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domingo, 31 de janeiro de 2010

A verdade sobre o caso Figo

sábado, 7 de março de 2009

Mais um a ir para além da Taprobana...


No dia 20 de Fevereiro postei no youtube 4 videos referentes a uma entrevista que Nelo Vingada deu a um canal televisivo iraniano, aquando da sua chegada ao futebol do país, para comandar o Persepolis, a maior equipa do Irão, cuja principal estrela é Ali Karimi, jogador contratado no início da temporada ao Qatar Sports Club a título de empréstimo, e cuja carreira atingiu o seu cume na Alemanha, mais concretamente em Munique, quando Karimi esteve ao serviço do Bayern (2005-2007), numa contratação que muitos ainda vêem como pura jogada de marketing, o que é certo é que chegou a participar em 33 jogos e a fazer 3 vezes o gosto ao pé. Tudo isto para dizer que estou há mais de duas semanas para colocar os links dessa tal entrevista, no blog, para quem a quiser ver e ouvir como eu fiz com bastante gosto. A entrevista é feita em iraniano, porém Nelo Vingada tem um intermediário na mesma, que depressa lhe traduz as questões. Após as respostas do antigo treinador de, entre outros, Académica, Belenenses e Marítimo, bem como adjunto de Queiroz nos famosos mundiais e europeus de sub-17, sub-19 e sub-20 de 1988 e 1991, e do Benfica, o tradutor encarrega-se de traduzir as respostas do português, mas desta feita ao entrevistador. Uma entrevista de um dos homens mais experientes do futebol português e mais uma prova da imagem positiva que o futebol do nosso país transborda no plano internacional, que é a real, a de que Portugal dispõe de grandes personalidades futebolísticas e não é por acaso que tem neste momento, entre outros, Henrique Calisto a comandar a selecção do Vietname (que muito recentemente ganhou o seu primeiro título, ao vencer a tricampeã Tailândia na final da Taça do Sudeste Asiático; para além deste título, Calisto conta ainda no seu palmarés com o título de bicampeão do Vietname, com os campeonatos conquistados ao serviço do Dong Tam Long An nos anos 2005 e 2006), José Peseiro à frente da Arábia Saudita, Paulo Duarte no Burkina Faso (terminou em 1º, sem derrotas, na 2ª ronda de grupos de apuramento das selecções africanas para o Mundial de 2010, num grupo que contava com a Tunísia, Burundi e Seychelles), Manuel José no maior clube egípcio (Al-Ahly), Paulo Sousa no Q.P.R (Queens Park Rangers), Bernardino Pedroto, filho de José Maria Pedroto e campeão angolano ao serviço do Petro de Luanda, Augusto Inácio no Inter de Luanda, José Morais (Esperance de Tunis – maior clube tunisino), o flagrante caso de Mourinho, actualmente no Inter de Milão,…isto no âmbito de treinadores mas se quisermos podemos alargar a amostra para jogadores onde Cristiano Ronaldo (o actual melhor do Mundo), Luís Figo e Eusébio, por exemplo, fazem/faziam a diferença e elevam/elevaram o nome do país à escala mundial. Porém não só nestas áreas temos gente importante no mundo da bola e, para dar um exemplo de uma personalidade menos conhecida do público em geral, aponto o nome de Francisco Marcos, fundador e presidente da USL (United Soccer Leagues), que abarca a USL-1, USL-2, e PDL, correspondentes à segunda, terceira e quarta divisões, respectivamente. Bem…e se quiséssemos enumerar todos os nomes que elevam, ou que já elevaram, um país pequeníssimo a nível do globo, tendo em conta o mapa mundo, à escala global, como o faz e muito bem a Holanda por exemplo, muito tempo mais passaríamos aqui. Tudo isto para deixar os endereços com a entrevista de Nelo Vingada, dividida em 4 partes.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Parece que expira daqui a 6 meses...


Hoje deixo aqui alguns dos nomes avançados pela Gazzetta dello Sport, como jogadores possibilitados desde já a negociar contrato com outras equipas, ao abrigo da lei bosman, visto que os seus contratos expiram já em Junho de 2009. Fazem parte desta lista jogadores como Toldo (Inter), Dudek (Real Madrid), Cudicini (Chelsea), Kameni (Espanhol), Leo Franco (Atlético de Madrid), Panucci (Roma), Cosmin Contra (Getafe), Sylvinho (Barcelona), Gary Neville (Man. United), Juanito (Bétis de Sevilha), Fábio Cannavaro (Real Madrid), Hyypia (Liverpool), Paolo Maldini (AC Milan), Figo (Inter), Maniche (Atlético de Madrid), Nedved (Juventus), Ballack (Chelsea), Zé Roberto (Bayern de Munique), Pantelic (Hertha de Berlim), Wiltord (Rennes), Michael Owen (Newcastle), Emile Heskey (Wigan), Darius Vassel (Man. City), Carlitos Tévez (Man. United) e Júlio Cruz (Inter). Gostaria de deixar aqui uma curta nota para a péssima actuação do Manchester United que teve imenso tempo, desde que Tévez está emprestado aos reds pelo West Ham, para accionar a opção de compra que tinha pelo passe do argentino, este deu inúmeras provas que merecia um lugar na equipa, não só no plantel, como no onze titular, marcando por diversas vezes (27 golos até ao momento, esta é a segunda época em Old Trafford) e agora Alex Ferguson já vem dizer que é difícil segurá-lo...começaram a surgir há cerca de dois meses os primeiros rumores sobre o interesse do Real Madrid no ponta-de-lança, este já veio dizer que seria uma honra jogar em Madrid...enfim, destino quase certo, ao que parece para Tévez, jogador que muito aprecio e que adoro ver jogar no futebol inglês, forma ua excelente dupla com Berbatov, mas eis senão quando os treinadores esquecem o mérito da época passada do jogador, querendo contratar um "melhor" para a posição para, supostamente, "fortalecer" o plantel e o desgraçado do jogador que se teve a esfular, fica para segundo ou terceiro plano. Após uma excelente época de Tévez, Ferguson decidiu apostar forte em Berbatov (38 milhões de euros) para entrar imediatamente no onze titular, sendo o argentino o sacrificado. Não quero de maneira nenhuma deitar Berbatov a baixo, apenas demonstrar (sem pedir que me compreendam) a minha frustração perante estas situações em que os jogadores estão a jogar extremamente bem, porém são simplesmente postos de parte na época seguinte. Para prosseguir, e porque a finalidade deste post era apenas a de revelar nomes de jogadores que estão em final de contrato, aqui ficam as listas da Série A, Premier League, La Liga, Bundesliga e Ligue 1. Infelizmente a portuguesa não foi incluída nesta elite, para "variar", porém posso adiantar aqui que nomes como o de Pedro Emanuel (FC Porto), Lino (tudo indica que seja cedido ao PAOK até final da temporada - quando terminar o contrato - com a hipótese de permanecer mais uma temporada para além destes seis meses), Tarik Sektioui (FC Porto), Ventura (FC Porto), Jorge Ribeiro (Benfica), Tiago (Sporting), Derlei (Sporting), Dani Mallo (Braga), Paulo Jorge (Braga), Frechaut (Braga, apesar de haver interesse da SAD bracarense para avançar já com a renovação), João Pereira (Braga), Luciano Amaral (Vitória de Guimarães), Danilo (Vitória de Guimarães), Tiago Ronaldo (Vitória de Guimarães), Vasco Fernandes (Leixões), Roberto Sousa (Leixões), Roberto (Leixões), Zé Manuel (Leixões), Wesley (Leixões), Marcos (Marítimo), Bruno (Marítimo), Kanu (Marítimo), Costinha (Belenenses), Baiano (Belenenses), Silas (Belenenses), Wender (Belenenses), Porta (Belenenses), Roncatto (Belenenses), Vinícius (Belenenses), Milojevic (V. Setúbal), Hugo (V. Setúbal), Janício (V. Setúbal), Auri (V. Setúbal), Ricardo Chaves (V. Setúbal), Leandro Branco (V. Setúbal), Pedro (Paços de Ferreira), Cássio (Paços de Ferreira), Rui Miguel (Paços de Ferreira), Felipe Anunciação (Paços de Ferreira), Nélson (Estrela da Amadora), Vitor Moreno (Estrela da Amadora), Varela (Estrela da Amadora), Alonso (Nacional), Nenê (Nacional), Fabiano Oliveira (Nacional), Tiago Pinto (emprestado pelo Sporting ao Trofense), Areias (Trofense), Delfim (Trofense), Hugo Leal (Trofense), Lipatín (Trofense), Paulão (Naval), Carlitos (Naval), Bruno Lazaroni (Naval), Dudu (Naval), Tiago Freitas (Naval), Saulo (Naval), Pedro Roma (Académica), Peskovic (Académica), Pedro Costa (Académica), Pavlovic (Académica), Nuno Piloto (Académica), Lito (Académica), Paiva (Rio Ave), Niquinha (Rio Ave) e Delson (Rio Ave) correspondem todos a jogadores cujo futuro está em aberto, pois o seu contrato termina a 30 de Junho de 2009, pelo que estão na sua inteira disposição de negociar com os clubes que bem entenderem, sem qualquer interferência do seu actual clube.


sábado, 1 de novembro de 2008

Florentino Perez de volta em 2010?


Esta semana uma das notícias que me ficou na retina veio de Espanha: a da possibilidade de retorno à presidência do Real Madrid, por parte de Florentino Perez. Assim, e de acordo com a imprensa internacional, Perez poderá estar a preparar um "dramático" retorno com o intuito de recuperar o orgulho madrileno que parece sentir estar a desaparecer. Rumor ou não, pouco interessa para o caso. Hoje vou expressar no "papel" uma opinião que me "atormenta" sempre que ouço falar mal da geração dos galácticos do Real Madrid, a era criada por Perez, esse mesmo homem de negócios espanhol que há 8 anos (2000), concorreu à presidência do Real, tendo como grande trunfo a contratação de Luís Figo, na altura representado por José Veiga, cuja cláusula de rescisão presente no contrato que o ligava ao rival Barcelona estava avaliada em 61 milhões de euros e que, aquando da sua ida para os merengues deixou o seu nome na história do futebol como a contratação mais cara até à data. Perez que, refira-se, contra todas as expectativas, acabou por ganhar o lugar.

Sempre que se fala nos galácticos a tendência – não me recordo de falar pessoalmente com alguém que me tenha manifestado uma opinião contrária – é sempre a de invocar a falta de títulos da Era-Perez, devido à "constelação de estrelas" que se fazia sentir no balneário madridense, o que levava à falta de empenho, a manias, e a outras coisas mais; o que, em suma, faz dessas 6 épocas (tempo em que Perez esteve à frente do Real, de 2000 a 2006) um autêntico desastre, um plano completamente falhado. Pois bem, em primeiro lugar vou expôr a minha opinião quanto à gestão de Florentino Perez e em segundo e último lugar, as suas consequências financeiro-desportivas.

Ninguém pode pôr em causa o conceito da gestão que Florentino Perez quis incutir (e incutiu) no Real: Melhor clube do Mundo merece os Melhores jogadores do Mundo. Nada mais simples e mais básico do que esta lógica, um clube com a dimensão e o estatuto do Real tem a "obrigação" de tentar superar-se a cada dia que passa e ter a mentalidade de ganhar tudo, com a ajuda dos melhores. Atormenta-me, se me permitem a repetição, quando ouço o argumento do "o Real não ganhou nada porque o plantel eram só estrelas", pois, para já, esta afirmação não tem qualquer cabimento, como vou referir mais aprofundadamente mais à frente e depois eu pergunto o que é que um clube deve fazer, isto é, como é que está correcto gerir um clube na cabeça destas pessoas. Será que para estas o ideal será estabelecer um limite de 3, 4, 5 "estrelas" e o resto do plantel ser composto por jogadores mais modestos? Sinceramente não percebo. Um clube deve ter como principal preocupação a de construir o plantel mais forte possível de maneira a atingir o maior número de títulos possíveis e como, neste caso, estamos perante o Real Madrid, clube considerado por muitos como o Melhor do Mundo, ideia manifestada na cabeça de muitos jogadores (com o tal sonho de vestir a camisola blanca), esse limite é vasto, isto é, devido às suas inúmeras condições para reunir os melhores jogadores do Mundo (recursos financeiros, prestígio, excelentes infra-estruturas, numerosa massa associativa,...enfim, todo um conjunto de características que fazem do Real um colosso mundial), eu pergunto mais uma vez: porque não fazê-lo? Porque não tentar reunir, não digo os 25, pois são poucos os melhores que aceitam o banco, mesmo que esta seja uma situação passageira, porém os 11 melhores jogadores mundiais – claro que irá variar em função do treinador – com o intuito de “dominar o mundo”?

A segunda parte da minha exposição prende-se com a falta de conhecimento presente na acusação de que a gestão de Perez foi má, prejudicial, etc. Como tal, e antes de partir para o palmarés conquistado pelo Real aquando da sua passagem pelos merengues, vou começar por referir que a primeira preocupação do Presidente foi a de liquidar as dívidas para, assim, “desafogar” economicamente o clube que estava com um débito no valor de 270.000.000 €, com o intuito de, posteriormente, poder pôr em prática o seu plano que, como já dei a entender, acho perfeitamente legítimo e benéfico. Para tal, Perez cedeu parte do terrenos de treino à cidade de Madrid, em 2001, e vendeu o resto a quatro companhias, que passo a enumerar: Repsol YPF, Mutua Automovilística de Madrid, Sacyr Vallehermoso e, por fim, OHL. A cidade de Madrid, por sua vez, desenvolveu os terrenos, o que naturalmente aumentou o seu valor e, de seguida, adquiri-os¹. Como se poderá facilmente constatar, as dívidas ficaram mais que saldadas, pelo que o clube já pôde concentrar as suas forças na aquisição de activos. Como se não bastasse, e com o dinheiro ganho com todo este processo, o Real construiu um complexo de treinos com qualidade superior ao antigo, nos subúrbios de Madrid.

Após a temporada 2004-05, o Real acabava com a invencibilidade do Manchester United de estar no topo da tabela quanto aos clubes que mais lucro obtêm ao longo do ano, invencibilidade esta que já durava há 8 épocas consecutivas (subida de 17% face à temporada anterior, para 275.700.000€). Em Janeiro de 2007, o Real pagou as suas dívidas que perfaziam um valor de 224.000.000€ , caindo assim para o segundo posto dos clubes com maior saldo positivo no que toca a receitas. Contudo o Manchester, que ocupava o primeiro lugar da tabela, tinha dívidas de 872.000.000€ no mesmo ano (mesmo assim menores que os 1.250.000.000€ que se faziam sentir em 2005). Mesmo tendo pago as suas dívidas, o Real voltou a ocupar o primeiro posto da tabela em Março de 2007 (dois meses depois), ao receber 762.000.000€ em direitos televisivos. Em Setembro do mesmo ano, sem qualquer espanto, o Real foi considerado a marca de futebol mais valiosa da Europa, pela BBDO e em Maio deste mesmo ano, o segundo clube mais valioso, com um valor marcado em 951.000.000€. Ainda assim, continua a ser o clube mais rico do Mundo, com um rendimento de 351.000.000€ e Florentino Perez ficou conhecido por isso mesmo: ter tornado o Real Madrid no Clube Mais Rico do Mundo.

Há ainda que fazer referência ao facto de, homem de negócios como é, Florentino Perez ter utilizado o seu "olho para o negócio" de forma bastante esperta e eficaz, pois ao juntar nomes sonantes ao clube, este estava a crescer em todos os sentidos, tais como na vertente desportiva, merchandising (na venda de camisolas, por exemplo) e na transportação/elevação da imagem do clube além fronteiras, com especial incidência para Ásia, onde é bastante conhecido o apego dos fãs a jogadores como Beckham e Ronaldo, por exemplo. Assim, e pegando no exemplo do Fenómeno, é de referir que, concluídos os dois meses seguintes à sua contratação ao Inter, por uma soma de 45.000.000 €, tinham sido já vendidas 200.000 camisolas com o seu nome nas costas (ele que era o número 11), cada uma por 77 €, o que constituiu um total de 15.400.000 € que entraram nos cofres merengues.

Referência à “ausência de títulos presente no Santiago de Bernabéu, aquando da passagem de Florentino Perez por Madrid”. 7 títulos em 6 anos é a marca. Poder-se-à invocar o argumento de que o Real é um clube para mais, porém, na minha opinião, não é muito ético condenar um clube, pelo menos da maneira que vejo e ouço pessoas fazerem, com uma média superior a 1 título por época. Ainda por cima quando a juntar a 2 Ligas Espanholas, 2 Supertaças de Espanha, 1 Supertaça Europeia e a 1 Taça Intercontinetal, está presente uma Liga dos Campeões por entre as conquistas. Nem todos os presidentes se podem gabar de tal. Vejamos o exemplo de Roman Abramovich. Bem sei que são cenários distintos, mas que têm de semelhante o tempo de clube e os títulos conquistados. Assim, e apesar de Abramovich ter assumido controlo do Chelsea, clube londrino com uma dimensão e um historial bem mais pequenos que o da capital espanhola, toda a gente reconhece que o russo tem vindo a fazer um excelente trabalho no Chelsea e, no entanto, em 5 anos de mandato, o Chelsea "apenas" reuniu 6 títulos, dos quais não constam a competição mais prestigiada no Mundo clubisticamente, e por quem os blues tanto suspiram, a Liga dos Campeões. Assim, fazem parte do rol de títulos do mandato Abramovich: 2 Ligas Inglesas, 1 Taça de Inglaterra, 2 Taças da Liga e 1 Community Shield (Supertaça Inglesa), tudo no reinado de José Mourinho. Como facilmente se constata, e fazendo uma comparação “em cima do joelho”, só para os leitores que estão a ler e se identificam com o grupo dos que dizem mal de Perez e bem de Abramovich, se o Chelsea nada ganhar este ano, pode-se concluir que teve um período pior do que aquele que o Real teve, com menos títulos, se ganhar um título, igual e, por fim, dois ou mais, melhor.

Para terminar, gostaria de expôr o “porquê” do falhanço do plano galáctico que Perez tinha para o Real. Os grandes males de Perez foram, em primeiro lugar o despedimento de Vicente Del Bosque, no final da temporada 2002-03, após ter ganho a 29ª Liga da história do clube, pois para além dos resultados visíveis logo pela conquista do campeonato, era um treinador que geria muito bem o balneária com toda aquela “constelação” e, em segundo, o facto de apenas se preocupar com a vertente ofensiva da equipa, e aí contratou muitos e bons jogadores, tais como Ronaldo, Beckham, Figo, Owen, Robinho e Júlio Batista. Porém Perez entendia que os jogadores defensivos não mereciam tantas benesses como os seus colegas de ataque, pelo que respondeu negativamente ao pedido de Makélélé em melhorar o salário (recorde-se que este tinha dos salários mais baixos do plantel, diferença esta que ainda se notava mais quando comparado a jogadores como Figo, Beckham, Ronaldo ou Raúl, por exemplo) e afirmativamente ao pedido do mesmo, quando este requisitou para ser listado para transferência, por exemplo, no seguimento da resposta que lhe foi dada ao seu primeiro pedido². Outro caso flagrante onde Perez falhou foi em 2004, quando estava tudo bem encaminhado para o Real adquirir Patrick Vieira ao Arsenal, tendo o negócio apenas falhado pela intransigência do Presidente em pagar salários elevados por “jogadores defensivos”.

De outra maneira, acredito firmemente que Perez ainda estaria à frente do Real por muitos mais anos e que o seu plano teria resultado na perfeição, bastava-lhe para tal, nem digo perceber de futebol (que o próprio afirma não perceber), mas ter sido um pouco mais inteligente. Não era preciso muito…


¹ os críticos alegam, apesar de não existirem provas, que a cidade de Madrid pagou pelas propriedades um valor superior ao valor real das mesmas, de maneira a fazer face às dificuldades financeiras dos merengues.

² “Não iremos sentir a falta de Makélélé. A sua técnica é média [não é nada de especial], falta-lhe velocidade e capacidade para pegar na bola e passar os adversários e 90% da sua distribuição ou vai para trás ou para os lados”. Esta foi a afirmação que Perez proferiu aquando este “imbróglio”, o que só demonstra uma falta de respeito pelas capacidades de Makélélé, que eram enormes, como se continuou a comprovar no Chelsea, para onde se transferiu na época 2003-04 por uma soma de 20.000.000€, e demonstra ainda a constante obsessão de Perez com o ataque e a falta de conhecimento que Perez tem relativamente ao jogo, quando este exige a Makélélé para pegar na bola e avançar com ela pelo terreno, passar os adversários, sem qualquer preocupação táctica, esquecendo-se que Makélélé é um trinco, que tem como principais características o posicionamento e a recuperação de bolas.