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sábado, 17 de julho de 2010

Oliver, Benji e...Forlán!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O segredo da boa gestão do futebol moderno (desde clubes pequenos até médio/altos)


Um excelente percurso este que Paulo Duarte está a realizar ao serviço de Les Etalons (alcunha atribuída à selecção de Burkina Faso que significa, em francês, os garanhões): 4 jogos, 4 vitórias - entre as quais uma vitória à Tunísia em que a Burkina esteve a perder por 0-1 e recuperou 2-1 - qualificando-se, assim, em primeiro lugar do Grupo 9 com 12 pontos, feito só igualado pela Nigéria, que se encontra a actuar no Grupo 4. Sim senhor. Mais uma prova de que é necessário avaliarem-se as competências dos treinadores, bem como as dos jogadores e encaixá-los nas equipas que precisam deles consoante os seus atributos, isto é, que catapultem o seu verdadeiro valor: não se deve contratar jogadores só por serem de renome, mas sim por encaixerem que nem uma luva no modelo de jogo pensado pelo treinador que, por sua vez, deve ser bem pensado pela Direcção - não pelo seu último trabalho, mas sim pelas suas verdadeiras competências.

Todo este esquema pensado e organizado da melhor maneira, com uma boa capacidade de avaliação do potencial dos jogadores essencialmente, irá possibilitar a realização de diversas economias (poupanças): depois de traçado o perfil do jogador, o passo seguinte é ir buscar o jogador com mais capacidade para assumir o cargo (que possua todos os requisitos elaborados pela Direcção ou pelo treinador, dependendo do tipo de política do clube) e não aquele que tem o histórico mais elaborado com passagens por clubes de topo. Um exemplo muito simples disto mesmo que acabei de referir foi a contratação de Diego pelo Werder Bremen ao FC Porto, por 6 milhões de euros, numa altura em que este se encontrava inadaptado e insatisfeito no Dragão. Toda a gente que via jogar Diego percebia rapidamente que este se tratava de um talento emergente no futebol mundial e o Werder Bremen antecipou-se, sabendo disso mesmo, assegurando a sua contratação por 6 milhões de euros. Tornou-se um elemento chave da equipa principal, realizando grandes partidas e, neste momento, vale 5 vezes mais em comparação ao valor que o despendido pelo clube de Bremen.
Podemos também falar de um exemplo perfeito de avaliação de competências: Diego Forlán. Contratado pelo Villareal ao United em 2004-05 por uma soma de apenas 3.2 milhões de euros – menos 7 milhões e 800 mil euros relativamente à verba que o Manchester tinha disponibilizado para o contratar ao Independiente, em 2002, facturou logo na sua primeira época em Espanha 25 golos em 38 jogos (números que só provam a sua adaptação ao futebol espanhol, muito por força da sua adaptação ao tal modelo de jogo idealizado pelo Villareal (que necessitava de um homem na frente com os atributos de Forlan).

Claro que há mais maneiras, variadíssimas maneiras, porém este esquema representa, na minha opinião, a chave de sucesso no futebol moderno para clubes desde a dimensão pequena até à média-alta (salvaguardando as devidas proporções) e só é conseguido através de pessoas com jeito para o negócio – quanto mais jeito, maior será a margem de lucro correspondente às receitas da venda dos jogadores. Mas atenção, este "jeito para o negócio" inclui saber avaliar o potencial do jogador. Não precisamos de ir para muito longe para encontrar um bom exemplo deste tipo de gestão: basta olharmos para o FC Porto. O truque do FC Porto, nestes últimos anos, e segundo Adelino Caldeira (administrador da SAD nortenha), tem sido contratar bons jogadores a preços razoáveis e, através da excelente montra que é a Liga dos Campeões, isto é, através dos excelentes percursos que o FC Porto tem vindo a efectuar na Liga dos Campeões, muito por contributo desses tais jogadores, vendê-los pelo maior preço possível. Excelentes exemplos: Pepe e Anderson, contratados em 04-05 por 2 milhões de euros ao Marítimo e 5 ao Grémio de Porto Alegre, respectivamente, e ambos vendidos três anos mais tarde por 30 milhões de euros ao Real Madrid, no caso de Pepe (o seu passe estava avaliado em apenas 9 milhões, 21 milhões a menos da verba da sua venda em 2007) e por 31,5 milhões de euros, no caso de Anderson, ao Manchester United. E porque é que eu sou um grande fã deste tipo de gestão? Muito simples. Sou um grande apologista deste tipo de gestão, visto que o clube fica a ganhar a todos os níveis. Assim, o jogador é vendido por verbas astronómicas, visto ter vindo a realizar excelentes exibições – vertente desportiva – e, por outro lado, tratam-se de negócios muito compensatórios a nível financeiro – vertente financeira.
Quando se entra neste sistema, tudo se torna mais fácil, sendo que se se continuar a gerir bem a equipa, nomeadamente colmatando a saída dos melhores jogadores com outros de valor semelhante (quanto mais semelhante melhor, se possível até de maior valor desportivo, para que futuramente possam ser eles a partir), isto torna-se tudo um ciclo vicioso feito à base de boas contratações, bons desempenhos desportivos, boas receitas provenientes das vendas, boas contratações para colmatar as vendas – tudo isto a ocorrer a curto/médio prazo (entre 1 a 3/4 anos).

Tudo o que referi anteriormente não se aplica a clubes grandes do futebol mundial, tal como atrás fiz questão de mencionar, aplicando-se desde clubes pequenos até médio/altos, visto que em todo este ciclo, os clubes que compram os jogadores são os clubes grandes (únicos com capacidade financeira para pagarem tais verbas), verificando-se, por isso, nestes clubes um outro tipo de gestão que não passa pela venda dos seus melhores jogadores.