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terça-feira, 2 de junho de 2009

Actualização do defeso - 03-06-09

- Paulo Duarte assinou por duas temporadas pelo Le Mans, acumulando as suas novas funções com as de seleccionador da Burkina Faso. O técnico português revelou ter, para além da proposta do clube francês, pelo qual acabou de assinar, mais 3 propostas.

- Gareth Barry acaba de se transferir do Aston Villa para o Manchester City por 14 milhões de euros.

- A rádio espanhola Cadena Ser anunciou que o Real Madrid e o AC Milan chegaram a acordo para a transferência de Kaká por 65 milhões de euros. Entretanto, A Bola adianta que o clube madrileno deterá apenas 50% dos direitos de imagem do brasileiro.

- Manuel Pellegrini, técnico chileno de 55 anos que esteve vinculado ao submarino amarelo nos últimos cinco, transferiu-se do Villareal para o Real Madrid, constituindo o treinador escolhido por Perez para comandar a equipa no seu segundo reinado galáctico; O Villareal não tardou em encontrar substituto: Ernesto Valverde é o eleito, após ter colocado há dois anos o Espanyol a praticar um grande futebol e ter conquistado o campeonato helénico esta temporada, ao serviço do grande Olympiakos, que nos últimos anos tem dominado por completo a liga do país.

- Ancelotti transferiu-se oficialmente para o Chelsea, sendo substituído por Leonardo no comando técnico dos rossoneri (o brasileiro de 39 anos acumulará as suas novas funções – de treinador – com as antigas – de director técnico).

- Ricardo Rocha é, a partir do dia de ontem, um jogador livre.

- Ballack renovou por mais uma época pelo Chelsea, deitando por terra as expectativa de ver o internacional alemão sair já este defeso a custo zero.

- Peçanha, antigo guarda-redes do Paços de Ferreira, que estava a actuar pelos gregos do Thrasyvoulos, foi contratado pelo Marítimo, assinando um contrato de duas épocas, numa operação que tem como intuito o de ocupar a vaga que Marcos deixará na baliza do caldeirão, caso se confirma a sua saída.

- Após Gordon Strachan abandonar o comando técnico do Celtic, por ter falhado a 4ª (!) dobradinha seguida, Tony Adams, em declarações reproduzidas na comunicação social britânica, admitiu ser o substituto.

- Carlos Azenha é o novo treinador do Vitória de Setúbal, que até então vinha sendo comandado por Carlos Cardoso, treinador interino. Contudo, Azenha admitiu ter um pré-acordo com Bruno Carvalho para treinar as águias, caso o jovem empresário vença as eleições em Outubro.

- O atacante Fábio Quagliarella, que até então vinha sendo disputado, entre outros, pela Juventus, acaba de assinar pelo Nápoles, clube que não hesitou em pagar 16 milhões de euros pelo avançado.

- Relativamente a renovações, Iaquinta e Vucinic renovaram contrato, ficando formalmente ligados aos seus respectivos clubes até 2013, sendo que o último passará a auferir 4 milhões de euros por época.

- Guy Lacombe substituiu Ricardo Gomes no comando técnico do Mónaco.

sábado, 7 de março de 2009

Mais um a ir para além da Taprobana...


No dia 20 de Fevereiro postei no youtube 4 videos referentes a uma entrevista que Nelo Vingada deu a um canal televisivo iraniano, aquando da sua chegada ao futebol do país, para comandar o Persepolis, a maior equipa do Irão, cuja principal estrela é Ali Karimi, jogador contratado no início da temporada ao Qatar Sports Club a título de empréstimo, e cuja carreira atingiu o seu cume na Alemanha, mais concretamente em Munique, quando Karimi esteve ao serviço do Bayern (2005-2007), numa contratação que muitos ainda vêem como pura jogada de marketing, o que é certo é que chegou a participar em 33 jogos e a fazer 3 vezes o gosto ao pé. Tudo isto para dizer que estou há mais de duas semanas para colocar os links dessa tal entrevista, no blog, para quem a quiser ver e ouvir como eu fiz com bastante gosto. A entrevista é feita em iraniano, porém Nelo Vingada tem um intermediário na mesma, que depressa lhe traduz as questões. Após as respostas do antigo treinador de, entre outros, Académica, Belenenses e Marítimo, bem como adjunto de Queiroz nos famosos mundiais e europeus de sub-17, sub-19 e sub-20 de 1988 e 1991, e do Benfica, o tradutor encarrega-se de traduzir as respostas do português, mas desta feita ao entrevistador. Uma entrevista de um dos homens mais experientes do futebol português e mais uma prova da imagem positiva que o futebol do nosso país transborda no plano internacional, que é a real, a de que Portugal dispõe de grandes personalidades futebolísticas e não é por acaso que tem neste momento, entre outros, Henrique Calisto a comandar a selecção do Vietname (que muito recentemente ganhou o seu primeiro título, ao vencer a tricampeã Tailândia na final da Taça do Sudeste Asiático; para além deste título, Calisto conta ainda no seu palmarés com o título de bicampeão do Vietname, com os campeonatos conquistados ao serviço do Dong Tam Long An nos anos 2005 e 2006), José Peseiro à frente da Arábia Saudita, Paulo Duarte no Burkina Faso (terminou em 1º, sem derrotas, na 2ª ronda de grupos de apuramento das selecções africanas para o Mundial de 2010, num grupo que contava com a Tunísia, Burundi e Seychelles), Manuel José no maior clube egípcio (Al-Ahly), Paulo Sousa no Q.P.R (Queens Park Rangers), Bernardino Pedroto, filho de José Maria Pedroto e campeão angolano ao serviço do Petro de Luanda, Augusto Inácio no Inter de Luanda, José Morais (Esperance de Tunis – maior clube tunisino), o flagrante caso de Mourinho, actualmente no Inter de Milão,…isto no âmbito de treinadores mas se quisermos podemos alargar a amostra para jogadores onde Cristiano Ronaldo (o actual melhor do Mundo), Luís Figo e Eusébio, por exemplo, fazem/faziam a diferença e elevam/elevaram o nome do país à escala mundial. Porém não só nestas áreas temos gente importante no mundo da bola e, para dar um exemplo de uma personalidade menos conhecida do público em geral, aponto o nome de Francisco Marcos, fundador e presidente da USL (United Soccer Leagues), que abarca a USL-1, USL-2, e PDL, correspondentes à segunda, terceira e quarta divisões, respectivamente. Bem…e se quiséssemos enumerar todos os nomes que elevam, ou que já elevaram, um país pequeníssimo a nível do globo, tendo em conta o mapa mundo, à escala global, como o faz e muito bem a Holanda por exemplo, muito tempo mais passaríamos aqui. Tudo isto para deixar os endereços com a entrevista de Nelo Vingada, dividida em 4 partes.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O segredo da boa gestão do futebol moderno (desde clubes pequenos até médio/altos)


Um excelente percurso este que Paulo Duarte está a realizar ao serviço de Les Etalons (alcunha atribuída à selecção de Burkina Faso que significa, em francês, os garanhões): 4 jogos, 4 vitórias - entre as quais uma vitória à Tunísia em que a Burkina esteve a perder por 0-1 e recuperou 2-1 - qualificando-se, assim, em primeiro lugar do Grupo 9 com 12 pontos, feito só igualado pela Nigéria, que se encontra a actuar no Grupo 4. Sim senhor. Mais uma prova de que é necessário avaliarem-se as competências dos treinadores, bem como as dos jogadores e encaixá-los nas equipas que precisam deles consoante os seus atributos, isto é, que catapultem o seu verdadeiro valor: não se deve contratar jogadores só por serem de renome, mas sim por encaixerem que nem uma luva no modelo de jogo pensado pelo treinador que, por sua vez, deve ser bem pensado pela Direcção - não pelo seu último trabalho, mas sim pelas suas verdadeiras competências.

Todo este esquema pensado e organizado da melhor maneira, com uma boa capacidade de avaliação do potencial dos jogadores essencialmente, irá possibilitar a realização de diversas economias (poupanças): depois de traçado o perfil do jogador, o passo seguinte é ir buscar o jogador com mais capacidade para assumir o cargo (que possua todos os requisitos elaborados pela Direcção ou pelo treinador, dependendo do tipo de política do clube) e não aquele que tem o histórico mais elaborado com passagens por clubes de topo. Um exemplo muito simples disto mesmo que acabei de referir foi a contratação de Diego pelo Werder Bremen ao FC Porto, por 6 milhões de euros, numa altura em que este se encontrava inadaptado e insatisfeito no Dragão. Toda a gente que via jogar Diego percebia rapidamente que este se tratava de um talento emergente no futebol mundial e o Werder Bremen antecipou-se, sabendo disso mesmo, assegurando a sua contratação por 6 milhões de euros. Tornou-se um elemento chave da equipa principal, realizando grandes partidas e, neste momento, vale 5 vezes mais em comparação ao valor que o despendido pelo clube de Bremen.
Podemos também falar de um exemplo perfeito de avaliação de competências: Diego Forlán. Contratado pelo Villareal ao United em 2004-05 por uma soma de apenas 3.2 milhões de euros – menos 7 milhões e 800 mil euros relativamente à verba que o Manchester tinha disponibilizado para o contratar ao Independiente, em 2002, facturou logo na sua primeira época em Espanha 25 golos em 38 jogos (números que só provam a sua adaptação ao futebol espanhol, muito por força da sua adaptação ao tal modelo de jogo idealizado pelo Villareal (que necessitava de um homem na frente com os atributos de Forlan).

Claro que há mais maneiras, variadíssimas maneiras, porém este esquema representa, na minha opinião, a chave de sucesso no futebol moderno para clubes desde a dimensão pequena até à média-alta (salvaguardando as devidas proporções) e só é conseguido através de pessoas com jeito para o negócio – quanto mais jeito, maior será a margem de lucro correspondente às receitas da venda dos jogadores. Mas atenção, este "jeito para o negócio" inclui saber avaliar o potencial do jogador. Não precisamos de ir para muito longe para encontrar um bom exemplo deste tipo de gestão: basta olharmos para o FC Porto. O truque do FC Porto, nestes últimos anos, e segundo Adelino Caldeira (administrador da SAD nortenha), tem sido contratar bons jogadores a preços razoáveis e, através da excelente montra que é a Liga dos Campeões, isto é, através dos excelentes percursos que o FC Porto tem vindo a efectuar na Liga dos Campeões, muito por contributo desses tais jogadores, vendê-los pelo maior preço possível. Excelentes exemplos: Pepe e Anderson, contratados em 04-05 por 2 milhões de euros ao Marítimo e 5 ao Grémio de Porto Alegre, respectivamente, e ambos vendidos três anos mais tarde por 30 milhões de euros ao Real Madrid, no caso de Pepe (o seu passe estava avaliado em apenas 9 milhões, 21 milhões a menos da verba da sua venda em 2007) e por 31,5 milhões de euros, no caso de Anderson, ao Manchester United. E porque é que eu sou um grande fã deste tipo de gestão? Muito simples. Sou um grande apologista deste tipo de gestão, visto que o clube fica a ganhar a todos os níveis. Assim, o jogador é vendido por verbas astronómicas, visto ter vindo a realizar excelentes exibições – vertente desportiva – e, por outro lado, tratam-se de negócios muito compensatórios a nível financeiro – vertente financeira.
Quando se entra neste sistema, tudo se torna mais fácil, sendo que se se continuar a gerir bem a equipa, nomeadamente colmatando a saída dos melhores jogadores com outros de valor semelhante (quanto mais semelhante melhor, se possível até de maior valor desportivo, para que futuramente possam ser eles a partir), isto torna-se tudo um ciclo vicioso feito à base de boas contratações, bons desempenhos desportivos, boas receitas provenientes das vendas, boas contratações para colmatar as vendas – tudo isto a ocorrer a curto/médio prazo (entre 1 a 3/4 anos).

Tudo o que referi anteriormente não se aplica a clubes grandes do futebol mundial, tal como atrás fiz questão de mencionar, aplicando-se desde clubes pequenos até médio/altos, visto que em todo este ciclo, os clubes que compram os jogadores são os clubes grandes (únicos com capacidade financeira para pagarem tais verbas), verificando-se, por isso, nestes clubes um outro tipo de gestão que não passa pela venda dos seus melhores jogadores.