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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

2008-09, Liga Sagres 18ª jornada, Benfica 3 - Paços de Ferreira 2

Benfica 3 – Paços de Ferreira 2

Óscar Cardozo 70’ 1-0

Rúben Amorim 73’ 2-0

Ferreira 76’ 2-1

Di María 87’ 3-1

Kelly 90+2’ 3-2

Aos 12’, falta de Danielson sobre Reyes. Livre batido na esquerda por Carlos Martins para a entrada de Luisão ao segundo poste em peixinho. O central brasileiro, sub-capitão do Benfica, cabeceou à trave, após a bola ter embatido no chão, na recarga, Aimar também tentou de cabeça, mas Cássio teve bons reflexos, ao evitar o golo. Aos 45’, Rubén Amorim chuta em forma de charuto a bola para a entrada da área, Aimar dá um toque de cabeça para trás de si, para Reyes, que está em linha com Danielson. O espanhol não consegue dominar bem a bola com o pé direito e, como solução, roda rapidamente sobre si, e chuta de pé esquerdo à baliza do Paços, naquela que foi uma jogada muito apoiada pelos adeptos do clube da Luz. No entanto, saiu à figura e não levou muita força. Aos 55’, Rubén Amorim tenta aliviar a bola que cai, no entanto, em Ferreira, que combina bem com Edson. Ferreira lá acabou por conseguir o que queria: criar perigo, ao fazer um passe de desmarcação, mesmo no limite, para Leandro Tatu, que tentou fintar Moreira, porém, quando o fez, ficou em posição difícil para fazer o golo, e foi obrigado a chutar rapidamente, pela pressão de Jorge Ribeiro. Para evitar o pior, David Luiz colocou-se na linha da baliza e, quando a bola lhe chegou, vagarosa, tratou de a enviar depressa para o sítio mais longínquo que conseguiu. Aos 56’, foi a vez de Sídnei tentar a sua sorte de cabeça, sem sucesso, após canto cobrado na direita por Reyes, ao segundo poste. Aos 70’ dá-se o golo do Benfica, por intermédio do paraguaio Óscar Cardozo. Sídnei envia a bola para o centro do terreno, Aimar toca para Cardozo que a persegue e aproveita um autêntico brinde de Cássio para ter apenas de encostá-la para o fundo das redes da baliza pacense. Boa decisão da equipa de arbitragem em decidir validar o golo, uma vez que o paraguaio estava em posição regular, mesmo no limite. 4’ mais tarde, aos 73’, o Benfica chega ao 2º, por intermédio de Rubén Amorim, que teve uma clara subida de produção com a entrada de Di María e a saída de Carlos Martins, uma vez que deixou o flanco direito e passou a jogar onde realmente “sabe”, no centro do terreno. Cardozo executa uma boa finta sobre o jogador do Paços e tenta o passe para Aimar, este é no entanto interceptado e a bola sobra para Rubén Amorim que, vindo de trás, executa rapidamente o remate com o pé direito, muito bem colocado, à baliza de Cássio. Golaço! Aos 75’, reduz o Paços, por intermédio de Ferreira. O médio do Paços, figura da equipa no jogo de ontem, livrou-se bem de Katsouranis, rodou sobre si mesmo e colocou a bola por entre Sídnei e Jorge Ribeiro, a abrir para Rui Miguel que vai buscar a bola à linha de fundo, ganha no duelo a Sídnei e devolve a Ferreira, que entretanto aparece vindo de trás para chutar rasteiro cruzado para o fundo das redes da baliza defendida por Moreira. Aos 87’ que dizer do golo de Di María? Um verdadeiro golão, com todas as letras! David Luiz marca o lançamento de linha lateral para Angelito, sendo que, mal se apanha com a bola, apenas dá um toque para colocá-la a jeito e, vendo Cássio avançado, chuta forte e colocado para o lado direito da baliza do Paços. Remate este que, pela má colocação de Cássio, que ficou muito mal na fotografia, não precisou de subir muito alto, antes pelo contrário. Após uma grande combinação de dois jogadores pacenses, o cruzamento acabou por sair, longo, para a esquerda, onde, sem marcação, apareceu Chico Silva a chutar a bola para o fundo das redes, aos 90+2'. Mesmo nos últimos instantes da partida, aos 90+3’ David Luiz comete falta sobre Leandro Tatu, por jogo perigoso. Após livre cobrado da esquerda, Luisão tenta aliviar a bola, porém esta sobra para Kelly, que remata ao poste. A bola volta para Kelly, que a volta a rematar, quando Moreira não estava em posição de a defender, valeu Sídnei que não esteve com meias medidas e a enviou em direcção à linha lateral. Nem deu tempo para a marcação do lançamento, soou o apito final.

sábado, 4 de outubro de 2008

Benfica 08/09

Tenho vindo a defender que este Benfica tem potencial para grandes feitos e nesta semana a equipa da Luz correspondeu às minhas expectativas ao realizar duas grandes exibições (contra Sporting e Nápoles, os dois em casa, a contar para a Liga e para a Taça UEFA, respectivamente; em ambos os jogos venceu por 2-0). Primeira grande aquisição para a época 2008/09 e que foi responsável por todas as restantes: Rui Costa. Se ainda restavam dúvidas quanto à capacidade do antigo maestro e agora director-desportivo e administrador da SAD em tomar as rédeas do glorioso, estas já se terão dissipado pois, afinal de contas, o Benfica precisava (e continua a precisar) de estabilidade e boas soluções dentro do plantel e, ao que tudo indica, o antigo número 10 dos lampiões veio rectificar ambas as necessidades da águia. E vai ser pelas boas soluções encontradas pelo Benfica para fazer frente à longa época que tem pela frente que eu vou começar a escrever. Questionava-se se o facto de Rui Costa ter sido um antigo jogador de futebol (de classe mundial) poderia ter uma relação directa com as suas habilidades na função que agora desempenha. O que é facto é que, e por isso serem importantes os parêntises que eu coloquei para elevar Rui Costa a um nível superior ao da grande maioria dos jogadores: um ex-jogador de classe mundial, Rui Costa percebe os jogadores, compreende-os e sabe o que é ser como eles, possui uma lista de contactos infindável e, para somar a todas estas virtudes e vantagens, trata-se de um homem muito respeitado no Mundo do Futebol, não só por ter sido o jogador que foi, dos melhores que já passaram pelos relvados, como também pela sua postura e atitude. Por tudo isto, arrisco-me a afirmar que Rui Costa será mais importante no Benfica como director-desportivo do que o foi enquanto jogador. O tempo me dará razão.
Depois de feita uma pequena introdução aos muitos benefícios que acredito que Rui Costa ainda pode trazer e está já a trazer para "sua casa" , vou então passar a dar a minha opinião relativamente aos reforços encarnados para encarar com garra a época que começou há quatro jornadas. Começando por Quique Flores. Boa aposta de Rui Costa: treinador jovem, ambicioso, disciplinador que, apesar da pouca experiência como treinador (treinou as camadas jovens do Real Madrid, onde apanhou jogadores muito desejados por si para o seu novo projecto com o Benfica, esta época, tais como Javier Balboa, Luís García e Jordi Codina - apenas as negociações pelo primeiro chegaram a bom porto -, seguiu-se o Getafe, cargo que ocupou de 2003 a 2005 e, antes de assinar pelo Benfica, o Valência, entre 2005 e 2007), já tem realizado bons trabalhos pelos clubes por onde passou. Para além dos seus atributos enquanto treinador, Quique impressiona com as frequentes declarações positivas, humildes e perspicazes que profere e que encaixam que nem uma luva naquilo que se pretende para o "Novo Benfica", tais como "90 % de suor e 10 % de sorte", e com as substituições eficazes que efectua. Relativamente a jogadores, é de notar que o Benfica parece ter acertado em todas as suas contratações, factor fundamental para o sucesso de uma equipa e que tem permitido ao FC Porto manter-se no topo da Liga nos últimos três anos. Começando pelos reforços sonantes, os nomes de Pablo Aimar, José António Reyes e David Suazo falam por si: jogadores de classe mundial e que têm como denominador comum o facto de falarem todos a mesma língua, o castelhano. Aimar foi a grande contratação da época, o grande nome arranjado pelo Homo-mercato do Benfica para o suceder, sendo a sua responsabilidade a de fazer, não digo esquecer Rui Costa, pois isso será impossível, mas sim tentar "tapar" ao máximo o buraco da sua ausência. Porém, até aos dias que correm, ainda não conseguimos ver jogar o "verdadeiro Aimar", pois o que chegou tem estado permanentemente lesionado e limitado fisicamente, todavia, quando pega na bola, vê-se logo que se trata de um jogador com uma técnica bastante acima da média e que, se recuperar a sua forma física de outrora, constituirá certamente uma grande mais-valia para o Benfica. David Suazo demonstrou toda a sua classe ao facturar na sua estreia pelo Benfica, fora, contra o Nápoles e, apesar de se ter lesionado, teremos ainda muito tempo para observar a sua capacidade de explosão durante várias jornadas, nacionais e europeias. Por fim, ainda no campo dos reforços sonantes, Reyes tem sido o reforço que mais rápido se tem adaptado à realidade do clube da Luz, tendo esta semana marcado dois golos decisivos, que deram o mote a duas vitórias importantíssimas e que mais rápido tem caído na graça dos adeptos. É de relembrar que apenas Aimar foi adquirido na totalidade, por 6,5 milhões de euros, ao passo que o Benfica ainda só adquiriu 25% do passe de Reyes por 2,65 milhões de euros, que vem por empréstimo de uma época, com uma cláusula de compra avaliada em 8 milhões de euros e David Suazo que, apesar de em Itália afirmarem que o empréstimo de um ano contempla cláusula de compra, tudo indica para o contrário. A boa política de contratações do Benfica para a temporada 2008/09 não se limitou a reforços sonantes (nem devia, devido ao elevado preço dos mesmos, não só a nível da transferência, como também dos salários), mas também a duas jovens promessas internacionais, a jogadores em fim de contrato e, como tal, adquiridos sem qualquer custo envolto na transferência e ainda a jogadores que não se incluem nem num grupo nem no outro, como são os casos de Carlos Martins e Javier Balboa. Assim, o Benfica apostou em Urreta, extremo-esquerdo/ponta-de-lança uruguaio, que veio do River Plate do Uruguai. Tido como uma das grandes promessas do seu país, Urreta transferiu-se para o Benfica a troco de 1,25 milhões de euros estando na altura a realizar um início de campeonato promissor com 8 golos em 14 jogos e a sua aquisição a ser disputada por algumas equipas europeias, com especial destaque para Chelsea, Real Madrid e Ajax. Apesar de alguma imaturidade própria da idade, este jovem mostra-se bastante bravo e raçudo a jogar, demonstrando possuir também boa velocidade. Sídnei, a outra jovem promessa internacional teve como cartão de visita os 5 milhões de euros dispendidos pelo Benfica por metade do seu passe, o que só demonstra a grande esperança que o clube da Luz deposita neste jovem brasileiro. Sídnei tem cumprido a sua missão com excelência, realizando grandes exibições, tendo inclusivé já marcado contra o Sporting, no jogo a contar para a quarta jornada da Liga, e contra o Nápoles na primeira-mão da eliminatória de acesso à fase de grupos da Taça UEFA. Destaca-se pela sua compleição física (185 cm e 80kg) e pelos bons índices de desarme que apresenta. Pegando nos jogadores contratados a custo zero, temos os portugueses Rúben Amorim, que abre uma excepção à regra, pois, apesar de estar em fim de contrato, "obrigou" o Benfica a pagar uma indemnização ao Belenenses de 900.000/1 milhão de euros, jogador que está a dar continuidade à sua qualidade já conhecida aquando dos tempos do Belenenses, agora num clube que já chegou a representar nos escalões de formação, clube esse com ambições e pressão maiores que o de Belém. Jorge Ribeiro, contratado ao Boavista, ele que também já tinha representado o clube da Luz: ao serviço do Bessa, facturou oito golos e realizou sete assistências em 26 encontros na época passada, que constituiu a sua primeira e última época de pantera ao peito. Outro jogador contratado a custo zero ao Boavista , foi Ivan Santos, internacional sub-20 também ele português, uma das maiores promessas nacionais disputado, entre outros, pelo Belenenses, que acabou por ingressar no clube da Luz, apesar de ter sido logo emprestado ao seu clube formador de onde tinha acabado de sair - Boavista - e pelo qual veste o número 10 nas costas e forma a dupla atacante com João Tomás (nº9, jogador que teve passagens, entre outros, pela Académica, Benfica, Bétis e Braga). No plano internacional, ainda a custo zero, encontra-se a situação de Hassan Yebda que, apesar de ter ganho o campeonato do Mundo de sub-17, em 2001, pela França, numa selecção em que figuravam, entre outros, os primos Sinama-Pongolle e Anthony Le Tallec, "ninguém" (e quando digo "ninguém", estou a incluir-me nesse "ninguém") dava nada por um médio do modesto Le Mans, que ficou em nono lugar na liga francesa no ano transacto, que jogou apenas 17 jogos a titular e neste momento é admirado por toda a gente, pelo excelente jogador que é: um trinco/interior muito útil e eficaz, com uma grande compleixão física (187cm e 77kg), muito alto, varre o meio-campo, bom no passe curto e que realiza muitas faltas inteligentes. Forma uma excelente dupla no meio-campo benfiqusita com Carlos Martins. Um jogador inteligente e bastante interessante (aqui fica uma grande contratação de que há uns meses falava, que os clubes têm, ou pelo menos deviam, de fazer: avaliar as capacidades dos jogadores e encaixá-los na equipa tendo em conta as suas capacidades e não o que fizeram nos últimos meses ou o facto de serem de renome). Para terminar esta curta análise aos reforços encarnados temos, entre os reforços sonantes e os que vieram a custo-zero, Javier Balboa, contratado ao Real Madrid por 4 milhões de euros, jogador que tarda bastante a impôr-se (é suplente) e o magnífico Carlos Martins, jogador de características que aprecio bastante, características estas que se baseiam na visão de jogo e na capacidade de passe (longo e curto), essencialmente, o que a juntar à sua garra, capacidade de marcar cantos, livres e rematar de longe, o tornam num dos melhores jogadores da Liga Portuguesa. Para além do mais, está com uma vontade muito grande de se impôr no futebol português, oportunidade que lhe foi dificultada em Alvalade, onde tinha fama de indisciplinado. Mais uma grande contratação do Benfica.

Como Rui Costa e Quique Flores têm tentado passar a mensagem: é preciso tempo para construir uma equipa e os adeptos precisam de ter paciência. Tem de haver humildade e esforço para catapultar o Benfica para os tempos gloriosos outrora sentidos com frequência na Luz. Mas uma coisa é certa, o Benfica está no bom caminho...