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domingo, 31 de janeiro de 2010

A verdade sobre o caso Figo

sábado, 19 de dezembro de 2009

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Os problemas precoces da 2ª Era-Galáctica...


Eis que depois de vermos chegar a Madrid nomes como Cristiano, Kaká e Benzema, vemos agora partir Robben (Bayern de Munique), Sneijder (Inter de Milão), Huntelaar (Milan), entre outros. Como todos se recordarão, Perez incumbiu o director-geral do clube, Jorge Valdano, de arranjar 100 milhões de euros, para fazer face aos 257,4 gastos e que tantas críticas provocaram, com os cépticos do costume a questionar onde é que o engenheiro civil ia buscar tanto dinheiro, quando toda a gente fala em crise e tendo a certeza que o dinheiro não veio da sua vasta fortuna. Já deu para perceber que o Real teria de vender para cobrir parte dos gastos em contratações, nem que esta parte apenas cobrisse a transferência de Ronaldo, como foi o caso (88,5 milhões face aos 94 que envolveram a maior transferência de sempre até ao momento). Contudo, o que não se percebe é, por exemplo, a venda de Arjen Robben. Já todos sabemos que o Real é um clube especializado em fazer maus negócios (compra o Robben – grandíssimo jogador, dos melhores extremos do Mundo – por 36 milhões e, ao fim de 2 épocas, vende-o por 25, compra o Sneijder por 27 e, ao fim de 2 épocas vende-o por 15 milhões – os quais podem acrescer para 18, consoante os objectivos sejam, ou não, cumpridos), porém, se a venda de Sneijder é aceitável, tendo o clube realizado duas magníficas compras para a linha média – a saber: Kaká e Xabi Alonso – e contando nos seus quadros com jogadores como Lass (herdeiro do 10 de Sneijder, que outrora já pertenceu a Figo), não descurando nunca a recompra de Esteban Granero ao Getafe, já o mesmo não se pode dizer da venda de Robben. Dir-me-ão que, para servir os intentos de Perez, para reunir os 100 milhões exigidos por este (que também são agora a cláusula de rescisão de Hulk), o principal clube de Madrid, campeão europeu por 9 vezes (recorde), tinha de se ver livre de Arjen, uma vez que a venda do esquerdino holandês representa logo 1/4 dos 100 milhões. E agora eu pergunto: quanto é que custará a vinda de Ribery? 60? 70? 80? Pois é, é que esta história de se desfazer de um jogador como Robben por 25 milhões, quando este foi comprado por 11 milhões a mais, o que, a juntar ao salário que este auferia no Bernabéu (4.5 milhões de euros/ano) elevam a despesa das 2 temporadas para 45 milhões (36 pela compra ao Chelsea, somados aos 9 de 2 anos de salário) e apontam para um prejuízo financeiro de 20 milhões. A vinda de Ribery sairá sempre muito cara e nunca se fará por menos de 50 milhões, tendo em conta a qualidade do (ainda) bávaro, pelo que a viajem de Arjen para Munique terá com certeza a mãozinha de Perez. Prosseguindo o meu raciocínio, imaginemos que Ribery se transfere para o Real na próxima temporada (o que se está mesmo a ver, uma novela tirada a papel químico da protagonizada com Cristiano quando este ainda era CR7) pelo preço de 65 milhões e que passará a auferir um salário anual na ordem dos 8 milhões (Cristiano Ronaldo é neste momento o jogador mais bem pago – sem contar com Beckham –, recebendo 13 milhões anuais, seguido de Ibrahimovic com 9,5 e Kaká com 9), num contrato que contempla a ligação de 5 temporadas de ligação entre o atleta e o clube. Toda esta mistela resulta numa operação de 105 milhões de euros! Sem questionar a capacidade de Ribery, que é enorme, tratando-se o francês de um jogador que muito aprecio e que gostaria de ter visto a jogar de blanco já esta temporada, apenas pretendo desmistificar esta operação da venda de Arjen Robben para o Bayern, operação esta que a MARCA (jornal conotado com o clube madrileno) quis passar aos adeptos do Real como sendo uma grande operação, mas que não caiu lá muito bem por entre a massa adepta do clube e que rapidamente arrancou inúmeras críticas por entre os cronistas do jornal, ignorando as inúmeras lesões que afectaram o homem de cristal ao longo do seu percurso merengue e que apenas o permitiram estar presente em 3357 minutos de jogo, correspondentes a 44,7% dos 6480 possíveis.

É o custo de se querer ver livre de jogadores de classe mundial, menino Perez!

Estabelecimento de prioridades e baixa de peso

Começando pela primeira parte da frase. O Real, como todos os clubes, não escapa ao Estabelecimento de Prioridades. Assim, quero com isto afirmar que, tendo no plantel um extremo com a qualidade de Robben, e sabendo o prejuízo que irá trazer desfazer-se do jogador e contratar Ribery, o clube, ou melhor, os seus dirigentes, ou melhor ainda, Florentino Perez, pode tentar ludibriar os adeptos, dizendo-lhes que se trata de um grande negócio desfazer-se de Robben por 25 milhões (quando no entanto, o clube já gastou 45 milhões com o jogador) e contratar Ribery que, por muito que seja superior a Robben (e aqui as opiniões dividem-se – mesmo sendo superior é sempre discutível se é superior o suficiente para os gastos que irá acarretar esta troca) irá trazer um custo brutal, quer a nível da transferência em si, quer a nível do seu salário, com Robben a receber 4,5 milhões/ano, o francês não se ficará, claro está, abaixo dos 7/8 milhões.

Perez, Valdano e Pellegrini: quem manda?

Aqui reside o problema à partida para o Real continuar atrás do Barcelona e para o segundo mandato galáctico de Perez não resultar. Já aqui defendi (volto a repetir: muito antes do anúncio oficial da segunda candidatura de Perez à presidência) a mentalidade galáctica, mentalidade esta que tem de ser acompanhada por uma boa política desportiva e não só financeira, pois é da primeira que se parte para a segunda e o acto de pôr a carroça à frente dos bois já teve resultados que não foram os desejados no primeiro mandato de Perez (6 anos), com o Real a sair-se bem na primeira metade e mal na segunda. O que vimos a assistir é uma pessoa a querer mandar (e a poder), Perez, outra a discordar em algumas coisas mas a ter que acarretar com ordens superiores, Valdano, e o último a comer do que lhe dão, Pellegrini, que não se pode dizer que seja mau (Ronaldo, Benzema e Kaká), mas pode sempre ser melhor, ainda para mais se tivermos em conta a revolução na equipa, que é sempre difícil de controlar. Exemplo mais gritante: Pellegrini afirmou que contava com Wesley Sneijder e Arjen Robben, Valdano partilhava da opinião do treinador, pelo menos em relação a Robben (e quem lia as crónicas de Valdano no jornal A Bola percebia rapidamente que Valdano era um confesso admirador de Arjen Robben, defendendo sempre o jogador, quando este era acusado de ser individualista em demasia, afirmando que um jogador como Robben tem de ser assim), contudo Perez tinha uma opinião diferente, fazendo sair os 2 jogadores. Recordo-me, com todo este episódio, duma entrevista recente de Figo que afirmava torcer pelo Barça pois, apesar dos vários anos em que vestiu a camisola que agora pertence a Lassana Diarra, tinha deixado muitos amigos na Catalunha, pelo que estes tinham a sua prioridade. Quando questionado sobre o porquê da sua saída/do falhanço dos galácticos (de relembrar que Figo foi o primeiro galáctico de Perez, mas que, já no fim da sua estadia, com o clube a ser treinado por Wanderley Luxemburgo, Perez cortou as pernas ao português, entrando no domínio do treinador e dando ordens a Wanderley para não colocar o antigo 7 da selecção a jogar), Figo afirmou que quando o presidente se intromete nas opções do treinador está tudo estragado. Parece-me que é um pouco isso que se está a passar: Perez vai comprando os seus brinquedos, tal e qual fez com Figo, Zidane, Ronaldo, Beckham, Owen e, mais recentemente, com Cristiano, Kaká, Benzema e Xabi Alonso e esquece-se daquilo que é mais importante, escolher um grande treinador e dar-lhe a liberdade necessária para gerir a equipa. Com a sua vontade de criar ilusión na afición, Perez relega as opções do treinador para segundo plano, achando, por ventura, que está a fazer o melhor para o clube, não se apercebendo, com isso, que o está a sufocar á partida.

Para encerrar, deixo agora aqui a mesma pergunta que Roberto Gómez, colunista espanhol do jornal MARCA, colocou no passado sábado, dia 29, após lançar uma questão retórica para o ar, onde reflectia sobre a cara com que Pellegrini podia encarar os seus jogadores após afirmar que conta com uns que, ao fim de uns dias vêem a porta de saída do clube, onde este lançava uma pergunta extremamente perspicaz: faria o mesmo Perez a Capello, Ferguson ou Mourinho? Uma excelente questão que só tem uma resposta, todos sabemos qual é, incluindo os jogadores, os primeiros a senti-lo na pele e os primeiros a sofrer as consequências.

terça-feira, 7 de julho de 2009

CR9, o homem dos 94 milhões!

Escândalo

94 milhões. Foi este o valor que o Real Madrid pagou ao Man Utd para poder contar com os préstimos de Cristiano Ronaldo. Mais do mesmo: «escandaloso», «criminoso», muitos foram os adjectivos, sempre com conotação negativa, que se ouviram e leram sobre a transferência do craque português, Melhor Jogador do Mundo. Mais do mesmo: não me impressionei com os valores em causa, impressionaria-me, isso sim, se fossem menores – e continuaria sem me impressionar se os valores em causa fossem maiores, como os 165 milhões que a imprensa chegou a adiantar como possíveis de serem oferecidos pelo Man City –, uma vez que a Marca Ronaldo tem um valor incalculável. Muitas vozes se levantaram, sempre cépticas, em relação ao possível futuro retorno desse «brutal» investimento (mais um) de Pérez. A esses só lhes relembrava que David Beckham, contratado pelo actual presidente em 2003-04, custou aos cofres merengues 37.5 milhões de euros, mas devolveu ao clube 400 milhões, permitindo um acréscimo de 137% nas receitas de merchandising, pelo que ninguém duvidará (bem sei que muitos duvidarão, mas sem motivo) que Cristiano Ronaldo trará enorme retorno, na minha opinião ainda maior do que aquele que Beckham proporcionou, nada de anormal tendo em conta as devidas proporções (37.5 milhões / 94 milhões) mesmo tendo em conta a época (2003-04 / 2009-10). Escusado será avançar com números de estudos sobre possíveis retornos que esta «mega-operação» poderá trazer ao Real Madrid, muitos já foram adiantados e todos apontam para números bem superiores aos irrisórios 94 milhões – não esquecer a maior margem de manobra que o Real terá daqui para a frente nos contratos que estabelecerá com as empresas que com o clube colaborem, uma vez que estas farão uso da imagem de Cristiano, Kaká, Casillas, Raúl, Benzema,… e, mais do que tudo, de toda a constelação junta!

Potencialidades

Esta transferência, para além dos naturais benefícios económicos já falados, trará ainda mucha ilusión para a afición madrilena (Pérez não é nenhum parvo e novato – entradas gratuitas: com isto não quero dizer que se fossem pagas o estádio não encheria por completo ou quase), sendo por isso natural ver-se o Bernabéu cheio no início da temporada e, consoante a época corra de feição aos merengues, a prolongação desse acontecimento, ou não. Muitos vão ser os adeptos que quererão ver reunidos Casillas, Sérgio Ramos, Pepe, Cristiano Ronaldo, Kaká, Benzema, …(quem não quereria?!).

Conseguirá CR9 manter a qualidade de CR7?

Muito se tem falado acerca do futuro rendimento de Cristiano em Madrid. Muita pressão, derivada ao novo rótulo de Jogador Mais Caro da História e muitas tentações numa cidade como Madrid, que em nada tem que ver com Manchester.

Cristiano Ronaldo tem um sonho desde miúdo bem traçado: ser o melhor da história do futebol e, para lá chegar, sabe como ninguém que tem de trabalhar e dar o máximo em prol desse (espinhoso) objectivo. Esta é a simples explicação da sua presença nos treinos mais cedo do que os colegas e da sua saída tardia em relação aos mesmos. É este profissionalismo e esta personalidade que não o vão deixar cair em tentação. Paris Hilton, Nereida, Floribella,…tudo isso são “coisas” extra-futebol que poderão afectar as exibições e a carreira de um jogador mas não a de Cristiano, pois por algum motivo ele é o melhor, motivo esse que não se finda ao plano técnico do jogo, alargando-se à sua forte personalidade – a que lhe permitiu cerrar os dentes aos 11 anos ao sair de ao pé da família que tanto valoriza, para seguir o seu sonho, iniciando uma nova vida no Sporting, rodeado de pessoas que nunca tinha visto na vida, um ambiente completamente diferente do vivido na Madeira e no amador Andorinha.

Em suma, creio que Ronaldo já deu mais que provas que quanto maior é a pressão que tem sobre os ombros, maior é a qualidade que imprime ao jogo e, como já dei a perceber (e quem me acompanha com frequência tem tido a oportunidade de saber o que penso de Ronaldo), na minha opinião, o profissionalismo de Cristiano não vai ser abalado em nada e, se o for, será para melhor, uma vez que as exigência vão ser ainda maiores (!), pelo que esse argumento da cidade de Madrid ser muito tentadora…eu já sabia que iriam inventar algo para atirar ao agora número 9 do Real, contudo parece-me uma vez mais um acto de inveja completamente desajustado ao que se irá passar em Madrid. Ah! Como eu gostarei de ver Ronaldo singrar no Santiago Bernabéu e caminhar para o pódio dos melhores jogadores de sempre que o futebol mundial já alguma vez viu!


NOTA: Esta nota poderia ter sido um post individual, porém creio que esta apresentação veio mesmo a calhar. No dia 30 de Junho, passada terça-feira, fui ao Estádio da Luz, para assistir à apresentação de Saviola. Dirigi-me a uma segurança que por lá andava e questionei-a se sabia se a apresentação seria feita à porta aberta ou fechada, pelo que a mesma respondeu, com arrogância, “Fechada!”. Afirmei, indignado com esta atitude do Benfica (mais do que com a da senhora, que não merece a minha preocupação), que tal medida de gestão é totalmente errada, pelo que a senhora continuou a sua demanda e contrapôs “Acha?!”. Sempre incrédulo com a atitude de frete da funcionária do Sport Lisboa e Benfica prossegui, não para ser ouvido, mas para desabafar em voz alta, “Acho! Sendo à porta aberta, o clube só tem benefícios e nunca tem malefícios (como tão bem o demonstrou Cristiano Ronaldo perante um Santiago de Bernabéu completamente esgotado) – os sócios entusiasmam-se com a equipa, criam desde cedo “raízes” com os jogadores, especialmente com os reforços, …”. Sinceramente não percebo! Bem fez o Benfica o ano passado, aquando da apresentação de Pablo Aimar: obviamente porta aberta! Fiquei indignado e com vontade de escrever um post, apesar da falta de tempo que me tem afectado nos últimos dias. Mas com mais vontade fiquei (e aí completamente decidido), quando vi, no noticiário, a apresentação de Matías Fernández (belíssimo jogador, grande aquisição do Sporting): em plena sala de conferência de imprensa, sócios a entoarem músicas do Sporting, mostrando a grandeza do seu clube ao recém-chegado reforço leonino, o orgulho de pertencer ao clube, criando logo ali laços com os adeptos. E aí tiro o meu chapéu a José Eduardo Bettencourt que, desde o inicio da tomada de posse tem tentado aproximar o clube dos sócios e que, gestor de qualidade reconhecida como é, não deixa de aproveitar a mais pequena oportunidade para o fazer. Ganha o Sporting, perde o Benfica.