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terça-feira, 22 de junho de 2010

Mundial 2010: Dia 12


França 1 – África do Sul 0

Com a França a viver o seu caso Saltillo, a missão dos anfitriões era fácil. Sim, digo fácil porque esta França é, quanto a mim, e sem qualquer tipo de exagero, a equipa mais fácil em prova que qualquer outra equipa pode defrontar.

Obrigado a alterações forçadas, devido a jogadores que pedem para não jogar e a demais situações extra-futebol, Domenech escolheu o seu onze, saindo Abidal, Evra e, naturalmente, Anelka, pelas situações que se conhecem.

Até à expulsão o jogo estava a confirmar o expectável, 2 selecções a tentarem trocar a bola e a procurar a abertura de espaços para, num ataque e num remate, a bola entrar.

Contudo, a partir dos 25’, momento em que Gourcouff vê o cartão indesejado, ficam ainda mais visíveis as debilidades da França e a partir desse momento foi ver a África do Sul a subir e a aperceber-se que tinha sérias condições de conseguir um resultado muito positivo (vitória).

Para este jogo Parreira fez várias alterações, desde logo mudou de 4-2-3-1 para 4-4-2, adicionando Parker a Mphela, alteração que deu resultado: aumentou o rendimento de Mphela. Decidiu ainda colocar a meio-campo, no centro, Sibaya e Khuboni, por troca com Dikgacoi e Letsho, jogando bem os novos, como também jogavam os antigos, cada um com as suas características, uns melhores numas coisas, outros noutros, pelo que me parecem 4 bons jogadores que se complementam uns aos outros.

Por fim, Piennar passou para a direita, habitualmente ocupada por Modise, que faz falta na manobra ofensiva, pela sua qualidade e Tshabalala manteve-se na esquerda, embora com outras preocupações no que a movimentações diz respeito: com a táctica antiga jogava na esquerda mais à frente, no trio dos médios-ofensivos e, agora, como estava na esquerda do 4-4-2 clássico, flectia muitas vezes para o centro, onde realizou um trabalho muito bom a nível colectivo, deixando a ala esquerda aberta para Masilela se aventurar. Os meus parabéns a Tshabalala, pois realizou um jogo muito importante para a sua carreira, muito provavelmente o de maior importância, demonstrando que o 1º jogo não foi obra do acaso, ele que no 2º esteve num nível muito baixo, bem como toda a equipa, neste foi dos melhores em campo – para mim, o melhor em conjunto com Mphela, ele, a nível colectivo, Mphela a nível de finalização das jogadas, pois para além do golo, ainda teve tempo de fazer uns quantos remates perigosos e, aqui, penso que Parreira esteve bem em adicionar Parker para o apoiar, ele que também realizou muito bom jogo, com uma bola ao poste.

México 0 – Uruguai 1

A expectativa de ver jogar 2 boas selecções, um pouco parecidas até no estilo de jogo, era natural.

Pendeu para o Uruguai, que foi mais eficaz, mas também podia ter pendido para o lado mexicano, pensando eu que o empate é o resultado que melhor assenta num jogo actual entre ambas as equipas, tal a semelhança de qualidade das mesmas e dos seus valores individuais, no cômputo geral.

Uma grande jogada com início em Forlán, que abriu em Cavani, cruzando este eximiamente para a cabeça de Suárez fez com que se abrisse o marcador.

Uns quantos minutos depois, Guardado, num remate de uns 30 metros, envia a bola com estrondo a embater na barra, lance que poderia muito bem empatar a partida. Estes e outros lances, para ambos os lados, fizeram com que se verificasse o equilíbrio existente entre as equipas, com o México a ter uma clara supremacia na posse de bola, contudo, quando se tratou de chegar ao último terço do campo, o Uruguai em 3 remates enviou 1 à baliza, ao passo que o México enviou 1 à baliza em pouco mais de 5 remates!

De uma maneira geral, todos jogaram bem, com claros destaques para o trio ofensivo uruguaio, composto por Suárez, Forlán e Cavani que, estes sim, fizeram a cabeça em água aos mexicanos.

De continuar a salientar a importância de Perez e Ríos no equilíbrio táctico da equipa.

Nigéria 2 – Coreia do Sul 2

Um jogo entre 2 equipas muito equilibradas, como era de esperar.

E foi a Nigéria a adiantar-se no marcador através de Uche, que fez uma muito boa exibição, tendo inclusive atirado ao poste uns minutos depois.

Contudo, a Coreia demonstrou todo o seu espírito guerreiro e capacidade para dar a volta ao marcador. Através de 2 lances de bola parada – o primeiro centro e cabeceamento, meio com a cabeça, meio com o braço/peito, e o segundo directo.

Uma das ideias a reter deste jogo tem a ver com a descida de forma que vem afectando Enyeama, que depois de grandíssima exibição contra a Argentina, logo no 1º encontro, teve 2 exibições não lá muito famosas nos 2 últimos jogos. Não se podendo considerar más, porque teve realmente algumas boas defesas em ambos os encontros, mas com algumas falhas preocupantes, como, por exemplo, a do 2º golo coreano, de livre directo, em que dá um passo ao lado, não conseguindo depois chegar à bola. Contudo, este é, como disse, um exemplo apenas, que até é bastante comum nos guarda-redes, mesmo os já consagrados.

Obasi esteve também a muito bom nível, ficando na retina um grande passe para Martins falhar por pouco o golo, à maestro.

Da Coreia, gostaria de destacar Park Ji-Sung, Park Chu-Young e Ki-Sung Youeng. O primeiro é o grande dinamizador de jogo da equipa, aquele que a consegue galvanizar e está sempre presente, com exibições sempre muito consistes, fundamental no grupo; o segundo, jovem ponta-de-lança cheio de valor, é sempre um perigo à solta, com muita técnica e exímio, como já tinha tido oportunidade de referir logo no 1º texto, na marcação de livres directos; o terceiro é outra das pérolas presentes neste país: ainda no 1º ano fora da Coreia (no Celtic), demonstra na selecção todo o seu valor e a importância que já tem com apenas 21 anos, passando muito do jogo por ele, que sabe sempre qual o destino a dar a bola.

Grécia 0 – Argentina 2

Com uma táctica super defensiva, a Grécia iniciou e acabou o jogo contra a Argentina de Diego. Um 5-4-1, com Karagounis a fazer de falso segundo-avançado, e Papastathopoulos pronto para fazer de 4 central, já para não falar dos alas prontos para recuarem para a linha dos centrais, chegando a estar 6 e 7 homens da Grécia na grande área em diversas jogadas.

Mas não se pense que a Grécia jogou mal, muito pelo contrário. Pensando em espectáculo, não é com toda a certeza a selecção que salta à cabeça, mas, apesar de achar que esta selecção grega é muito fraca, jogando o jogo pelo jogo, a defender, pelos muitos anos de experiência que o futebol grego tem nesse campo, fazem-no com uma qualidade ao alcance de poucos.

A Argentina está a jogar bastante bem, com dois princípios de jogo bem definidos: muita dinâmica no ataque, com muitas trocas posicionais na frente e cultura de posse de bola.

E foi com base nestes princípios que foi à procura do golo que tardou em chegar.

Messi, quando pegava na bola, tinha logo 2 ou 3 a caírem-lhe em cima e a deitarem-no literalmente ao chão, Milito não mexia, pelas suas características, contudo o mesmo já não aconteceu com Aguero, que lá ia causando estragos aqui e ali.

Ma Verón foi bom exemplo de como tentar chegar ao golo: rematando de longe. Para azar dos argentinos, Tzorvas estava inspirado!

Bolatti fez grande jogo. Apesar de não ter tido muito trabalho, comandou, com a ajuda de Verón, as operações a meio-campo, tendo ainda tempo de subir e causar estragos nos cantos.

Karagounis continua a levar a equipa às costas e Samaras fez muito bom jogo, faltando apenas o golo difícil, com esta táctica, de alcançar.

Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Daí, através de marcação de um canto – tinha de ser! – Demichelis abre o marcador, marcando a equipa o 2º apenas a 1 minuto dos 90, numa recarga que, fica a ideia, estando 0-0, a equipa não deixava.





quinta-feira, 17 de junho de 2010

Mundial 2010: Dia 7


Argentina 4 – Coreia do Sul 1

Agora sim, está bastante melhor. Pode-se dizer, de consciência tranquila que a Argentina não ganhou por um erro fortuito do adversário, mas sim por diversas investidas suas. Contra a Coreia mostrou o que tinha mostrado muito pouquinho frente à Nigéria. Para já, soube jogar em posse. Tem jogadores para isso e assim o fez, trocando bem a bola, de pé em pé, e indo progressivamente para o ataque.

Duas chaves nesta vitória: Tevez e Messi. Messi melhorou substancialmente, quanto a mim, tendo estado hoje mais activo em jogadas colectivas e muito menos dependente e interessado em rasgos individuais. Contribuiu mais para outros brilharem, digo eu. E Tevez, o inesgotável baixinho argentino deu, como o faz sempre, tudo em campo, de língua aberta e sem qualquer tipo de preocupações estéticas. Correu com a bola, trabalhou para a equipa, centrou, tentou diagonais. Enfim, inesgotável mesmo!

Quem pensava ver um Di María em grande no Mundial terá mesmo de manter a esperança, pois apesar de ter melhorado em relação à 1ª jornada, teve apenas um remate perigoso e uma assistência para Higuaín falhar o golo à boca da baliza. Higuaín que, independentemente de tudo o que se possa dizer e escrever, fez um hat-trick, tendo sido por isso considerado o melhor em campo pela FIFA.

Um dado que demonstra a boa prestação da equipa (agora é necessário manter e, se possível ainda, melhorar) prende-se com metade dos 22 remates feitos terem ido parar à baliza.

Poderá pensar-se que do outro lado, a qualidade da selecção poderá ter ajudado à festa, mas o que é facto é que, em conjunto com o Japão, se trata da melhor equipa asiática em prova e, de facto, uma boa equipa, com jovens de muito valor.

Um desses jovens é Lee Chung-Young que demonstrou bem a vontade da Coreia de não se deixar ir abaixo, reduzindo, com a ajuda de Demichelis, para 2-1.

Com os seus recursos limitados, a Coreia apostava no contra-ataque e, aos 57’, Yeom apenas por um triz não fez o 2-2, podendo assim criar alguma ansiedade nos argentinos e, quem sabe, sonhar com algo mais.

Assim não aconteceu, vitória justíssima e irrepreensível dos pupilos de Maradona, que optou por um 4-3-3, como já o havia feito contra a Nigéria, passando depois a jogar num 4-4-2, com Di Maria na esquerda do meio-campo e Maxi Rodríguez na direita, com a entrada de Bolatti para o meio-campo, ao lado de Mascherano e a saída de Higuaín, ficando na frente Aguero (entretanto entrado, grande jogo, apesar do pouco tempo em campo, conseguiu abanar com ele) e Messi.

Grécia 2 – Nigéria 1

Teoricamente o mais fraco do dia, acabou por se confirmar. É certo que os jogos começam a aumentar o grau de emoção e, consequentemente, de intensidade, porém a mim em nada me convence esta Grécia, contrariamente à Nigéria, que mesmo sem Mikel, a vejo com potencial para muito mais.

Mexeu Rehhagel na táctica, passando de um 4-4-2 para um 5-3-2, que se transforma com bola em 3-5-2.

E a verdade é que, quanto a mim, o grande mérito da vitória grega a tal não se deveu mas sim à infantil expulsão de Kaita, que assim deixou os restantes 10 elementos desamparados por 56 minutos, quando o placar ainda marcava 0-1, golo de Uche, de livre directo, com Tzorvas a dar um grande frango (será este o Mundial dos frangos?).

A Grécia que muito mal joga, lá se conseguiu compor, perante uma fragilizada Nigéria, que vinha jogando bem e fazendo pela vida.

De muito difícil percepção é mesmo a entrada de Echiejile aos 56’ para, passados 21 minutos, voltar a sair, uma vez que penso nada ter a ver com lesão da parte do lateral-esquerdo.

Enfim, a Grécia lá conquistou 3 preciosos pontos, que também os eram para os nigerianos. Ainda assim, os melhores em campo, da parte dos gregos, e mesmo de os melhores da equipa, são mesmo os ex-benfiquistas Katsouranis e Karagounis. O primeiro pelo que já se sabe, destrói jogo, sabendo depois como poucos sair com a bola jogável, jogando simples e dono e senhor de um desarme superior e o segundo também pelo que já se conhece: apesar de não jogar a puro 10 na selecção fá-lo na perfeição pela sua qualidade técnica, visão de jogo e destreza, apesar de já contar com 33 anos, tal não o impede de pautar o jogo helénico.

França 0 – México 2

No jogo da noite, a França conseguiu a proeza de não só jogar pessimamente como jogar pior do que o fez contra o Uruguai, na primeira jornada.

E se dúvidas haviam, este jogou eliminou-as todas e a pergunta é mesmo: como é que a França chegou à final sob o seu comando. Pelo que a resposta sairá rápida: Zizou em grande forma, a querer brilhar na sua última competição de sempre, e Ribery em grande plano, também ele a levar a equipa às costas. É que mesmo jogando pessimamente, à beirinha da eliminação do Mundial, arriscando-se a não passar aos oitavos e com diversas opções atacantes no banco de suplentes (Henry e Cissé, por exemplo), Domenech deu-se ao luxo de brincar (é mesmo esta a palavra) com os franceses, fazendo papel de casmurro e não esgotando as substituições. E as 2 que fez foram directas!!!

Fantástico! Ainda agora estou perplexo face à atitude absolutamente passiva do caricato treinador francês.

Escusado será também falar no jogo apagadíssimo de Ribery a 10 e em tudo o que rodeou esta colocação em campo do francês.

O México voltou a agradar-me bastante, como já me tinha agradado na 1ª jornada. Passou de um 3-5-2 para um 4-3-3, contudo, com o passar do tempo, Aguirre, seu seleccionador, ao ver que esta França é completamente inofensiva e das piores selecções em prova, tendo grandes nomes no ataque, mas com um caudal ofensivo muito limitado e pouco ou nada perigoso, decidiu avançar Salcido para a esquerda do meio-campo, passando para um 3-4-3. Salcido começou por subidas fugazes, apenas quando a equipa estava em posse, com cuidado, mas, com o passar do tempo, as subidas foram cada vez mais recorrentes, acabando mesmo o lateral mexicano por jogar mais a meio-campo do que a defesa.

Javi Hernández começa a mostrar-se ao mundo do futebol como um avançado rápido, móvel, com boa finalização e Vela e Dos Santos, extremos sempre temíveis – grande jogo de Vela que acabou cedo o jogo, lesionado.

A braçadeira passou do braço de Torrado para o de Márquez e todos os 3 elementos do meio-campo são fundamentais na manobra da equipa (Márquez, Torrado e Juárez).

Osorio é esteio da defesa e Perez continua a demonstrar ser o elo mais fraco da equipa, mesmo que hoje não tenha tido praticamente trabalho nenhum.

sábado, 12 de junho de 2010

Mundial 2010: Dia 2




Primeiro jogo do segundo dia dita a abertura do Grupo B. A Coreia do Sul defronta os penúltimos campeões europeus, para insatisfação dos portugueses. A Grécia apresentou-se como uma equipa fraca, sem fio de jogo, completamente desprotegida. Tem bons jogadores que, postos a jogar pela própria Grécia se apagam, não têm ligação entre eles, qualquer um deles. Ainda tentou chegar ao golo através de passes longos para Charisteas e Gekas, mas cedo se percebeu que dificilmente iria lá assim.

Tentou também através da criatividade do já velhinho Karagounis, que quando se aventura em terrenos centrais obriga à subida no flanco de Seitaridis, ficando os gregos a jogar temporariamente numa defesa a três (3-5-2). Infrutífero, uma vez mais.

A Coreia do Sul demonstrou ter boa equipa, muito provavelmente a equipa mais anárquica deste Campeonato, sem nenhum jogador fixo, isto é, trata-se de uma equipa sempre em alterações posicionais, ora é Cha Du-Ri que sobe no flanco deixando a ala direita da defesa, ora é Park Chu-Young, homem mais avançado que recua ou descai sobre os flancos, preferencialmente o esquerdo pois no direito está Lee Chung-Young. Ora é ainda Park Ji-Sung, o mais anárquico de todos. No papel, uma espécie de 10, ou entre 10 e médio-centro, se quisermos, mas a verdade é que está em constantes trocas posicionais, aparecendo muito na direita e transportando a bola pelo centro.

Apesar de anárquica, vê-se que é uma boa equipa, com fio de jogo, mesmo que jogando mais com coração, uma vez que se trata de uma equipa raçuda, lutadora, características que nunca se conseguiram encontrar na selecção grega e que não me deixam outra visão que não a de vê-los no 4º lugar, quando for a altura de apurar 2 selecções para a fase seguinte.

Nota ainda para a colocação, por parte dos gregos do triste Samaras na esquerda do meio-campo. E chamo-lhe triste porque Samaras é claramente um ponta-de-lança e não qualquer outra posição, muito menos quando essa posição se encontra a meio campo. E é ver que, sempre que pode, sempre que vê um colega em boa posição de pontapear a bola para a grande área, depressa sai da sua posição para diagonalizar para a área, ficando Torossidis encarregue de fazer o mesmo que Seitaridis faz na direita com as incursões de Karagounis no centro do terreno, isto é, compensar a posição de médio-esquerdo.

Às 3 da tarde, o primeiro grande jogo, digno desse rótulo. Porque jogava a Argentina, ainda por cima contra uma das selecções africanas que mais problemas tem criado nos Campeonatos do Mundo, se não a que mais problemas tem criado.

A Argentina entrou forte, conseguindo um golo de canto, numa grandíssima falha dos africanos, ao deixarem Heinze sozinho a aparecer na grande área das Super Águias e a cabecear ao ângulo, tendo sido infrutífera a tentativa de interceptar a trajectória da bola antes de embater nas redes, por parte de Odiah.

A Argentina jogou naturalmente melhor, através de grandes individualidades. Valeu Enyeama, para mim Homem do Jogo, ao efectuar excelentes defesas (umas 4 ou 5, todas elas de grande calibre!) e ao impedir Messi de dar o melhor fim a excelentes jogadas do actual Melhor do Mundo pela FIFA.

Bem tentou Messi, através de jogadas verticais, onde Léo combina com Higuaín ou, depois, Milito e entra na área perante o desamparado guarda-redes. Valeu Enyeama, nunca é demais relembrar.

Tevez fechava atrás, a meio-campo, ficando do outro lado Di María mais à frente, mais posicional, completamente apagado ao longo de todos os 84’, em que esteve em campo. Saiu ao fim desses minutos para dar lugar a Burdisso que trocou directamente com Jonás Gutierrez, passando este último a ocupar o terreno outrora ocupado pelo, ainda, benfiquista Di María.

Higuaín também não esteve ao seu nível, notando-se que Samuel não desiludiu e tentou inclusivamente por 2 vezes o golo de canto, tendo passado a bola por cima da trave.

Uma grande baixa, que pode ajudar (grande ajuda mesmo!) a matar uma boa selecção nigeriana que “só” pecou na finalização é mesmo a ausência por lesão de Obi Mikel, uma vez que seria uma ajuda preciosa para comandar a equipa no terreno, em conjunto com Yobo – coça a cabeça Lars Lagerback.

Volto a frisar, nem Haruna nem Etuhu fazem esquecer o médio do Chelsea.

Nas alas e na frente, a Nigéria aposta, como é tradição, em jogadores rápidos. São eles: Obasi na esquerda, Kaita na direita (não convenceu) e Yakubu e Obinna na frente. Ideal para o contra-ataque.

Contra-ataque esse que chegou a ser experimentado (falta lá Mikel para ligar a defesa com o ataque!) mas que não chegou dar frutos por perdulária finalização dos homens das águias que hoje não estavam inspirados.

Quem também não estava inspirado era Odemwingie que entrou aos 60’, a tempo, portanto, de demonstrar credenciais, que tem até em demasia. Contudo, nas 3 ou 4 jogadas em que podia ter colocado a bola em Martins (entrou 7 minutos antes) e dar a Obafemi a oportunidade de brilhar, o extremo do Lokomotiv de Moscovo, demonstrou estar sedento de golo, sede essa que lhe cegou em demasia.

No primeiro jogo do Grupo C, a Inglaterra deixou-se surpreender pelos EUA e permitiu que Dempsey, que muito bem conhece os jogadores que compõe a selecção dos 3 leões, por jogar no Fulham. Um autêntico pato de Green que só arranja refúgio na famosa (pela negativa) Jabulani.

Duas selecções apontadas como favoritas por muitos estiveram longe de impressionar – Argentina e Inglaterra, principalmente esta última. E os finalistas vencidos da Taça das Confederações, EUA, a manter o estatuto de boa selecção, prontíssima a surpreender e a intrometer-se na luta pela passagem aos oitavos (a luta deverá acontecer contra a Eslovénia).

E a verdade é que Tim Howard, Onyewu, Bradley, Dempsey e Donovan (tao depressa descai sobre a direita como sobre a esquerda) lhe dão outro toque, toque esse que a selecção nunca teve. Até porque todos eles têm experiência (uns mais que outros) de Europa e todos com excepção de Bradley estiveram presentes na Alemanha, há 4 anos atrás, significando isso que experiência não lhes falta!

A Inglaterra não encontrou em Rooney a explosão esperada, nem pouco mais ou menos, nem o mesmo achou em Lennon, o baixinho que tem o poder/dom de fazer a cabeça em água aos defesas adversários.

No eixo do meio-campo, a velha questão: Gerrard e Lampard são dos melhores do Mundo, não só na sua posição, mas, pelas suas parecenças não combinam como se poderia esperar ou exigir e a justa fama recaiu hoje em Gerrard pois este foi aquele que mais liberdade ofensiva teve, tendo ficado Lampard encarregue de equilibrar a equipa.

Para ser sincero, e isto é apenas um desabafo, só da Espanha não espero desilusões contra a Suíça, no que a grandes selecções diz respeito...