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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A incoerência de Bettencourt...


E eis que Bettencourt vai perdendo credibilidade a cada dia que passa. Para quem seguiu com atenção o processo de candidatura à presidência leonina terá certamente simpatizado com a figura de José Eduardo Bettencourt, dirigente jovem, sem grandes promessas, com alguns anos de casa e, por conseguinte, ciente da realidade leonina, um homem ligado ainda ao último título sportinguista (era um dos homens que se ocupava da pasta do futebol leonino), Bettencourt desde cedo pautou o seu discurso pela humildade, humildade essa não só para dentro (dentro do clube de Alvalade) como também para fora, nomeadamente quando à baila vinham Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira, presidentes rivais. «Chutava para canto», sem nunca se querer envolver em polémicas, referindo que a sua relação com estes seria a normal entre presidentes, sem nunca perder de vista os interesses superiores do seu Sporting. Pois bem, assim foi e assim continua a ser, uma vez que todo o adepto teve a oportunidade de assistir à confraternização amigável de JEB com LFV antes do derby da Segunda Circular, num encontro que teve por base a promoção dos transportes públicos como meio de transporte a utilizar para ir à bola. O que também já todos tiveram oportunidade de reparar foram as sucessivas incoerências de um presidente que vêm dando a ideia que não sabe tanto da realidade do Sporting como devia e que entra em polémicas desnecessárias quando nada o fazia prever há meio ano atrás, momento de todas as decisões em Alvalade. A 1ª aparição pública de Bettencourt que me desiludiu, a que me apanhou desprevenido e me alertou para o que lhe poderia suceder foi a sua crítica ao fundo de jogadores do Benfica, colocando inclusivamente em causa o valor de Nelson Oliveira e Roderick Miranda (jogadores que, excluindo qualquer tipo de factores extra-futebol, e assumindo uma evolução ‘normal’ de um jovem futebolista, serão grandes nomes no futebol mundial), que teve como claro objectivo o desviar de atenções para o mau momento que se começava a fazer sentir, em força, em Alvalade, utilizando para isso, um alvo que lhe concederia popularidade fácil, barata e suja. Pior que tudo isto, ainda, foi, no(s) dia(s) seguinte(s), ter revelado que era uma hipótese também o Sporting participar, também ele, num fundo de jogadores, quando confrontado com a questão.

Algumas aparições públicas infelizes, criticando o Benfica (mais uma vez: alvo fácil para desviar atenções e subir mais uns pontos por entre a massa adepta sportinguista, para além de ser um dos causadores do mau momento sportinguista, segundo admitiu o próprio Paulo Bento , é sempre o alvo nº1 a abater, mesmo quando o Porto vai à frente…), manifestando por diversas vezes desconhecer de onde é que o Benfica ia buscar o dinheiro para reforços, afirmando que o Sporting não o tinha para gastar – tudo isto em 6 meses apenas, relembro! – eis que Bettencourt afirma haver dinheiro para atacar o mercado em Janeiro e saca da cartola de cerca de 9,7 milhões de euros para, imagine-se 3 reforços apenas, tendo um deles sido o segundo mais caro de sempre da história do clube e sabendo-se desde já que ainda estão nos planos do clube a contratação de, pelo menos, mais 2 jogadores. Se não é estranho tem um “quê” de mágico o novo presidente do Sporting…

Estava farto de referir isto a amigos, aquando da realização de debates futebolísticos, quando se começa a falar de finanças em futebol, então está tudo estragado, uma vez que só quem lá está dentro, ou quem está de fora mas dentro do assunto (pessoas que lêem os documentos contabilísticos que o clube vai revelando durante o ano, por exemplo, que representam uma percentagem ínfima das pessoas que opinam sobre o tema), é que percebem realmente do assunto, pelo que não vale a pena questionarmo-nos onde é que o Benfica vai buscar o dinheiro. Quando me questionavam sobre a origem do dinheiro do Benfica, respondia sempre o mesmo: “quando os clubes querem ir buscar dinheiro conseguem, todos eles estão falidos, agora há os que conseguem arranjar mais dinheiro e mais rapidamente, através de contactos privilegiados e por constituírem um investimento mais seguro, e os que não conseguem arranjar tanto dinheiro, ou porque não possuem esses contactos, ou então porque não representam uma entidade tão segura para se investir” e prosseguia referindo que não vejo mal nenhum, muito antes pelo contrário, que clubes como o Benfica (tem vindo a fazer ao longo das últimas épocas) ou como o Sporting (parece começar a fazer), contratem jogadores com grande margem de progressão (e depois de uma prospecção detalhada e intensiva) por 7/8 milhões, se tiverem uma grande probabilidade de duplicar ou triplicar esse valor numa futura venda (casos de Di María, Cardozo, Sídnei, Javi García, Ramires, Sinama-Pongolle,…).

Há ainda a questão (nunca ultrapassada) do “Paulo Bento Forever”, afirmação feita por JEB, depois de explicitar que a sua candidatura só tinha sentido e era totalmente apoiada na continuidade de Paulo Bento ao comando da equipa principal. O que é facto é que passados 4 meses, Paulo Bento bateu com a porta (quando ainda não havia dinheiro para reforços) e Bettencourt continua na presidência. Poderá dizer-se que, mesmo que não sinta condições para continuar, fá-lo por amor ao clube, para tentar evitar que se afunde ainda mais mas, para isso, a posição que Bettencourt deveria tomar, caso a sua afirmação totalmente infantil e descabida fosse realmente sincera e verdadeira, seria colocar o lugar à disposição no fim da época…Mas isso seria pedir muito, vamos antes acreditar que se tratou apenas de uma afirmação sem nexo de um presidente que tem dado algumas provas de não ter estofo para assumir as rédeas de um clube de futebol com a dimensão do Sporting (sugestão: continue a proteger a imagem como o fez, e muito bem, durante a campanha de candidatura à presidência!).

Para terminar, gostaria apenas de referir que uma equipa de futebol não poderia nunca tomar o rumo que o futebol do Sporting estava a tomar, com um plantel formado por uma mistela de jogadores medíocres, jovens e alguns (poucos) de grande qualidade, pelo que o investimento teria de ser feito inevitavelmente e não sendo por isso de admirar que se fala de nomes de jogadores como Rubén Micael que, a vir a efectivar-se, se tratará sempre de uma excelente contratação.

Por tudo o que referi atrás sobre Bettencourt é que afirmo: se isto não é incoerência, então não sei o que poderá ser definido como tal…

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Downloads: 2009-10, LE Playoffs 2ª mão, Zenit - Nacional

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3- Caso tenha reclamações a fazer acerca dos arquivos, por favor entre em contacto com o blog através do endereço colocado em cima do número de visitas, na parte de baixo do ‘site’. Caso estas sejam bem fundamentadas, o arquivo será removido imediata e permanentemente deste espaço.


Não tenho tido muito tempo para escrever no blog nos últimos tempos, pelo que ainda não tinha tido a oportunidade de colocar aqui um jogo histórico para o futebol português e, mais concretamente, para o futebol madeirense. Ainda mais concretamente: para o Nacional da Madeira, clube que nos últimos tempos tem vindo a cimentar a sua posição por entre os lugares cimeiros da tabela da 1ª Liga, muito por mérito de Rui Alves e sua direcção. Manuel Machado tem também uma boa quota-parte dos louros, uma vez que foi dos treinadores que mais feitos tem conseguido com os alvinegros, igualando na temporada transacta o melhor registo da história do Nacional na Liga, o 4º posto na classificação final, feito conseguido apenas em 2003-04, altura em que a equipa madeirense era comandada por Casemiro Mior. Aqui fica o jogo do Nacional na Rússia, contra os penúltimos vencedores da extinta Taça UEFA, que permitiu aos homens de Machado a passagem à fase de grupos da recém-nascida Liga Europa, com um golo aos…89’ (não esquecer que sofreram o 4-3 em casa aos 90+2’ - !), com golo de Rubén Micael.

sábado, 29 de agosto de 2009

O feito histórico do Nacional

Depois de Rui Alves, presidente do Nacional da Madeira, ter declinado as propostas que recebeu pelos direitos do jogo na Choupana contra os penúltimos vencedores da extinta Taça UEFA, Zenit de São Petersburgo, por as ter considerado irrisórias (a primeira foi de 20 mil dólares, de uma estação televisiva russa, a segunda de 40 mil, propostas estas que levaram Rui Alves a pedir 1 milhão de euros pela transmissão), eis que este tomou a medida de apenas permitir a recolha de três minutos de imagens por jogo a disputar no Estádio da Madeira (mais conhecido por Choupana). Esta medida já originou uma tomada de posição da ERC, Entidade Reguladora para a Comunicação Social, que já alertou o Nacional para a obrigação deste permitir a captação de imagens de jogos, a fim de cumprir a Lei da Televisão. Polémicas à parte, aqui fica um dos momentos mais marcantes de sempre da história do Nacional, clube que ao longo dos últimos anos vem fortalecendo uma forte posição no futebol português: golo de Rubén Micael aos 89’ em São Petersburgo, quando o Nacional estava a perder por 1-0. Em casa, os madeirenses tinham ganho por 4-3, pelo que até aos 89’, a eliminatória estava afixada em 4-4, resultado que permitiria a passagem do Zenit à fase de grupos da 1ª edição da Liga Europa, pelos golos marcados fora.

domingo, 3 de maio de 2009

2008-09, Liga Sagres 27ª jornada, Nacional 3 - Benfica 1

Nacional 3 – Benfica 1

Nenê 56’ 1-0

Rúben Micael 64’ 2-0

Reyes 68’ 2-1

Miguel Fidalgo 90+4’ 3-1

A primeira oportunidade do jogo disputado na Choupana ocorreu ao minuto 8 e saiu dos pés do ponta-de-lança angolano Mateus, através de um remate cruzado após passagem por David Luiz. Muito perto de marcar estiveram os comandados pelo Professor Manuel Machado quando, aos 10’, Alonso aproveitou um mau entendimento de Maxi Pereira e Sídnei e avançou com a bola até muito perto da baliza de Quim, tendo tentado depois o golo, através de um remate que, apesar de sair frouxo, ia sendo aproveitado por Mateus. Grande momento do jogo, aos 33’, altura em que David Luiz remata em jeito para boa intervenção de Bracalli. Aos 40’ foi a vez do paraguaio Cardozo tentar a sua sorte com um remate de longe, para o meio da baliza: à figura de Bracalli, mas, mesmo assim, devido à força do chuto, a não deixar o guarda-redes brasileiro segurar a bola. 4 minutos antes de fazer o gosto ao pé, Nenê tentou o golo, com um remate de longe que obrigou Quim a uma defesa apertada. O paraguaio, máximo goleador dos encarnados, voltou a estar em destaque, quando, aos 54’, recebeu de peito, um passe de cabeça de Nuno Gomes, rodou sobre si e rematou forte, testando os reflexos de Bracalli que apenas teve tempo de enviar a bola para canto. Chegava então o primeiro golo do jogo, aos 56', pertencente aos alvinegros, após cruzamento de Alonso, da esquerda, ao primeiro poste, zona onde o melhor marcador do campeonato, Nenê mergulhou, em peixinho, para o fundo das redes. Voltou o Benfica a dispor de uma grande oportunidade, aos 58’, quando Reyes isolou Nuno Gomes e viu o português tentar fazer o golo, num remate colocado que, uma vez mais, foi interceptado pelo responsável máximo pela manutenção da baliza inviolável, na Choupana. O segundo golo surgiria pouco tempo depois (64'), de novo para os caseiros, por intermédio de Rúben Micael, jogador que, segundo a imprensa já deu conta, está nas cogitações do Benfica e do FC Porto para a próxima época e que apenas esta temporada chegou ao principal escalão do futebol do nosso país, uma vez que até aqui jogava no União da Madeira. Grande golo do médio-ofensivo português, após recepção da bola fora da área e remate colocado, com muita classe, para o canto da baliza de Quim. A resposta dos visitantes não tardou e, aos 68’, Reyes fez o primeiro para os mesmos, após perder a bola e receber um passe de grande qualidade, de calcanhar, de Rúben Amorim. Nas suas diagonais, voltou David Luiz a criar perigo com um remate à barra de Bracalli, que colocaria o empate no marcador (74’). Aos 90+4’, João Aurélio, jogador que chegou a interessar ao Benfica e ao Belenenses no final do ano transacto, cruzou rasteiro, da direita, para Mateus, que ganhou na antecipação a Maxi mas que não chegou à bola, pelo que esta sobrou para o segundo poste, onde, ausente de marcação, aparece Miguel Fidalgo a matar o jogo, com o 3-1.