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domingo, 5 de abril de 2009

Golo do ano?


Aqui deixo o golo de Grafite, ponta-de-lança do Wolfsburgo que é já o melhor marcador da Bundesliga, com 20 golos (não esquecer, porém, a lesão de Ibisevic, ponta-de-lança do Hoffenheim, que contava com 18 golos já em Janeiro e que, desde então, se encontra a contas com uma lesão), no jogo deste fim-de-semana com o Bayern de Munique, onde os homens da Volkswagen venceram por 5-1, vitória que lhes permitiu ascender aos 1º posto da tabela da liga do país. Para o comentador do video, este é já o golo do ano. Eu não sou tão radical, prefiro esperar para ver mais, mas da tabela dos 5 primeiros penso que será difícil sair…


segunda-feira, 23 de março de 2009

A Final polémica e a posição (contraditória) leonina


Final da Carlsberg Cup, grande expectativa de ambos os lados. Num ano em que a Liga estruturou a taça de modo a que os grandes pudessem ir mais além, de modo a rentabilizar e prestigiar a competição, entrando os clubes melhor classificados na temporada anterior, directamente na última fase de grupos, a final da Taça da Liga tem uma importância tremenda quando comparada com a do ano anterior, que o Sporting também perdeu nos penalties contra o Vitória de Setúbal. Antes do jogo o ambiente que se vivia no recinto do estádio e seus arredores era o ideal: clima de festa com adeptos benfiquistas e sportinguistas todos misturados, sem qualquer ponta de perigo, insufláveis para os adeptos se divertirem antes de entrarem no estádio propriamente dito, barracas a vender cerveja (ou não fosse a taça patrocinada pela Carlsberg),…enfim, uma panóplia de diversões pensadas para que o ambiente fosse propício a um verdadeiro espectáculo. Começo do jogo. Assiste-se a uma partida bem disputada em que o Sporting em tudo foi superior a um Benfica que poucas vezes levou perigo à baliza de Tiago com excepção a um remate de Aimar, através de um livre, de Reyes e um cabeceamento à barra de Miguel Vítor (mais uma vez irrepreensível), estas são aquelas jogadas que depressa me saltam à vista. Pelo desenrolar natural do jogo, era o Sporting quem ia fazendo a gestão do mesmo, aproveitando o golo marcado logo no início da segunda parte (48’) por Bruno Pereirinha. Final dos 90’. O Benfica empatou o jogo a um quarto de hora do final através de uma grande penalidade mal assinalada por suposta mão na bola de Pedro Silva que, como consequência, viu o segundo cartão amarelo e, como tal, o árbitro indicar-lhe o caminho dos balneários mais cedo do que esperava. O jogo vai a penalties, visto que os regulamentos não admitem prolongamento. Eis senão quando os papéis se invertem: a equipa que estava em vantagem e a jogar melhor, aparentemente com o jogo controlado, tentando buscar a segurança de um resultado positivo, para poder levar a primeira Taça da Liga para o museu de troféus do clube, depara-se consigo a suspirar pelo apito final e por aquilo que tantas vezes ouvimos pelo nome de lotaria dos penalties. Lotaria não é, visto que esta implica somente um ingrediente: sorte. E, se pegarmos no jogo do fim-de-semana que opôs os velhos rivais de Lisboa, verificamos que Liedson saiu mesmo ao terminar a partida, para dar lugar a Postiga, pela simples razão de não se sentir confiante para colocar a bola dentro das redes, quando fosse chamado a converter o castigo máximo. Quim eleva-se a herói da partida, ao defender três penalties, ele que estava a realizar um mau jogo, por sinal. Paulo Bento e Pedro Silva encarregam-se de espelhar o estado de espírito da equipa, um (o primeiro) fazendo um gesto de roubo, numa clara alusão à decisão errónea de Lucílio Baptista e outro (o segundo) a não aceitar que lhe fosse colocada a medalha ao pescoço e a atirar a mesma para longe, num gesto anti-desportista. Altura das emoções se apoderarem da racionalidade, com os adeptos sportinguistas que criticavam as novas tecnologias no futebol a desejarem o funcionamento das mesmas (permitam-me o à parte e pensem agora no sentimento do Vitória de Guimarães quando viu, no início desta época, a sua entrada na Liga Milionária comprometida por um fora-de-jogo mal assinalado, entrada esta que permitiria o encaixe directo de 5 milhões de euros, tão importantes para um clube da dimensão do Vitória (!), recém-promovido à Liga Principal há um ano), e com Soares Franco e Paulo Bento, bem como os vários jogadores e dirigentes do Sporting, a criticarem duramente a arbitragem. Aquele clube que se pronunciava como sereno no que às críticas aos árbitros dizia respeito, aquele que “nunca” se ouvia pronunciar, foi o mesmo que logo após um jogo com o FC Porto teceu duras críticas à arbitragem, tem criticado a arbitragem portuguesa constantemente no final dos jogos através do seu treinador nas conferências de imprensa, bem como nos flash-interviews. Soares Franco afirma que nunca mais falará com Lucílio Baptista na vida, afirmação gravíssima, e o Sporting acaba de abandonar a direcção da Liga. Não preciso dizer mais. Última nota: pelas várias petições a circular na internet deparo-me com uma especialmente engraçada, tem por base o transporte da Taça do museu do Benfica para o do Sporting. Pois bem, apesar do Benfica estar a jogar pior, ainda restavam 15’ de jogo, sem contar com a compensação, ou seja, ainda muita coisa poderia acontecer – nem que estivesse nos 90’ (recordar final da Champions de 1999, em que o Manchester entrou nos 90’ a perder por 1-0 com o Bayern e recuperou 1-2) –, não se pode partir do princípio que o jogo seria ganho pelo Sporting, nunca.

sábado, 7 de março de 2009

Mais um a ir para além da Taprobana...


No dia 20 de Fevereiro postei no youtube 4 videos referentes a uma entrevista que Nelo Vingada deu a um canal televisivo iraniano, aquando da sua chegada ao futebol do país, para comandar o Persepolis, a maior equipa do Irão, cuja principal estrela é Ali Karimi, jogador contratado no início da temporada ao Qatar Sports Club a título de empréstimo, e cuja carreira atingiu o seu cume na Alemanha, mais concretamente em Munique, quando Karimi esteve ao serviço do Bayern (2005-2007), numa contratação que muitos ainda vêem como pura jogada de marketing, o que é certo é que chegou a participar em 33 jogos e a fazer 3 vezes o gosto ao pé. Tudo isto para dizer que estou há mais de duas semanas para colocar os links dessa tal entrevista, no blog, para quem a quiser ver e ouvir como eu fiz com bastante gosto. A entrevista é feita em iraniano, porém Nelo Vingada tem um intermediário na mesma, que depressa lhe traduz as questões. Após as respostas do antigo treinador de, entre outros, Académica, Belenenses e Marítimo, bem como adjunto de Queiroz nos famosos mundiais e europeus de sub-17, sub-19 e sub-20 de 1988 e 1991, e do Benfica, o tradutor encarrega-se de traduzir as respostas do português, mas desta feita ao entrevistador. Uma entrevista de um dos homens mais experientes do futebol português e mais uma prova da imagem positiva que o futebol do nosso país transborda no plano internacional, que é a real, a de que Portugal dispõe de grandes personalidades futebolísticas e não é por acaso que tem neste momento, entre outros, Henrique Calisto a comandar a selecção do Vietname (que muito recentemente ganhou o seu primeiro título, ao vencer a tricampeã Tailândia na final da Taça do Sudeste Asiático; para além deste título, Calisto conta ainda no seu palmarés com o título de bicampeão do Vietname, com os campeonatos conquistados ao serviço do Dong Tam Long An nos anos 2005 e 2006), José Peseiro à frente da Arábia Saudita, Paulo Duarte no Burkina Faso (terminou em 1º, sem derrotas, na 2ª ronda de grupos de apuramento das selecções africanas para o Mundial de 2010, num grupo que contava com a Tunísia, Burundi e Seychelles), Manuel José no maior clube egípcio (Al-Ahly), Paulo Sousa no Q.P.R (Queens Park Rangers), Bernardino Pedroto, filho de José Maria Pedroto e campeão angolano ao serviço do Petro de Luanda, Augusto Inácio no Inter de Luanda, José Morais (Esperance de Tunis – maior clube tunisino), o flagrante caso de Mourinho, actualmente no Inter de Milão,…isto no âmbito de treinadores mas se quisermos podemos alargar a amostra para jogadores onde Cristiano Ronaldo (o actual melhor do Mundo), Luís Figo e Eusébio, por exemplo, fazem/faziam a diferença e elevam/elevaram o nome do país à escala mundial. Porém não só nestas áreas temos gente importante no mundo da bola e, para dar um exemplo de uma personalidade menos conhecida do público em geral, aponto o nome de Francisco Marcos, fundador e presidente da USL (United Soccer Leagues), que abarca a USL-1, USL-2, e PDL, correspondentes à segunda, terceira e quarta divisões, respectivamente. Bem…e se quiséssemos enumerar todos os nomes que elevam, ou que já elevaram, um país pequeníssimo a nível do globo, tendo em conta o mapa mundo, à escala global, como o faz e muito bem a Holanda por exemplo, muito tempo mais passaríamos aqui. Tudo isto para deixar os endereços com a entrevista de Nelo Vingada, dividida em 4 partes.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Park Chu-Young: a grande esperança sul-coreana


No último dia de transferências (1 de Setembro este ano, costuma ser 31 de Agosto, porém, como calhava a um domingo, as grandes ligas europeias adiaram o prazo um dia), sucedeu-se um movimento que não podia deixar passar impune: a ida de Park Chu-Young para o Mónaco, precedente do FC Seoul. Park Chu-Young (nascido a 10.7.1985, em Daegu) já é bastante conhecido, por se tratar do jogador sul-coreano mais promissor da actualidade. E, para confirmar esse estatuto está, por exemplo, a hipótese levantada pela imprensa de rumar ao Bayern de Munique, quando tinha apenas 20 anos.

Há uma semana atrás, aquando do último dia do defeso, e já com 23 anos, Park Chu-Young rumou ao Mónaco, numa transferência que envolveu a soma de dois milhões de euros, com o intuito de iniciar aquela que irá ser a sua primeira experiência europeia, depois de ter representado o FC Seoul nas últimas três épocas (2005-2008) e de ter feito a sua formação no Korea University (2003-2005). O seu sonho é jogar na Premier League, seguindo assim as pisadas do grande herói nacional Park Ji-Sung e de Lee Young-Pyo (que, apesar de neste defeso ter trocado as cores do Tottenham pelas do Dortmund, numa transferência de 500.000 euros, foi o segundo jogador coreano, desde sempre, a actuar na Premier League, sendo que o primeiro lugar da lista, pertence, claro está, a Ji-Sung), sonho esse que se poderia ter realizado já este defeso, com o real interesse do Wigan em contar com o jogador.

Chu-Young começou a jogar futebol quando estava na quarta classe da Banyawol Elementary School, de Daegu. Desde aí que tem aprendido a sua própria maneira de aprender a desenvolver as suas habilidades. Futebol de pés descalços é uma delas: "Um dia tive de jogar futebol de pés descalços, porque tinha perdido as minhas chuteiras. Graças à experiência, aprendi a tocar sensivelmente na bola". Outro método é futebol no mercado: "Para treinar furar a defesa, eu praticava fintas no mercado ao ar livre, onde tem mais gente". O método final consiste em passar da prática para o jogo. Chu-Young nunca ia a nenhum lado sem a bola, e estava constantemente a fazer jogos de pontaria - acertar num alvo -, tais como acertar num determinado poster que estivesse na parede, o que o ajudou a melhorar a precisão do seu remate (factor determinante para o seu sucesso com os livres). Na escola secundária recebeu a honra de ser o melhor marcador em quatro competições e, em 2001 (há 7 anos atrás, quando Chu-Young tinha 16 anos de idade), o Pohang Steelers mandou-o treinar no Brasil um ano: "Foi lá que aprendi como chutar a bola levemente", refere o próprio, claramente satisfeito com a experiência.
Em 2004, a popularidade de Park Chu-Young por entre o público sul-coreano cresceu bastante com a sua performance no Campeonato Asiático de sub-20, onde este conduziu a sua selecção até à final da competição, final esta que foi ganha pela Coreia do Sul, numa vitória de 2-0 sobre a China, vitória esta que teve o carimbo de Chu-Young, já que este facturou os dois golos da exibição. O segundo desses golos deixou os adeptos da Coreia do Sul completamente fascinados, ao verem Chu-Young livrar-se de quatro defesas antes de marcar o golo, que deu a segunda vitória consecutiva neste torneio aos Taeguk Warriors. Com toda a naturalidade, recebeu a Bola de Ouro, por ter sido o melhor marcador do torneio, e foi nomeado o Melhor Jogador do Torneio. Anteriormente, tinha sido já selecionado para realizar o Mundial de sub-20, em 2003, com a selecção do seu país.

A histeria à volta de Chu-Young cresceu ainda mais quando a selecção de sub-20 foi convidada para participar, no Qatar, num torneio de oito equipas, todas elas convidadas, em Janeiro de 2005. Chu-Young facturou por duas vezes contra a China, três contra a Ucrânia, dois contra a Argélia, dois contra o Japão, conduzindo, mais uma vez, a sua selecção à vitória na competição.
Neste mesmo ano, Chu-Young foi nomeado Jovem Futebolista Asiático do Ano pela Confederação de Futebol Asiática.

Em Junho de 2005, foi chamado à selecção principal para realizar a sua primeira aparição com a camisola da selecção A ao peito. O seu debut ocorreu num jogo contra o Uzbequistão, onde Chu-Young marcou o seu primeiro golo pela selecção principal e viu os Red Devils (claque oficial da selecção sul-coreana) começarem a apelidá-lo de "génio do futebol".
Durante a época de 2005, Chu-Young marcou três golos e realizou quatro assistências ao serviço da sua selecção, apesar do titular ser Lee Dong-Gook. Chu-Young participou ainda no Campeonato do Mundo de sub-20 de 2005, onde a Coreia do Sul se ficou pelos grupos, realizando apenas três jogos, nos quais Chu-Young fez apenas um golo.
Em 2006, e depois do sucesso obtido em 2005, Chu-Young expressou publicamente o seu desejo de manter a boa forma que tinha vindo a demonstrar no Mundial de 2006, porém acabou por jogar apenas num jogo: o terceiro e final jogo da fase de grupos, contra a Suíça, no qual este jogou uns maus 63 minutos, recebendo inclusivamente um amarelo por uma falta, livre do qual resultou um dos dois golos suíços que derrotaram a Coreia do Sul (marcado por Philippe Senderos).

Apesar desta exibição pouco vistosa ao serviço da sua selecção no Mundial de 2006, os adeptos coreanos esperavam que Chu-Young se continuasse a exibir ao seu melhor nível na K-League (Liga Sul-Coreana de Futebol), mas não foi esse o caso: facturou apenas oito golos e efectuou apenas uma assistência em 30 jogos, na mesma época.

Mais tarde, mas também em 2006, juntou-se novamente à selecção, mas desta feita para jogar nas Olimpíadas em Doha, no Qatar, onde obteve um grande começo, ao apontar dois tentos, logo no primeiro jogo, frente ao Bangladesh. Apesar do começo, não mais marcou na competição. Por fim, a Coreia acabou por ser eliminada da competição, nas meias-finais, contra o Iraque, num jogo controverso, e foram incapazes de bater o Irão no jogo que decidiu o 3ºlugar, o que resultou na ausência de medalhas para o lado coreano, o que já há muito não sucedia.
Logo que começou a K-League, em 2007, Chu-Young obteve um bom começo conseguindo quatro tentos em onze jogos, porém cedo foi confrontado com uma lesão que não lhe permitiu fazer uma época regular e estável, visto que estava constantemente a dar sinal de si. Devido à lesão foi relegado para a equipa de reservas da selecção para o Campeonato Asiático de 2007, mas a sua lesão não ficou curada o que, juntamente com o facto de não haverem avançados lesionados ou em baixo de forma, levou ao seu afastamento da selecção para disputar esta competição. Ainda devido à sua lesão, falhou o amigável contra o Manchester United, que resultou na derrota do FC Seoul por 4-0, com um golo e um grande jogo de Cristiano Ronaldo.

Recuperado da lesão no pé, Chu-Young jogou nas rondas de qualificação para os Jogos Olímpicos de Pequim, para os quais, a Coreia do Sul garantiu o lugar ao empatar 0-0 com o Bahrain a 27/11/2007.

Em 2008, Chu-Young começou o ano com grandes exibições frente ao Turqueministão e à China (apesar de não marcar nenhum golo na vitória sobre o Turqueministão, fez duas assistências).
No Campeonato Asiático de Este, Chu-Young facturou por duas vezes na vitória da Coreia por 3-2 sobre a China.

Até este momento já marcou, também, dois golos na Fase de Apuramento para o Mundial de 2010, na África do Sul, ambos contra o Jordão (casa e fora).

Nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, Chu-Young marcou o único golo da Coreia num empate contra os Camarões, de livre directo (1-1). Mais tarde, este admitiu que a sua intenção era centrar. Poucos dias depois, atirou uma bola à barra, através dum cabeceamento, na derrota esclarecedora contra a Itália por 0-3.

Quer seja pela maneira de jogar futebol ou não, Park Chu-Young é especial, nem que seja pelo seu QI de 150 e pelas escassas seis horas de dormida diárias. Como é muito comum entre a cultura sul-coreana, Park Chu-Young é bastante religioso e, como tal, a pergunta que mais lhe desagrada ocorre quando lhe questionam o "porquê" deste ir à igreja - pelos seus festejos, comuns aos jogadores de futebol sul-coreanos, dá para perceber imediatamente que este é bastante religioso.

Muitas expectativas em cima deste menino sul-coreano que joga preferencialmente a ponta-de-lança, mas que pode também jogar a extremo-esquerdo.