Aqui fica um destaque merecido a Robinho, um dos melhores pontas-de-lança do futebol mundial, em actividade. Repare-se como Adriano dá o lance como perdido, ao contrário de Robinho que não desiste da bola, indo roubá-la a Pirlo e enfrentando o 10 da Itália, Zambrotta e Legrottaglie para chegar ao golo. E que golo!
Já para o fim do Verão, escrevi um post em que expressei a minha opinião, defendendo o novo projecto do Manchester City e irei sempre apoiar este tipo de projectos: grandiosos. Grandioso como é, já se sabia que no Inverno, o clube de Manchester ia voltar à carga com mais dinheiro para acenar aos grandes clubes e jogadores, com o intuito de reunir os melhores e só os melhores. Tendo em conta a aquisição já tardia do clube, por parte de Sheikh Mansour Bin Zayed Al Nahyan, tendo em conta que foi finalizada nos primeiros dias de Setembro, o clube apenas teve tempo para uma aquisição (sonante) rápida. Depois de muita tinta correr na imprensa sobre uma possível transferência de Robinho para o Chelsea, o sheik, novo dono dos Citizens (sucedeu ao milionário Thaksin Shinawatra, ex-primeiro ministro da Tailândia, que ainda detém 10% do clube e ficou como presidente honorário do mesmo, sem quaisquer responsabilidades administrativas), aproveitou o facto de Robinho estar descontente com o clube de Madrid, por este considerar o brasileiro uma boa moeda de troca para envolver naquela que foi a novela mais badalada do defeso, a ida de Cristiano Ronaldo para o Real Madrid. Com uma proposta de 5.5 milhões de euros anuais, facilmente o sheik convenceu Robinho a mudar-se para um clube que o iria tratar da forma que este merece, como um ídolo. 42 milhões foi a soma, em euros, que os merengues receberam. Esta foi a história da primeira grande contratação do Manchester City Depois De Adquirido Por Sheik Mansour Bin Zayed. A primeira de muitas. No primeiro post que escrevi sobre o Man City, após a sua aquisição por parte do Grupo Abu Dhabi, chamei à atenção para este projecto que os árabes têm para o clube. São, como mostrei num post recente, 16.6 biliões de euros, o dinheiro que Mansour Bin Zayed tem na sua conta pessoal, não estando, por isso, com qualquer problema em despender grandes quantias de dinheiro por (grandes) jogadores que aprecie. Poucos dias após o take-over, foi logo noticiada a possibilidade de, já em Janeiro, o City oferecer 166 milhões de euros por Cristiano Ronaldo, ele que, curiosamente, foi o leitmotiv da saída de Robinho da capital espanhola, pelo menos segundo deu a entender o próprio. O que é certo é que já ofereceram ao AC Milan, naquela que foi, certamente, das propostas mais badaladas da história do futebol (pela enorme quantia que envolveu: seria uma soma recorde paga por um jogador) cerca de 130 milhões de euros – mais 55 milhões do que a soma recorde que o Real pagou por Zidane, no Verão de 2001, 75 milhões de euros. O AC Milan pareceu empurrar Kaká para o “sim” que faltava do jogador para que a transferência se realizasse. Falo apenas dos dirigentes, pois os adeptos de tudo fizeram para não ver a sua coqueluche partir, reunindo-se, inclusive, 500 adeptos rossoneros tarde e noite fora, à porta de sua casa e recebendo de Kaká um gesto em que este bateu com a mão três vezes no peito, simbolizando que o Milan está no seu coração, indo buscar depois a sua camisola com o número 22, num claro gesto de continuidade e fidelidade ao clube de Milão. Por um lado adorei este gesto de Kaká, que deu uma clara prova de amor a um clube que o idolatra ao rejeitar uma proposta de 550.000 euros por semana e que demonstrou, na hora da verdade, que esse sentimento de “idolatração” é recíproco, o que não quer dizer que se o Real Madrid ou o outro Manchester oferecerem a mesma quantia e ficarem em posição privilegiada para negociar directamente com o jogador, não o consigam levar consigo, porém para descer (actualmente, e no futebol o momento pesa muito), em termos qualitativos, de clube, disse “não”. Por outro lado, adoraria vê-lo a jogar nos relvados ingleses e a ser o segundo grande jogador a juntar-se ao Projecto Manchester City. E explico porquê. Primeira razão, adoro ver jogadores como Kaká – criativos, ágeis, habilidosos, rápidos e tecnicistas – jogarem em Inglaterra, pois creio que a Premier League é propícia para estas características e, por essa mesma razão, faz sobressair bastante estes jogadores. Nestas duas razões que invoquei, teve também origem a minha preferência, por exemplo, de Ronaldinho ter rumado ao City, em detrimento de ter viajado para Milão, com o intuito de representar o AC Milan. E assim irei continuar, se o futebol inglês assim continuar, como é óbvio. A segunda razão pela qual gostaria de ver Kaká vestir de azul bebé, prende-se com o simples facto de achar que este projecto tem mais quepernas para andar. Creio que as pessoas ainda não se mentalizaram porém, esta equipa, com todas as disponibilidades financeiras que tem, é uma equipa que se poderá tornar numa autêntica dream team, o que seria um estrondo no futebol. Aproveitando a deixa, pergunto: “se o Manchester City dá 130 milhões pelo Kaká, quanto dará por Cristiano Ronaldo?”. Como disse há pouco, aquando da aquisição do City por sheik Mansour Bin Zayed, não se tardou muito a especular sobre possíveis futuras contratações. E que melhor especulação do que Cristiano Ronaldo, o Melhor do Mundo? 166 milhões dizia-se…e já assim veio um director do outro, o principal Manchester, cujo nome já não estou recordado, afirmar que com uma proposta destas seria difícil mantê-lo. Pois é, tudo me faz parecer que, se o City decidisse mesmo avançar para a contratação de Ronaldo poderia muito bem despender cerca de 200 milhões de euros (já se fala que, para o Real Madrid contratar Messi, no total, teria de dispender 254 milhões de euros (!), com as despesas com os impostos,… – com 150 a serem atribuídos ao Barça). Atenção, estou simplesmente a especular, porém com os valores que o clube tem à sua disposição, com a intransigência do United em vender o português e com as mãos largas do sheik (ao ver que a última contratação do City, Nigel de Jong, tinha uma cláusula de rescisão que o permitia sair no Verão por 2.3 milhões de libras, cerca de 3.5 milhões de euros e foi contratado, já este mês, por 17 milhões de libras, cerca de 18.4 milhões de euros, pode-se ter uma – boa – ideia da disponibilidade financeira do clube), tudo aponta para um valor que não há de ficar muito longe ao que referi (se isto, porventura, viesse a acontecer). Peço às pessoas para imaginarem uma equipa que juntasse jogadores como Cristiano Ronaldo, Lionel Messi, Fernando Torres e Zlatan Ibrahimovic, tudo junto…Bem sei que existem mais jogadores como Kaká, que irão rejeitar a proposta de se juntar ao City por fidelidade ao seu clube (por enquanto, pois se o clube corresponder às minhas expectativas, este lote de jogadores vai-se encurtar cada vez mais, admitindo que haja sempre 1 ou 2 jogadores que rejeitem essa possibilidade, porém estes tornam-se excepção à regra, ao passo que, actualmente, quase todos os grandes jogadores rejeitam o City). Mas o que é facto é que um clube que começa a ganhar títulos, aumenta as suas possibilidades. Pegando no exemplo do Chelsea. Quem é que, em 2002, aceitaria juntar-se ao clube (falo de nomes sonantes)? E repare-se, neste momento, os jogadores que o Chelsea já teve ou tem nos seus quadros, 5 anos e meio após a aquisição do clube (Junho de 2003), por parte do magnata russo Roman Abramovich. Falo de Hernan Crespo, Adrian Mutu, Juan Sebastián Verón, Claude Makélélé, Didier Drogba , Michael Essien, Michael Ballack, Andriy Shevchenko, Ashley Cole,… Veja-se o que é que o Chelsea era e no que é que se tornou em pouco mais de 5 anos. Penso que as potencialidades do City estão a vista de todos nós, excepto daqueles que não as querem ver. Agora claro: todas estas verbas que se despenderem com jogadores, terão de ser acompanhadas por uma boa gestão desportiva da equipa (problema que o Real sofre há muito tempo, com o fulgurante exemplo dos galácticos). Para finalizar, gostaria só de deixar a minha opinião ao sheik: para atingir sucesso, o City vai ter de contratar um grande treinador, tal como o Chelsea fez, após um ano de Ranieri, quando Abramovich foi buscar Mourinho, um treinador que, apesar de ainda não ter na altura um grande currículo, tinha uma grande capacidade, era jovem, metódico e ambicioso. O Manchester City, se quer mesmo ombrear com o seu rival United, devia começar logo pela escolha de um bom treinador, como o era Eriksson, que na minha opinião nunca devia ter abandonado o clube, após ter começado bastante bem o campeonato e ter terminado a temporada transacta na 8ª posição, dando mesmo a possibilidade do clube ir à Europa. Foi a primeira época, ainda não tinha estrelas, mas não foi o suficiente para convecer Shinawatra – não percebo estes dirigentes. Mas já que cometeu o disparate de despedir Sven-Goran Eriksson, que vão escolher outro, pois bons treinadores disponíveis para comandar o City não faltam. Já se falou em Mancini (sem clube), os rumores mais recentes apontavam para Mourinho (seria excelente em tudo, na minha opinião), sugiro que também estudem nomes como o de Frank Rijkaard (sem clube),…como vêem a oferta não é pouca, antes pelo contrário. Agora, Mark Hughes? Para um clube que quer ser grande, quer pensar como um grande, quer jogadores grandes, tem obrigatoriamente de ter um treinador grande, que faça sentir aos jogadores que estes não são superiores a ele. O clube estava ainda há pouco tempo abaixo da linha de água, neste momento melhoraram e estão em 9º - já com maiores recursos para o técnico – falo de jogadores. Apesar de tudo, fica a pergunta, não seria melhor terem mantido o sueco, um reconhecido líder de homens? Não sei se Eriksson, teria permitido Robinho viajar para o Brasil, com a finalidade de tratar assuntos pessoais e com a suposta autorização da direcção, a tão poucos dias de fazer anos.
Acabou! No último dia do mercado de Verão, o Manchester City juntou aos seus quadros Robinho, esse mesmo que tem feito correr bastante tinta diariamente nos jornais, alegando estar insatisfeito em Madrid e expressando a sua vontade em se transferir para o Chelsea, treinado pelo seu compatriota Luiz Felipe Scolari. Quero desde já chamar à atenção dos adeptos do desporto-rei, para "o outro clube" de Manchester, o City! Comprado no ano passado pelo ex-primeiro ministro tailandês, Thaksin Shinawatra, por uma soma de 180 milhões de euros, rápido se percebeu que este tinha um projecto ambicioso para o clube, ao contratar um treinador de classe mundial - Sven Goran-Eriksson - e a ele juntar nomes (jogadores), também eles de classe, como Elano, Martin Petrov, Emile Mpenza, Vedran Corluka, Nery Castillo (emprestado por uma época e meia), Valeri Bojinov e, num patamar mais promissor - não tanto à procura da capacidade actual dos jogadores, mas mais do potencial dos mesmos, Gelson Fernandes e Felipe Caicedo, ambos provenientes da Liga Suíça de Futebol (no primeiro caso, proveniente do Sion, por uma verba de 5,5 milhões de euros - Gelson Fernandes que depressa se impôs na equipa principal e realizou uma temporada de grande nível - e, no segundo caso, proveniente do Basel, por uma verba de 7 milhões de euros). De todos estes jogadores há que destacar Elano, Petrov, Corluka e Gelson Fernandes: os três primeiros por serem de facto grandes jogadores, com grandes atributos, que realizaram um excelente campeonato e o último pela época bastante boa que realizou (apenas com 22 anos, e tendo sido este o seu primeiro ano na Premier League, rapidamente se impôs na equipa principal) e pelo grande potencial que representa. Para a época 2008/09, dos reforços atrás referidos que se destacaram, apenas permaneceram no clube Elano, Petrov e Gelson Fernandes (apesar de ainda se manterem no clube Castillo, Bojinov e Caicedo), pelo que o clube voltou a apostar em grande (bem em grande) na construção da época que se avizinha, 2008/09, resgatando nomes como Robinho (42 milhões de euros), Jô (24 milhões) e Shaun Wright-Phillips (11,25 milhões), isto no plano ofensivo, e Pablo Zabaleta (8,7 milhões), Vincent Kompany (8,5 milhões) e Tal Ben-Haim (6,4 milhões), no plano defensivo - constituindo um total de 100,85 milhões gastos esta época em transferências, amortizadas em apenas 20,825 milhões, através das vendas de Vedran Corluka (10,5 milhões de euros), Rolando Bianchi (7 milhões), Andreas Isaksson (2,8 milhões) e, num patamar bastante inferior: Matthew Mills (450 mil euros) e Ashley Grimes (75 mil). Eriksson saiu para assumir o comando da selecção do México. Para colmatar a sua ida, o Manchester City contratou um técnico com muitos anos de Premier League (quer como jogador, quer como técnico): Mark Hughes, num contrato de três anos (expira em 2011). Por tudo isto, todo este potencial que a equipa e a gestão do clube vem demonstrando desde o ano passado, vejo esta equipa a lutar por outros objectivos que não estes dos últimos anos - o clube já não ganha um campeonato há 40 anos (desde 1968) e a classificação da última temporada (9º lugar) é a melhor desde 1991/92, há precisamente 16 anos, onde ficou em 5º lugar. Este ano, a época foi também preparada pelo bilionário tailandês - pelo menos que se saiba -, porém o clube foi ontem comprado pelo grupo Abu Dhabi (ver post anterior), que já fez questão de enumerar os objectivos do clube, muito simples: tornar o City no maior clube inglês, começando desde já por, no final da época, deixá-lo entre os quatro primeiros classificados da Premier League. Porém, os objectivos do City não se ficam por aqui, se tivermos em conta as ambições dos novos investidores, que querem o título da Premier League já para o ano que vem (época 2009/10) e a Liga dos Campeões na época seguinte (2010/11). Para isso é preciso dinheiro e, como tal, Sulaiman Al-Fahim (membro da Direcção do grupo Abu Dhabi) já veio dizer que o grupo árabe irá dar apoio ao clube no que a contratações de jogadores diz respeito.
E o próximo jogo é já dia 13 contra...o Chelsea.
NOTA: "Nós estávamos à procura de um negócio que pudesse ajudar o desporto de Abu Dhabi mundialmente", refere Al-Fahim, prosseguindo: "Eu estou a abrir uma janela para os meus jogadores dos Emirados Árabes Unidos jogarem na Premier League. A nossa ideia é ajudar os jovens nos EAU e ajudar os jogadores talentosos a jogar no Reino Unido e na Europa.", conclui. Como Ismael Matar é a estrela dos Emirados Árabes Unidos, o melhor jogador deste país, em actividade, e tem, como já tinha referido, apenas 25 anos, será que o Man. City vai juntar o útil (ser um jogador da mesma nacionalidade do Grupo Abu Dhabi e este ter interesse em atrair jogadores talentosos do seu país para, assim, melhorar o prestígio do mesmo) ao agradável (acção de marketing, tal como a contratação de Park Ji-Sung, por parte do Manchester, há 3 anos - 2005, ao PSV), e vai avançar para a contratação de Matar? Bastante provável...e está avaliado em apenas 450 mil euros.