
Chama-se Lazhar Hadj Aissa e trata-se de um nº10 de 24 anos, nascido a 23.3.84 na cidade de Batna, na Argélia, que joga actualmente no ES Sétif. Comparado a Roberto Baggio - não só pelas parecenças físicas (para as quais muito contribui o rabo de cavalo presente num cabelo encaracolado), como também pelas futebolísticas (posição, habilidade, etc) - Hadj Aissa esteve perto de realizar provas no Real Madrid, em 2006, porém, a saída de Emílio Butragueño do cargo de director desportivo merengue e a consequente entrada de Pedrag Mijatovic, fez abortar o sonho presente em tantos jogadores: jogar na Europa (ainda para mais num colosso como o Real Madrid). Hadj Aissa pode agora concretizar o seu sonho se der provas que realmente o merece, estando apenas à espera de obter visto de entrada no nosso país, na embaixada lusa. Se convencer o corpo técnico encarnado, Hadj Aissa assina pelo Benfica, ficando este encarregue de pagar 400.000 euros ao seu actual clube, ES Sétif que, refira-se, no ano passado terminou o campeonato argelino na terceira posição (ganhou a prova em 2007) e conquistou as duas últimas provas referentes à Liga dos Campeões Árabes (2007 e 2008). Individualmente, este jogador argelino foi distinguido com o prémio de melhor jogador jovem da liga argelina em 2006 e melhor jogador da Liga dos Campeões Árabes, em 2007. A confirmar-se este ingresso, Hadj Aissa passaria a ser o segundo jogador argelino a actuar pelo Benfica, após a contratação de Bynia no defeso de Verão do ano passado, por 500.000 euros. Mercado este que, aliás, tem sido bastante procurado pelo Benfica, se verificarmos que a estes jogadores também se junta Rafik Djebbour (muito falado como potencial reforço do Benfica para atacar a época 2008/09).
Já deixei bem claro, na postagem referente a Ismael Matar, que sou um grande apologista desta aposta em jogadores provenientes de campeonatos menos competitivos, visto terem um preço de mercado bastante inferior ao da Europa (factor cada vez mais atraente numa Europa com clubes cada vez mais endinheirados e, como consequência, cada vez com menos necessidade e disposição de venda de jogadores). Creio que o que interessa não é o mercado em si, se o jogador é proveniente de África ou da Ásia, por exemplo, mas sim a qualidade do jogador em questão e, se afirmei que Ismael Matar tinha potencial para jogar na Europa tendo 25 anos e jogando no campeonato dos Emirados Árabes Unidos, será escusado revelar a minha opinião sobre a possibilidade de Hadj Aissa jogar na Europa, tendo este último 24 anos e jogando num campeonato mais competitivo, o campeonato argelino.