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terça-feira, 9 de junho de 2009

O Futebol na sua essência...

“Vejo colegas, se calhar melhores que eu, a treinarem nos distritais”,

Rui Vitória, treinador do Fátima, em entrevista ao jornal A Bola (8-6-09)

Espantar-se-ão as pessoas ao olharem para o nome do autor desta humilde sentença. Trata-se de Rui Vitória, treinador português de 39 anos que em 3 anos conseguiu 2 subidas de divisão, ambas à Liga de Honra e ambas ao serviço do Fátima, tendo no ano transacto causado impacto na Taça da Liga, eliminando a Académica e o FC Porto e apenas caindo na prova aos pés do Sporting na 4ª eliminatória (fase anterior aos grupos, de onde os 2 primeiros classificados seguem para a final), por diferença de golos, favorável aos leões. Contudo, este post não é uma biografia de Rui Vitória, nem muito menos do Fátima, mas sim uma deixa tirada da entrevista que este concedeu anteontem ao jornal A Bola, na qual se mostrou sempre muito humilde e paciente em relação ao seu futuro, até que o jornalista questionou o técnico, “E essa hora [da sua sorte] está perto de chegar?”, ao qual Vitória respondeu o que se pode ler logo no início do artigo, completando com “Fiz coisas positivas e vou esperar. Encaro com naturalidade”. Como disse, não estou aqui para promover o treinador, mas sim a frase, que poderia ter sido proferida por qualquer agente de futebol e que traduz este Mundo na perfeição. A sorte é fundamental neste meio e, apesar de se construir, não depende, somente, dos intervenientes, mas sim do destino, não controlável pelos mesmos. Daí que, jogadores, treinadores e dirigentes de grande qualidade passem a vida no anonimato, em contraposto com outros seus colegas, de qualidade inferior, que se passeiam pelas luzes da ribalta. Dir-me-ão que a frase é simples e fácil, mas, na minha opinião, é excelente e traduz o futebol como poucas.