Paraguai 0 – Japão 0 (5-3, G.P.)
Um jogo equilibrado, com algumas oportunidades de golo para ambos os lados, mas nada assim de muito flagrante, até porque ambas as defesas estiveram muito sólidas e concentradas.
Ambas as equipas mantiveram-se fiéis a si mesmas, com o Paraguai apenas a trocar Cáceres por Ortigoza, para o lugar de trinco por pura obrigação, uma vez que o 15 da equipa sul-americana se encontrava a cumprir castigo.
Pareceu-me a mim que o Japão, apesar de ter feito um bom jogo, acusou um pouco a ansiedade e não conseguiu manter aquele seu jogo fluido, com trocas de bola entre si, muito colectivo, que faz quando não acusa pressão, como contra a Dinamarca, quando o jogo de fácil não tinha nada, antes pelo contrário. Conseguir manter a pressão afastada começa a ser cada vez mais difícil à medida que a Competição avança, ainda para mais nas selecções que não têm historial no que toca a presenças em fases adiantadas de Mundiais.
O certo é que, quanto a mim muito pela falta de presenças em fases tão adiantadas da prova de ambas as selecções, ambas tiveram muito cuidado com a abordagem do jogo, uma vez que ambas sabiam quem estava do outro lado, e em nenhum dos casos era fácil obter o carimbo para a fase seguinte.
Pouco há a dizer. Como já referi, ambas as equipas actuaram como o têm feito sempre e o jogo em si não foi muito bonito, mas também não foi feio. Poderá parecer repetitivo, mas o facto é que é natural que jogos destes sejam assim.
Na 2ª parte, o Japão tentou surpreender, juntando mais as suas linhas, e o que é facto é que fez uma 2ª parte melhor do que a 1ª, que foi muito equilibrada. No prolongamento, as equipas já estavam cansadas e só num lance de bola parada ou num ressalto poderia ficar resolvido um jogo que não ficou resolvido em 90 minutos.
Espanha 1 – Portugal 0
Portugal entrou com a sua estratégia bem definida. Queiroz optou por não adoptar a postura defensiva com que abordou o jogo com o Brasil, num 4-1-4-1 e voltou ao 4-3-3, mostrando não temer os espanhóis.
Na 1ª parte, a exibição de Portugal foi boa, com os jogadores lusos a saberem o que tinham de fazer. Quando a equipa não tinha a bola em sua posse, Cristiano largava a ala, ocupando a posição 9 e a equipa formava um 4-5-1, com Hugo Almeida a recair numa das alas do meio-campo, na da esquerda, quando Simão se encontrava na direita, e assim vice-versa.
Espanha soube voltar ao seu futebol, implacável na troca de bola entre os seus membros. Mas mérito para Portugal, que soube não deixar a Espanha chegar aos seus intentos e muito mérito para Eduardo, que impediu, literalmente, que a Espanha chegasse ao golo por 3 ou 4 ocasiões.
Na 2ª parte, a Espanha continuou a fazer o seu jogo, cada vez mais forte, impulsionada essencialmente pela substituição de Torres, que está muito em baixo de forma – vem de lesão –, por Llorente, que fez grande jogo e aumentou o poder de fogo na frente da roja. E Portugal não conseguiu manter a Espanha pressionada e ao mesmo tempo conseguir jogar, criar jogadas por si mesmo. Conseguiu continuar a pressionar a Espanha mas a parte de criar algo sozinho, como conseguiu por poucas vezes na 1ª parte, já não teve capacidade.
Deu-se o golo, com a Espanha a conseguir furar a muralha defensiva portuguesa, numa grande jogada, que permitiu a Villa marcar à 2ª após passe de calcanhar de Xavi e defesa de Eduardo a remate feito por si.
Tinham os adeptos portugueses esperança numa reacção positiva da parte de Portugal, pedia-se influência a Cristiano (já tinha tido oportunidade em conversas de amigos de dizer que o Ronaldo não ia jogar nada, perspectivando uma marcação cerrada à sua pessoa, como se veio a confirmar), mas nunca ouviram as preces dos adeptos os jogadores lusitanos.
Acabou Portugal a jogar em 4-4-2 com Ronaldo e Liedson na frente e Danny sobre a esquerda do meio-campo, com Tiago no lado oposto e Raúl Meireles e Pedro Mendes no meio, chegando mesmo Pedro Mendes a ocupar o lugar de trinco, com a natural mudança para 4-1-3-2.
Espanha jogou muito melhor que Portugal, que se limitou a tentar contrariar o jogo espanhol, através das poucas oportunidades que teve. Dominou o jogo, com 61% de posse de bola e terminou o jogo como sabe: trocando a bola no seu meio-campo e deixando Portugal a cheirá-la. Para mal dos nossos pecados, para bem do futebol.
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