Gostaria de chamar à atenção para um jogador que dentro em breve se vai afirmar em pleno como craque no exigente futebol europeu. Seu nome: Diego Capel (nascido no dia 16.2.1988).
Conheci Diego Capel há dois anos, aquando do Europeu sub-19 (de 2006), e cedo me deixei impressionar com as suas qualidades indiscutíveis e com o seu estilo "Damien Duff" que muito aprecio: agarra a bola vindo da esquerda (pois tal como Duff, também Capel é extremo-esquerdo), vem com ela dominada para cima dos defensores adversários e, quando sente que é o momento exacto, quando o defensor adversário se prepara para desarmar a bola, Capel "foge" com esta em direcção à linha de fundo e cruza. Espectacular!
É esta a apresentação que tenho a fazer deste jogador que debutou pela primeira equipa do Sevilha quando tinha apenas 16 anos, jogando três minutos numa vitória por 2-1 contra o Atlético de Madrid, no dia 24 de Outubro de 2004. Nas épocas seguintes, foi alternando entre a equipa A e B (um pouco ao estilo do Sporting, que também costuma fazer esta alternância para preparar o jogador jovem para as dificuldades que irá sentir no principal escalão, ao serviço da equipa principal, casos de Adrien Silva e Rui Patrício, entre outros), jogando apenas quatro jogos, na época de 2005/06, com a equipa A.
Capel tornou-se a primeira escolha para ocupar o lado esquerdo ofensivo do terreno, após a morte de António Puerta, que actuava a extremo-esquerdo. Capel obteve o seu primeiro golo na La Liga de forma muito especial, este ano, visto que aconteceu uma semana antes do seu aniversário num jogo contra o Barcelona, nada mais nada menos do que o clube que representou durante alguns anos da sua formação, tendo sido transferido para o Sevilha em 2001 (com 13 anos).
Depois de ter ajudado a Espanha a vencer o Europeu de sub-19, em 2006, Capel participou também no Mundial de sub-20, em 2007, marcando no primeiro jogo, contra o Uruguai, no tempo de compensação (90+3), fixando o resultado em 2-2. Neste mundial, Capel ajudou a Espanha a chegar aos quartos-de-final, onde foi derrotada pela República Checa.
Depois de feita uma breve biografia deste jogador sevilhano fica a ideia: com uma cláusula de rescisão de cerca de 15 milhões de euros e com tanto dinheiro a circular por entre os colossos europeus, não houve um que decidisse avançar para a sua contratação. Tottenham, Barcelona, Real Madrid...tudo nomes falados como possíveis destinos para o jovem craque. O futebol é feito de oportunidades e a oportunidade de levar Diego Capel ao preço da chuva já passou, se tivermos em conta que Capel já negoceia a renovação de contrato com o Sevilha e, com toda a certeza, a cláusula de rescisão não vai ficar por menos de 30 milhões de euros. Já é presença assídua na lista de Vicente del Bosque para atacar o Mundial de 2010 na África do Sul (fez o seu debut com a camisola principal da la roja no dia 20 de Agosto, num amigável contra a Dinamarca, onde a Espanha venceu por 3-0), o que, em conjunto com a sua titularidade no Sevilha, ainda para mais se a isto juntarmos as boas exibições, irá fazer com que o seu preço suba em flecha. Fica a pergunta: com tantos nomes falados e tantos reforços, não havia espaço para um jovem extremo-esquerdo espanhol , com cláusula a rondar os 15 milhões?
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