Abdelsatar Abdelmaged Mahmoud Sabry
Nascimento: 19 de Junho de 1974 – 34 anos – (Cairo, Egipto)
Nacionalidade: Egípcia
Alcunha: O Faraó
Posição: Extremo-Esquerdo
Pé Preferido: Esquerdo
1,79m
69Kg
Hoje, e para estrear um novo espaço no blog que serve para abordar, introduzir ou, ainda, recordar diversas personalidades do Mundo Futebolístico (desde jogadores a presidentes, passando por dirigentes e agentes, por exemplo), vou recordar um jogador cujo potencial era enorme e seu respectivo aproveitamento foi péssimo, bastante negativo. Abdelsatar Sabry, um nome que poderia ter deixado marca no futebol mundial, porém foi mais um daqueles casos Enorme Potencial, Muito Pouca Cabeça que são e serão sempre um desgosto para todos os amantes de futebol e cuja única consolação para os mesmos é a de imaginar até onde poderiam ter chegado um dia, qual o seu limite.
Numa altura em que as contratações, não só em Portugal, bem como por toda a Europa fora, eram feitas à base de um número elevadíssimo de interesses e, como tal, bastante susceptíveis de originarem flops, o Benfica foi contratar um egípcio que deu nas vistas na 2ª eliminatória a contar para a Taça UEFA (época 1999-00), jogos (2 mãos) que colocaram o Benfica frente-a-frente com o PAOK de Salónica, actualmente orientado por Fernando Santos. Eliminatória esta que o Benfica conseguiu ultrapassar apenas nos penalties, sendo o resultado 1-2 na Grécia e 1-2 na Luz. Pegando ainda nos interesses que se envolviam em números bastante mais elevados que os actuais nos negócios de transferência de activos futebolísticos, veja-se que com Sabry veio logo Maichairidis, médio grego que também actuava no clube de Salónica (episódio bastante semelhante ao de Andrés Diaz, que foi envolvido no pacote Di María, porém, volto a insistir, que hoje em dia ocorrem em números bastante menores).
Histórias passadas pelo futebol português ainda são algumas, tendo em conta o escasso ano e meio que passou pela Luz, das quais se destacam o livre marcado eximiamente no antigo estadio de Alvalade, a escassos minutos do final da partida, em que a falta é assinalada mesmo no limite da grande área, Sabry ao ajeitar a bola para bater o livre, puxa o esférico 2/3 metros para trás e cá vai disto, esta só parou no fundo das redes, enquanto já se preparava para festejar com o dedo mais perto do polegar esticado à frente da boca, como que mandando calar os adeptos leoninos. Golo este que não serviu de muito em termos de campeonato ao Benfica visto que, no final de contas, apenas adiou a festa de campeão leonina uma semana, pois, ao fim de 18 anos de jejum, naquele ano o destino do título já “não podia” escapar aos leões. Ainda assim, é este o momento que faz muitos benfiquistas dizer bem de Sabry e reconhecer que era um dos melhores jogadores da altura, numa altura conturbada no clube. O outro episódio é a mítica história com José Mourinho, no qual Mourinho acusa Sabry, aquando da sua passagem da Luz, directa ou indirectamente, de falta de profissionalismo, ao invocar que este levou 8 minutos a atar as chuteiras, acontecimento este que, como não é difícil de perceber, irritou Mourinho e que o fez mandar Sabry de volta para o banco de suplentes. Contudo Sabry apenas invoca que, como estava muito frio, demorou algum tempo: “Atei uma bota, esfreguei as mãos de frio e, quando ia calçar a outra bota, ele disse-me para ficar quieto. Já não valia a pena. Não percebi nada.”
Videos de Sabry
Totais no Benfica: 43 Jogos / 9 Golos (Campeonato 37/8, Taça de Portugal 4/1 e Competições Europeias 2/0)
Nenhum comentário:
Postar um comentário