Eis Di María na sua essência, capaz do sublime e do péssimo... Desde há muito venho a defender o potencial enorme deste jovem argentino que o torna no Messi do Benfica, referindo que se trata de um diamante em bruto que tem de jogar sempre, facto que Quique desconhecia na totalidade e que, por conseguinte, não acontecia no Benfica versão 08-09. Em 09-10 a história é outra, uma vez que Jesus percebe de futebol e sabe que Aimar, Di María, Saviola e Cardozo tem de jogar sempre. Pelo que, não só mas também por isto, a história tem sido outra no que toca a bom futebol, como o protagonizado por Di María, expulso na jornada passada, autor de dois golos esta noite (um deles de letra), uma bola à barra, e já mais para o fim, de uma perda de bola (na tentativa de um bonito) que deu no tento de honra dos atenienses...
Numa altura em que se fala da inclusão de Aimar, assim como de Di María (presença habitual, agora retornado do castigo de 4 jogos imposto pela FIFA), no onze argentino que iniciará a partida caseira contra o Perú, amanhã às 23:00 portuguesas, penúltima da fase de qualificação para o Mundial 2010 (a última será dia 14, fora com o Uruguai), deixo aqui um golo entre Aimar e El Pibe. Ambos os diez nunca jogaram (oficialmente) juntos, recordo, contudo fizeram-no para um jogo especial, o da despedida de Diego há uns anos atrás em La Bombonera (estádio do Boca).
O jogo de hoje voltou a deixar notas positivas acerca deste “Novo Benfica”, como lhe chama a SIC num acto de marketing, aproveitando a habitual onda de esperança e ilusão que enche a alma do povo benfiquista. Assim, e nunca descurando o facto de o Benfica ter jogado no dia anterior com uma equipa que agora vai começar oficialmente a época e já se vinha preparando há 1 mês, os encarnados voltaram a mostrar mais do mesmo: com alguns jogadores do núcleo duro, jogadores que farão parte do onze titular, casos de Aimar, Saviola, Cardozo e Di María, as jogadas estudadas entre estes foram uma constante e Aimar continua a provar que esta época demonstrará uma qualidade que em nada terá a ver com a do ano passado, com as 2 cuecas e um passe de letra a comprovarem toda a classe de El Mago. Gostei bastante da exibição de Shaffer que, apesar de não ter sido uma exibição do outro Mundo, satisfez bastante para o primeiro teste, demonstrou garra, vontade de afirmação e vontade de participar nas jogadas de ataque da equipa (destaque para a participação no primeiro golo, ao descobrir Saviola quando toda a gente pensava que o defesa-esquerdo argentino iria cruzar a bola para a área e ao passar-lhe a bola para a linha de fundo, dando-lhe a possibilidade de assitir eximiamente Óscar Cardozo que, também eximiamente, não perdoou e facturou um belo tento de cabeça; outra jogada em que Shaffer esteve em destaque ocorreu entre este e o seu compatriota Angel Di María, sempre colados à linha de fundo – volto mais uma vez a dizer: estas jogadas não são normais logo nos primeiros jogos duma equipa com a equipa técnica totalmente reformulada e novos reforços, que também são protagonistas das mesmas). Roderick voltou a fazer uma exibição positiva, apesar de esta ficar marcada pela grande penalidade cometida pelo jovem central de 18 anos. Nota ainda para Patric que, neste primeiro jogo e na minha opinião, não esteve num bom plano.