quinta-feira, 16 de abril de 2009

2008-09, Liga dos Campeões, 2ª mão dos Quartos-de-final, FC Porto 0 - Man Utd 1: Sensação de trabalho feito

Estava tudo esperançado numa vitória dos dragões, no entanto, um adversário como o Manchester United, campeão europeu e mundial, é sempre complicado de quebrar. O Manchester colocou-se rapidamente em vantagem, ao ver entrar um remate de longe de Cristiano Ronaldo (6’), a mais de 36 metros da baliza, de bola corrida e colocado, um verdadeiro golaço que o próprio considerou já como o seu melhor golo até aos dias que correm! O FC Porto teve um período de claro domínio após o golo, pressionando o United, encostando-o às cordas, limitando as suas acções ao seu meio-campo. Momento chave do jogo, e que pôs fim ao natural sufoco do FC Porto ao Manchester após o golo, foi a lesão de Lucho González (lesionou-se sozinho), visto que o capitão era peça chave no esquema nortenho, como, aliás, o foi em casa do United. Após esta saída e consequente entrada de Mariano González, o clube de Old Trafford subiu de rendimento, ajudado, claro está, pela perda de rendimento do FC Porto assim que El Comandante saiu, e teve ainda duas ocasiões de golo iminente antes do último apito da primeira parte. Não querendo isto dizer que Mariano jogou mal, antes pelo contrário, Mariano fez um bom jogo e a culpa da natural perca de rendimento não foi, portanto, sua. De referir, também, que no final da primeira parte, o Man Utd teve dois lances de perigo iminente que, resultando em golo, deixariam os azuis e brancos completamente devastados.

Começada a segunda parte, mais do mesmo do fim da primeira: Man Utd a jogar melhor, com o FC Porto a dar muito espaço ao adversário e a não conseguir criar realmente lances de perigo (desde que Lucho saiu) e a amostra disso mesmo, foi o primeiro lance de perigo “real”, que surgiu de bola parada, num livre indirecto a cerca de 40 metros da baliza, que culminou com um cabeceamento de Bruno Alves ao lado da baliza de Edwin Van der Sar, o que demonstra bem a dificuldade do clube liderado por Jesualdo Ferreira em criar perigo. Até final do jogo, tudo igual, com o Manchester a agarrar no jogo e a fazer a circulação de bola como ela deve ser feita (com o Anderson a ter um papel preponderante) e o FC Porto a ver-se impotente para inverter a situação, mas a bater-se sempre olhos nos olhos com o actual campeão europeu e mundial, nunca é demais frisar, e a ter alguns lances que poderiam ter dado em golo, como foi um cabeceamento de Rolando, após um canto batido ao segundo poste por Raúl Meireles que, se tivesse levantado os pés do chão, talvez a bola se tivesse dirigido para a baliza e não para cima da trave, o que seria certamente um caso sério, uma vez que Van der Sar estava completamente fora da jogada, após se ter saído em falso. Para terminar esta curta crónica, referir só que, mesmo a terminar a partida, o FC Porto tem razões de queixa do juiz da partida, Massimo Busacca, num lance em que a bola é cruzada para a grande área dos red devils e John O’Shea agarra claramente Ernesto Farias (ele que tinha entrado, aos 64’, a substituir Crístian Rodríguez) e que me deixou a ideia que se Farías tem saltado a tentar cabecear a bola, o árbitro marcaria penalty, pelo simples facto de O’Shea não o deixar saltar – o irlandês abraçou Farías, sem qualquer sombra de dúvidas. Para terminar, dizer que Cissokho e Fernando estiveram tão bem como na primeira-mão e Anderson, no seu regresso à casa que o viu e fez crescer para a Europa, esteve, também ele, impecável. Dizer também que o jogo até poderia ter sido ganho pelo FC Porto, poderia ter acabado 0-0, tal foi o comportamento do clube caseiro, apesar da partida melhor conseguida do adversário, porém é nisto que se veêm os grandes clubes, os grandes colossos, os seus orçamentos permitem-lhes ter os melhores jogadores do Mundo e, neste jogo, o Melhor Jogador do Mundo decidiu resolver o jogo aos 6 minutos...


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