue, no entanto segurar o esférico e vê Mariano González ir à recarga chutar contra o corpo do português. Mais uma vez, excelente intervenção de Moreira, a fazer muito bem a mancha. Ele que, quanto a mim, foi o melhor em campo.
Um comentário:
O melhor em campo, MOREIRA.
Estou de acordo. Foi brilhante e mesmo quando defendeu aquele potente livre para a frente, não era possível fazer melhor em tal estado de relvado.....e, além disso, "redimiu-se" na recarga.
Espero que a desgraça que lhe bateu à porta no Restelo, há épocas atrás ( encaixando 4 batatas..., relegando-o para a prateleira, na sequência tambem de lesão, não se repita e que possa envergar a faixa de campeão 2008/2009.
Era giro!!
JA
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