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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Ainda sobre o defeso...


Gostaria de chamar à atenção para um jogador que dentro em breve se vai afirmar em pleno como craque no exigente futebol europeu. Seu nome: Diego Capel (nascido no dia 16.2.1988).
Conheci Diego Capel há dois anos, aquando do Europeu sub-19 (de 2006), e cedo me deixei impressionar com as suas qualidades indiscutíveis e com o seu estilo "Damien Duff" que muito aprecio: agarra a bola vindo da esquerda (pois tal como Duff, também Capel é extremo-esquerdo), vem com ela dominada para cima dos defensores adversários e, quando sente que é o momento exacto, quando o defensor adversário se prepara para desarmar a bola, Capel "foge" com esta em direcção à linha de fundo e cruza. Espectacular!

É esta a apresentação que tenho a fazer deste jogador que debutou pela primeira equipa do Sevilha quando tinha apenas 16 anos, jogando três minutos numa vitória por 2-1 contra o Atlético de Madrid, no dia 24 de Outubro de 2004. Nas épocas seguintes, foi alternando entre a equipa A e B (um pouco ao estilo do Sporting, que também costuma fazer esta alternância para preparar o jogador jovem para as dificuldades que irá sentir no principal escalão, ao serviço da equipa principal, casos de Adrien Silva e Rui Patrício, entre outros), jogando apenas quatro jogos, na época de 2005/06, com a equipa A.

Capel tornou-se a primeira escolha para ocupar o lado esquerdo ofensivo do terreno, após a morte de António Puerta, que actuava a extremo-esquerdo. Capel obteve o seu primeiro golo na La Liga de forma muito especial, este ano, visto que aconteceu uma semana antes do seu aniversário num jogo contra o Barcelona, nada mais nada menos do que o clube que representou durante alguns anos da sua formação, tendo sido transferido para o Sevilha em 2001 (com 13 anos).

Depois de ter ajudado a Espanha a vencer o Europeu de sub-19, em 2006, Capel participou também no Mundial de sub-20, em 2007, marcando no primeiro jogo, contra o Uruguai, no tempo de compensação (90+3), fixando o resultado em 2-2. Neste mundial, Capel ajudou a Espanha a chegar aos quartos-de-final, onde foi derrotada pela República Checa.
Depois de feita uma breve biografia deste jogador sevilhano fica a ideia: com uma cláusula de rescisão de cerca de 15 milhões de euros e com tanto dinheiro a circular por entre os colossos europeus, não houve um que decidisse avançar para a sua contratação. Tottenham, Barcelona, Real Madrid...tudo nomes falados como possíveis destinos para o jovem craque. O futebol é feito de oportunidades e a oportunidade de levar Diego Capel ao preço da chuva já passou, se tivermos em conta que Capel já negoceia a renovação de contrato com o Sevilha e, com toda a certeza, a cláusula de rescisão não vai ficar por menos de 30 milhões de euros. Já é presença assídua na lista de Vicente del Bosque para atacar o Mundial de 2010 na África do Sul (fez o seu debut com a camisola principal da la roja no dia 20 de Agosto, num amigável contra a Dinamarca, onde a Espanha venceu por 3-0), o que, em conjunto com a sua titularidade no Sevilha, ainda para mais se a isto juntarmos as boas exibições, irá fazer com que o seu preço suba em flecha. Fica a pergunta: com tantos nomes falados e tantos reforços, não havia espaço para um jovem extremo-esquerdo espanhol , com cláusula a rondar os 15 milhões?

domingo, 29 de junho de 2008

Reimond Manco, o sucessor de Jefferson Farfán



Nascido a 23 de Agosto de 1990, Manco tem desde já características muito semelhantes às de Jefferson Farfán. Assim: ambos nasceram em Lima, Perú, ambos jogam preferencialmente a extremo, podendo também jogar a ponta-de-lança, ambos foram contratados pelo PSV ao Alianza Lima,...enfim, até na questão de alturas são parecidíssimos: Farfán tem 1,74 cm e Manco tem 1,72, porém não esquecer que este último tem menos seis anos do que o seu compatriota (Manco tem 17 anos e Farfán tem 23). Apesar de muitas destas semelhanças não pesarem muito na decisão do PSV em contratar este prodígio, o que mais pesou foi realmente a qualidade de Manco e a esperança de, no futuro, rentabilizar o rendimento feito, quer através das performances desportivas, como também financeiramente. Reimond Manco provou há pouco tempo que é uma das maiores promessas do seu país (talvez a maior em conjunto com Damian Ismodes) depois de, no Campeonato Sul-americano de sub-17 2007, ter recebido o título de melhor jogador do torneio (apesar dos 12 golos de Lulinha (!) - Manco apenas facturou 3). Pela selecção A debutou apenas no dia 6 de Fevereiro deste ano. Manco tem origens semelhantes à da grande maioria dos grandes jogadores de futebol: muito humildes, sendo que nasceu numa das zonas mais pobres do Peru. Começou a jogar no piso quente de Lurin, piso esse que lhe deu uma velocidade e habilidade espantosas. Quando não estava a receber educação escolar no Perú pelo Alianza Lima, Manco tinha de ir à Venezuela com os pais para estar com a família para ajudar a passar os tempos difíceis (Manco foi para a Venezuela devido a problemas financeiros com dois anos e regressou ao Perú com oito). Manco, em conjunto com toda a selecção peruana de sub-17, foi compensado com uma medalha e dinheiro como recompensa pela qualificação para o Campeonato do Mundo sub-17 2007. Com esse dinheiro, Manco não satisfez os seus mais variados desejos, mas sim resolveu pagar à sua mãe a operação que ela realmente necessitava e para ajudar o pai na sua doença, diabetes. Em miúdo, antes de representar o Alianza, Manco jogava pelo "Academia Cantolão" onde ficou conhecido por ir a torneios, em especial a Gothia Cup, na Europa. Reimond Manco foi com a selecção nacional de futebol do seu país ao Campeonato Sul-americano de sub-17 2007 que começou a 4 de Março de 2007. No primeiro jogo, o Perú venceu o Brasil por 2-1, com um golo de Manco. Depois desse jogo, o Perú venceu muitos dos jogos que se seguiram e acabaram em 1º do seu grupo com Manco a facturar mais um golo e a brilhar para a sua equipa. Na ronda final do torneio, o Perú ainda ganhou à Venezuela por 2-1, porém esta vitória seguiu-se de uma derrota por 4-0 contra o Brasil e 3-0 contra a Colômbia. Ao quarto jogo Brasil, Colômbia e Argentina estavam já qualificados para o Campeonato do Mundo do escalão a realizar no mesmo ano. Por sua vez, o Perú, a Venezuela e o anfitrião Equador tinham ainda a missão de lutar pela qualificação. Pelo quinto jogo, o Perú tinha a missão de vencer a selecção anfitriã, porém o jogo acabou empatado, resultado esse que retirou qualquer esperança de qualificação à selecção caseira. Na última partida, contra a Argentina, o Perú tinha de perder no mínimo por 4 golos para ser eliminado e, no jogo anterior, contra o Equador, Manco tinha sido expulso por dois amarelos, no último minuto. Mesmo sem Manco, os Incas foram capazes de empatar o jogo, graças a um penalty (1-1) garantindo, assim, a qualificação para o Mundial de sub-17 realizado nesse mesmo ano, na Coreia do Sul. Manco foi eleito o melhor jogador do torneio pela CONMEBOL, federação oficial de futebol sul-americana. Depois da competição foi noticiado que Manco estava a ser observado por grandes clubes, tais como o Boca Juniors, Real Madrid e PSV. Como foi dito anteriormente, Manco esteve presente no Mundial sub-17 que se desenrolou na Coreia do Sul. A sua selecção começou por jogar contra a selecção anfitriã e, através de um livre marcado por Manco, Carlos Bazalar facturou o único golo da partida. Manco poderia, ainda assim, ter chegado ao 2-0, porém foi deitado abaixo por um defesa sul-coreano, o que valeu ao prevaricador um cartão vermelho, deixando a selecção anfitriã sem hipótes para recuperar. No jogo seguinte, contra o Togo, o resultado foi um desapontante 0-0, não obstante de Manco ter deixado boas referências. No jogo que procedeu o Togo, o Perú já não foi tão benevolente, uma vez que o cenário contra a Coreia do Sul se voltou a repetir, isto é, o Perú ganhou à Costa Rica por 1-0, através de um golo de Balazar, com uma assistência de livre de Reimond Manco. Estes resultados permitiram ao Perú passar aos quartos-de-final em 1º lugar do Grupo A - com 7 pontos. Apesar de tudo, a partida em que Manco brilhou mais foi contra o Tajiquistãoem que este fez o que quis da defensiva contrária nos flancos e marcou o único golo do Perú, golo esse que correspondeu ao seu primeiro e único golo num campeonato do Mundo (o jogo ficou 1-1 e o Perú apenas conseguiu ganhar nos penalties, por 5-4). O Perú ficou, assim, apurado para as meias-finais, onde defrontou o Gana. Este encontro adivinhava-se bastante complicado, visto que o último embate do Gana foi contra o Brasil, onde o Gana venceu por 1-0, apesar de, desde a primeira parte terem apenas dez homens em campo. Manco não conseguiu fazer muito mais do que aquilo que fez, contra o Gana, visto estar a sofrer de marcação cerrada. Na segunda parte esteve um pouco melhor, criando algumas oportunidades de golo e eludindo os seus marcadores, porém o Perú não conseguiu evitar a derrota de 2-0, derrota esta que, claro está, ditou o fim ao sonho dos jogadores do Perú. Reimond Manco debutou pelo Alianza Lima em 7 de Abril de 2007 na vitória por 2-0 sobre o Alianza Atlético. A 30 de Agosto de 2007, o Alianza Lima contratou um novo treinador chileno de seu nome Miguel Ángel Arrué, treinador esse que pôs Manco a jogar desde início, num amigável, a capitão da equipa. Manco tornou-se uma presença assídua na equipa, entrando quase sempre como substituto. Diz quem o conhece que Manco trazia muitas coisas boas ao Alianza Lima quando jogava, participando em muitos golos, servindo os companheiros e metendo a defensiva contrária constantemente em alvoroço. Para a liga (Clausura peruana), debutou dia 31 de Outubro de 2007, contra San Martin, sendo substituído aos 69 minutos. O seu primeiro clássico foi disputado em Novembro de 2007 no dia 7, fazendo uma assistência para o 3-1 final do Alianza Lima sobre o Universitario de Deportes. O seu primeiro golo como profissional, contra o Coronel Bolognesi foi comparado ao golo de Messi, por este ter tido uma grande jogada individual em que finta vários defesas. Ajudou o Alianza Lima numa importante vitória em sua casa, mais propriamente no estádio Alejandro Villanueva, em Matute, em que o Alianza estava a perder por 0-2 e recuperou 3-2. Para finalizar estas "curiosidades" de Manco, de notar que se trata do jogador revelação da Clausura peruana de 2007. Por tudo isto, muito se especulou acerca do seu futuro, devido ao elevado leque de clubes interessados nos seus serviços, onde se destacam Werder Bremen, Chelsea, Real Madrid, Inter, Manchester United, Liverpool, Barcelona e PSV, sendo que estes últimos se anticiparam e não tiveram problemas em pagar ao Alianza uma quantia de 1.4 milhões de euros para garantir o concurso desta jovem promessa num contrato de cinco anos (esta contratação foi confirmada pelo site oficial do clube de Roterdão no dia 10 de Fevereiro, sendo que ficou acordado que Manco se juntaria aos holandeses no Verão de 2008). Em baixo ficam os números de Reimond Manco, pelo Alianza Lima, a contar para a Clausura peruana de 2007.