Tudo isto se passou no passado Domingo, no embate entre Chelsea e Manchester United, em pleno Stamford Bridge. Um amarelo a Drogba, numa jogada à Bruno Alves de Jonny Evans que devia ter sido punida com o vermelho para o jovem central e, provavelmente, dos acontecimentos futebolísticos mais insólitos de todos os tempos: um adepto a lavar os dentes na bancada! Só visto…
É certo que o golo do central portista só chegou aos 48’, mas também não é menos certo de que, aos 16’, Bruno Alves já demonstrara estar com ganas de marcar, no momento em que apontou um livre que passou a rasar a barra nacionalista. Aos 24’, Rodríguez tentou, também ele a sua sorte, através de um remate por cima da trave. Na última jogada da primeira parte (45+1’), após cruzamento de Cissokho, Lisandro tenta um bonito golo, de costas – um remate colocado que, contudo, sai ao lado do poste da baliza de Bracalli. Foi então que, ao minuto 48, Bruno Alves deu uma imensa alegria aos adeptos portistas e levantou os 50.309 espectadores que se faziam sentir no Estádio do Dragão, após a marcação de um canto estudado batido por Raul Meireles, para Lisandro que, ao segundo poste, tocou de cabeça para o coração da área, onde apareceu Bruno Alves a facturar com um potente golpe de cabeça, colocado. Aos 61’, Nenê, após canto batido pela sua equipa também tentou marcar um golo à Bruno Alves, porém a bola saiu à figura de Helton. Estava assim conquistado o Tetra campeonato para os lados da invicta e o primeiro tri-campeonato para um treinador português, foi Jesualdo Ferreira o homem da proeza, ele que, apenas aos 62 anos vê o seu trabalho de 27 anos de carreira como treinador reconhecido. É assim o futebol e, claro, parabéns ao FC Porto!
O primeiro lance de perigo foi causado por Ney Santos, aos 9’, através de um míssil, muito descaído na esquerda, a surpreender e a obrigar Helton a uma defesa bastante apertada. Varela, quatro minutos depois, voltou a obrigar o guardião brasileiro a outra defesa deste tipo, após um canto batido da direita, com um remate de cabeça. Aos 17’, foi a vez do FC Porto dar sinais de vida, por intermédio de Ernesto Farías, através de um passe de Andrés Madrid a desmarcar El Tecla, com o argentino a rematar para a defesa de Filipe Mendes para canto. Grande movimentação do argentino e só não digo excelente, porque no momento do passe estava ligeiramente fora-de-jogo, ficando, assim, por assinalar. Aos 29’, Bruno Alves faz o primeiro do jogo, através de uma marcação exímia de um livre directo, após falta cometida sobre Mariano González, de Fernando Alexandre. Aos 38’, foi a vez de um rematador improvável, de seu nome Sapunaru, porém o remate que realizou após assistência de Farías não levou melhor desfecho, pelo facto de o romeno ter escorregado. Já na segunda parte, aos 50’, Mariano vem detrás para apanhar a bola e passá-la a El Comandante, opção sempre segura, e ver Lucho rematar ao lado da baliza do Estrela. Ficou a reclamar pontapé de canto o argentino, mas sem razão. Aos 58’, Farías faz o seu primeiro tento do jogo, muito facilitado pelo excelente passe de Hulk e, claro está, pelo seu oportunismo constante, ele que é um autêntico rato de área! O segundo do argentino aparece ao minuto 66, momento em que Bruno Alves executa, da direita, um cruzamento de se tirar o chapéu, com Farías a procurar muito bem a bola e a cabecear para dentro das redes. Simples. O romeno Sapunaru voltou a tentar a sua sorte aos 69’, após receber um bom passe de Sektioui a desmarcá-lo, fintar Varela, num gesto de puro recorte técnico e chutar com o pé mais fraco (esquerdo) há figura de Filipe Mendes, ainda assim, uma defesa complicada. Tarik Sektioui ainda teve oportunidade de mostrar o que vale, como o exemplifica o seu remate aos 73’, após ter tirado um adversário do caminho. O mesmo marroquino volta a ter uma grande oportunidade de golo aos 79’, numa jogada que encerra os lances de grande perigo d jogo, após passe (dá ideia que Hulk queria rematar à baliza, mas saiu frouxo) de Hulk e falhanço de Tarik que, ao meter o pé à bola, a enviou por cima da baliza de Filipe Mendes.
O golo dos azuis-e-brancos chegou relativamente cedo, visto que aos 16’, Hulk já estava a brilhar, após passe de Cissokho na esquerda para Hulk que se encontrava a entrar na grande área, este apenas teve de dominar a bola com o pé direito e chutá-la com força para a baliza com o esquerdo. Má actuação da defesa pacense que deixou Hulk sem qualquer tipo de marcação, e logo Hulk…Grande perigo, logo aos 20’, apenas 4’ após o lance que deu a vantagem no marcador ao FC Porto: Raúl Meireles cruza da esquerda, de pé esquerdo, Cássio sai-se mal, a bola vai em direcção ao segundo poste e Farías, em peixinho, a cabecear a bola, que saiu, no entanto, um pouco por cima da trave. Bela movimentação de Farías, mas mais uma nota negativa para a defesa pacense que não conseguiu acompanhar o argentino. Aos 27’ foi a vez do Paços sentir o cheiro do golo, através de um chuto de Rui Miguel que acabou por embater na trave da baliza de Helton e desviou a sua trajectória para fora das quatro linhas. Aos 33’, Pedrinha voltou a dar esperança aos adeptos do clube da capital do móvel. Cruzamento de Jorginha da esquerda, para a área, Bruno Alves intercepta de cabeça, para o centro do terreno, onde aparece Pedrinha que, para tirar Fernando do caminho ameaça o remate, caindo-lhe a bola em jeito de remate, mas para o pé esquerdo e, de seguida, remata em trivela e vê a bola passar muito perto do ângulo da baliza de Helton. Aos 40’, há lançamento lateral para o clube visitante muito próximo da linha final, mas o que é certo é que rapidamente o FC Porto inverteu a situação, criando muito perigo na baliza pacense: a bola foi lançada para Hulk, que ganha nas alturas a Dédé, cabeceando a bola para as suas costas, onde está Farías, este segura a bola, para conseguir ganhar posição para fazer um bom passe, dá para o centro, para Raúl Meireles, que depressa, abre em Hulk, na direita, devido à pressão de um defesa do Paços. Hulk foi com a bola pelo flanco, e meteu-a para dentro, em direcção à baliza, apesar da entrada de Farías (coberto pelos dois centrais), Hulk optou pela opção correcta, chutando à baliza, num remate forte que saiu, apesar de tudo, ao lado do poste direito da baliza defendida por Cássio. Aos 53’, foi a vez de Bruno Alves avisar que estava com vontade de fazer o gosto ao pé na partida (e não à cabeça, como é costume): canto batido na esquerda por Raúl Meireles, ao segundo poste, o jogador pacense que cobria Bruno Alves não acompanhou e apareceu, sozinho, Bruno Alves a chutar a bola, que saiu por cima, por pouco não deu golo. Aos 65’, foi a vez de Bruno Alves facturar, de penalty, o segundo e último tento dos dragões e do jogo, rematando a bola muito colocada e vendo Cássio atirar-se para o lado esquerdo e a bola ir em direcção ao lado oposto. Escusado será dizer que o penalty, cometido por Ricardo a Hulk é claríssimo, visto que o defesa pacense não acompanha o brasileiro e atira-se em carrinho com o intuito de cortar a bola, mas acaba por atingir as pernas de Hulk, fazendo-o cair, ele que nem sequer fez fita, como estamos habituados a ver no futebol português. Ricardo muito protestou, como é hábito, afirmando, porventura, que tocou primeiro na bola, mas as imagens mostram bem que o toque na bola, foi bastante ligeiro, quando comparado com o toque que se seguiu a Hulk. Aos 87’, o FC Porto tentou matar o jogo, com uma jogada protagonizada por três jogadores sul-americanos, são eles: Cristian Rodríguez, Lisandro e Hulk. Assim, Rodriguez, que tinha entrado no jogo há 25 minutos, apanha a bola antes do meio-campo, no centro, dá para Lisandro, que se encontra na esquerda e Lisandro, faz um passe a rasgar para Hulk, que se encontra no centro, isto após dar apenas dois toques na bola, tudo isto muito rápido. Hulk entra em velocidade no lado esquerdo da grande área e, perante a oposição de um defesa ao seu lado direito e perante a saída de Cássio dá um toque na bola, para a esquerda, reduzindo muito o seu ângulo da baliza e tentando o golo. Apesar de ter passado junto ao poste, a bola foi às malhas laterais.
No Sporting, o principal destaque vai para o retorno de Vukcevic à convocatória e aos golos, ele que não jogava desde o dia 1 de Outubro.
V. Setúbal 0 – FC Porto 3
66’ Bruno Alves
69’ Freddy Guarín
80’Lucho González
Um dos momentos do jogo foi protagonizado por Hulk, como que a querer calar todas as acusações que se fizeram sentir ao longo da semana que o chamavam de individualista e a mostrar, também, toda a sua velocidade e potência com mais uma daquelas suas cavalgadas que terminaram com um passe (para Freddy Guarín) daqueles que todos os pontas-de-lança gostariam de ter com mais frequência. Do jogo V. Setúbal – FC Porto, é ainda de reter o golo de Lucho, numa espectacular jogada, cujos protagonistas foram Fucile (no centro para o Mariano Gonzalez), Mariano, no toque de primeira para El Comandante, logo após a recepção do cruzamento e o próprio Lucho de primeira a fuzilar Pedro Alves mesmo à boca da baliza.
Marítimo 0 – Benfica 6
21’ Reyes (Pen.)
43’ David Suazo
67’ Luisão
86’ David Suazo
88’ Nuno Gomes
90+2’ Nuno Gomes
Destaques para a jogada muito criativa de David Luiz na assistência ao golo de Nuno Gomes (0-6, aos 92m), após a realização de uma vírgula. O brasileiro realizou uma excelente partida na Madeira, contra o Marítimo, a lateral-esquerdo, bastante ofensivo nas suas tarefas e parece ter ganho o lugar, aproveitando da melhor maneira a lesão de Jorge Ribeiro e a ausência de Léo, que se encontra no Brasil a apoiar a família, enquanto o seu pai continua em estado de saúde grave. Por sua vez, Suazo realizou um belíssimo jogou onde demonstrou mais uma vez todo o seu poder de explosão e a grande capacidade finalizadora que denota (seria bastante injusto resumir o seu jogo em apenas dois lances, porém, e para não me alongar muito, é de realçar o golo do 0-4e ainda a jogada que ia dando o 0-1, logo aos 6').