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domingo, 12 de abril de 2009

2008-09, Liga Sagres 24ª jornada, Sporting 3 - Naval 1

Sporting 3 – Naval 1


Pereirinha 13’ 1-0

Marcelinho 16’ 1-1

Liedson 27’ 2-1

Liedson 90+4 3-1


Logo aos 6’, a Naval esteve perto do golo, valendo uma intervenção muito boa de Rui Patrício a negar o golo a Davide, Carlitos marca o lançamento de linha lateral pela direita do ataque navalista, dá para Godemèche que junto à linha de fundo centra rasteiro para trás, onde surge Davide a rematar forte ao ângulo, mas para o lado de Rui Patrício. 7 minutos depois foi a vez do Sporting causar perigo, com a particularidade de a ofensiva ter dado o primeiro golo. Miguel Veloso, espicaçado com os assobios que se faziam sentir sempre que este tocava na bola, recebe a bola a meio-campo e faz um passe soberbo para as costas da defesa da Naval, mais propriamente de Baradji, o médio francês escorrega, saindo da jogada e deixando o levezinho à solta, ainda derruba Liedson mas rapidamente este controla a bola e se levanta entregando para Pereirinha, que vem detrás, a oportunidade de fazer o primeiro tento do jogo, este não desperdiçou. O golo da Naval não demorou a chegar, visto que aos 16’, já Marcelinho fazia o gosto ao pé: Veloso tentava sair calmamente para o ataque, virando o jogo para Pedro Silva, que se encontrava na direita, porém o passe saiu fraca e deu a possibilidade a Marinho, que se encontrava perto de Pedro Silva, de interceptar o passe e apanhar o Sporting em contra-pé, foi o que fez! Seguiu com a bola controlada em velocidade, onde se lhe depararam dois obstáculos, de nome Daniel Carriço e Pedro Silva, o primeiro tentou fechar o espaço a Carlitos, o segundo precipitou-se a interceptar a bola e acabou a atirar-se disparado para o chão, num erro que lembra as escolinhas a competir. Perante esta displicência da defensiva do Sporting (dois homens deveriam ter chegado completamente para anular o perigo e mesmo Carriço poderia ter feito bem melhor), Carlitos não teve grande dificuldade em cruzar a bola para Marcelinho, que se encontrava no coração da área ausente de marcação e não perdoou. Estava assim feito o empate, num lance em que Veloso reuniu também muitas culpas, pela maneira como deixou Marcelinho ausente de marcação, para ir marcar Carlitos, que estava rodeado por Carriço e Polga. Aos 27’, Godemèche proporcionava ao Sporting um lance de grande perigo, ao fazer falta sobre Liedson, por trás, mesmo à entrada da área. Deste livre surgiu um golo soberbo da equipa de Alvalade, Moutinho preparar-se para bater, e executa o livre com o intuito de rematar forte e colocado à baliza, tentando o golo, obrigando Peiser a estar atento à trajectória da bola e a mover-se com a mesma. No meio de todo este cenário surge Liedson, sempre muito activo nas movimentações, a cabecear a bola, quando esta ia a cerca de meio da sua trajectória, para dentro da baliza da Naval. Aos 76’, foi a vez de Derlei tentar a sua sorte, após receber um centro de Moutinho, da direita, de pé esquerdo mas muito bem direccionado, aparecendo sem qualquer tipo de marcação e cabeceando ao lado do poste da baliza de Peiser. Aos 81’, a Naval oferece mais um lance perigosíssimo ao Sporting, tirado a papel químico do que deu o primeiro golo a Liedson, após Lazaroni ter tocado com a mão na bola à entrada da área. Como tal, o livre foi indirecto e não directo como o outro e Moutinho necessitou de um toque de Veloso para o lado, para poder rematar à baliza, onde Peiser socou a bola, mesmo tendo esta ido à figura. Mesmo a terminar (90+4’), Izmailov rouba a bola a um navalista em sítio perigoso, combina com Veloso, e aparece no centro com a bola controlada a rematar à figura de Peiser, muma jogada que, mais uma vez, não se percebe como é que o guardião soca a bola com os punhos e não a amarra, como deveria fazer sem grandes dificuldades. Como não fez o que deveria ter feito, apareceu Liedson, claro está, sempre a farejar oportunidades de golo, a não desperdiçar e a matar o jogo, com o seu bis.

segunda-feira, 23 de março de 2009

A Final polémica e a posição (contraditória) leonina


Final da Carlsberg Cup, grande expectativa de ambos os lados. Num ano em que a Liga estruturou a taça de modo a que os grandes pudessem ir mais além, de modo a rentabilizar e prestigiar a competição, entrando os clubes melhor classificados na temporada anterior, directamente na última fase de grupos, a final da Taça da Liga tem uma importância tremenda quando comparada com a do ano anterior, que o Sporting também perdeu nos penalties contra o Vitória de Setúbal. Antes do jogo o ambiente que se vivia no recinto do estádio e seus arredores era o ideal: clima de festa com adeptos benfiquistas e sportinguistas todos misturados, sem qualquer ponta de perigo, insufláveis para os adeptos se divertirem antes de entrarem no estádio propriamente dito, barracas a vender cerveja (ou não fosse a taça patrocinada pela Carlsberg),…enfim, uma panóplia de diversões pensadas para que o ambiente fosse propício a um verdadeiro espectáculo. Começo do jogo. Assiste-se a uma partida bem disputada em que o Sporting em tudo foi superior a um Benfica que poucas vezes levou perigo à baliza de Tiago com excepção a um remate de Aimar, através de um livre, de Reyes e um cabeceamento à barra de Miguel Vítor (mais uma vez irrepreensível), estas são aquelas jogadas que depressa me saltam à vista. Pelo desenrolar natural do jogo, era o Sporting quem ia fazendo a gestão do mesmo, aproveitando o golo marcado logo no início da segunda parte (48’) por Bruno Pereirinha. Final dos 90’. O Benfica empatou o jogo a um quarto de hora do final através de uma grande penalidade mal assinalada por suposta mão na bola de Pedro Silva que, como consequência, viu o segundo cartão amarelo e, como tal, o árbitro indicar-lhe o caminho dos balneários mais cedo do que esperava. O jogo vai a penalties, visto que os regulamentos não admitem prolongamento. Eis senão quando os papéis se invertem: a equipa que estava em vantagem e a jogar melhor, aparentemente com o jogo controlado, tentando buscar a segurança de um resultado positivo, para poder levar a primeira Taça da Liga para o museu de troféus do clube, depara-se consigo a suspirar pelo apito final e por aquilo que tantas vezes ouvimos pelo nome de lotaria dos penalties. Lotaria não é, visto que esta implica somente um ingrediente: sorte. E, se pegarmos no jogo do fim-de-semana que opôs os velhos rivais de Lisboa, verificamos que Liedson saiu mesmo ao terminar a partida, para dar lugar a Postiga, pela simples razão de não se sentir confiante para colocar a bola dentro das redes, quando fosse chamado a converter o castigo máximo. Quim eleva-se a herói da partida, ao defender três penalties, ele que estava a realizar um mau jogo, por sinal. Paulo Bento e Pedro Silva encarregam-se de espelhar o estado de espírito da equipa, um (o primeiro) fazendo um gesto de roubo, numa clara alusão à decisão errónea de Lucílio Baptista e outro (o segundo) a não aceitar que lhe fosse colocada a medalha ao pescoço e a atirar a mesma para longe, num gesto anti-desportista. Altura das emoções se apoderarem da racionalidade, com os adeptos sportinguistas que criticavam as novas tecnologias no futebol a desejarem o funcionamento das mesmas (permitam-me o à parte e pensem agora no sentimento do Vitória de Guimarães quando viu, no início desta época, a sua entrada na Liga Milionária comprometida por um fora-de-jogo mal assinalado, entrada esta que permitiria o encaixe directo de 5 milhões de euros, tão importantes para um clube da dimensão do Vitória (!), recém-promovido à Liga Principal há um ano), e com Soares Franco e Paulo Bento, bem como os vários jogadores e dirigentes do Sporting, a criticarem duramente a arbitragem. Aquele clube que se pronunciava como sereno no que às críticas aos árbitros dizia respeito, aquele que “nunca” se ouvia pronunciar, foi o mesmo que logo após um jogo com o FC Porto teceu duras críticas à arbitragem, tem criticado a arbitragem portuguesa constantemente no final dos jogos através do seu treinador nas conferências de imprensa, bem como nos flash-interviews. Soares Franco afirma que nunca mais falará com Lucílio Baptista na vida, afirmação gravíssima, e o Sporting acaba de abandonar a direcção da Liga. Não preciso dizer mais. Última nota: pelas várias petições a circular na internet deparo-me com uma especialmente engraçada, tem por base o transporte da Taça do museu do Benfica para o do Sporting. Pois bem, apesar do Benfica estar a jogar pior, ainda restavam 15’ de jogo, sem contar com a compensação, ou seja, ainda muita coisa poderia acontecer – nem que estivesse nos 90’ (recordar final da Champions de 1999, em que o Manchester entrou nos 90’ a perder por 1-0 com o Bayern e recuperou 1-2) –, não se pode partir do princípio que o jogo seria ganho pelo Sporting, nunca.