Ocorreu no passado sábado, no jogo para a Taça que opôs o Monsanto, da II Divisão, e o Benfica. Na primeira parte, Felipe Menezes usou o seu 24, porém, na segunda, um engano indesejado fez com que o brasileiro tivesse a camisola do compatriota David Luiz vestida, acção que o técnico Jorge Jesus não deixou de caracterizar com um gesto como que chamando atrasado ao ex-10 do Goiás. Acontece…poucas vezes mas acontece!
Logo aos 3’, Cardozo ficou muito perto de facturar, apesar da bola ter sido pontapeada com pouca força, após a recepção de um cruzamento rasteiro de Reyes na esquerda. O golo, que então fugira ao paraguaio logo muito cedo, acabaria por chegar ao minuto 29, acidentalmente, quando David Luiz colocou a bola dentro da baliza de Marcos, ao tentar cruzar para Nuno Gomes. O segundo das águias chegou 6 minutos depois, quando Maxi Pereira cruzou a bola para Tacuara e este, sempre muito oportuno, só teve encostar. 3 minutos depois, mais um golo para os caseiros; Reyes sofre obstrução de Manu. O mesmo Reyes bateu o livre para a área, na direcção de Sídnei, mas a bola sobrou para Cardozo fazer o 3-0, tudo muito simples. Até aqui o Benfica jogou bem, até ao apito final da primeira parte, o problema veio depois, numa equipa que parece não saber jogar sem sofrer os últimos 20 minutos. Na melhor altura para marcar, mesmo antes do intervalo (44’), o Marítimo fez o seu primeiro da noite, após livre (por obstrução de Reyes a Paulo Jorge) marcado por Bruno. O capitão, nº10 dos insulares, cruzou para a área, onde a bola encontrou em Marcinho o desvio para aquele que é o objectivo máximo do futebol, marcar. O último tento do jogo surgiu aos 60’, antecedido de uma falta de Maxi Pereira sobre Djalma, extremo angolano, jogador que esteve já com um pé na Luz, filho do ex-jogador do Benfica Abel Campos, ele que tinha entrado na partida há um quarto de hora, para o começo da segunda parte. Chamado a converter o castigo máximo, Bruno não perdoou e executou da melhor maneira a grande penalidade, ao enviar a bola para um lado e vendo Quim a estender-se em direcção ao poste oposto. Aos 63’, Di María vinha com a bola controlada pela direita do terreno, descobre Reyes parado á entrada da área, à espera da bola e, quando o espanhol a recebe, solta toda a sua classe, com um remate em jeito. Contudo, a bola – que ia bastante colocada e seria de difícil defesa para Marcos – foi desviada pela cabeça de Briguel, num lance que teria canto como desfecho, não assinalado pelo árbitro. Mesmo a fechar a partida, aos 90', ainda houve tempo para um cabeceamento de Di María ao lado do poste da baliza dos comandados por Carlos Carvalhal, após cruzamento de Maxi Pereira.
A primeira chance de golo ocorreu aos 11’ do jogo com um bom chuto cruzado de David Suazo, a fazer valer uma grande intervenção de Eduardo, que impediu que Suazo fizesse um grande golo. Aos 29’ foi a vez do Braga tentar a sua sorte, por intermédio de Alan, que respondeu da melhor maneira a um canto batido por Vandinho, ao desviar a bola de cabeça ao primeiro poste e a permitir a primeira boa intervenção de Moreira na partida, ele que salvou o Benfica em lances de golo iminente em 2/3 ocasiões realizando, assim, um grande jogo. Aos 41’ boa jogada de Di María na esquerda, interceptando um ataque do Braga e, assim, dando origem a um contra-ataque do Benfica, flectindo para o meio e assistindo Ruben Amorim, que tentou a sua sorte, puxando a bola para dentro e chutando com o seu pé menos forte (esquerdo). Bom chuto de Ruben Amorim. Aos 45’, o clube da Luz aproveitou da melhor maneira o livre que surgiu de uma falta cometida sobre David Suazo, na esquerda para marcar mesmo ao cair do pano da 1ª parte. Aimar bate bem o livre e David Luiz a usar da melhor maneira o seu jogo de cabeça. Nota negativa para a equipa de arbitragem que não assinalou fora de jogo a David Luiz, o golo foi marcado, assim, em posição irregular. Aos 3’ da segunda parte, ou seja, aos 48’ de jogo, é a vez de Rentería fazer os adeptos do Braga suspirar: livre batido na esquerda por Luis Aguiar, alguma confusão na área, Frechaut impede que a bola saia pela linha de fundo, dá para trás para César Peixoto, este dá de coxa para o meio e Rentería faz um remate acrobático, saiu por cima. Aos 57’, Suazo permite a defesa de Eduardo num penalty assinalado por Paulo Baptista, que entendeu haver falta sobre Di María na área. Poderá considerar-se que o João Pereira vem a agarrar Di María, porém mal entra na área tem a preocupação de o largar, logo se houvesse alguma falta, que penso não existir motivos para tal, seria fora da área. Mas o que o árbitro entendeu ser falta foi o encosto de Mossoró a Di María que, na minha opinião, foi apenas carga de ombro. Penalty inexistente. Para mim a melhor intervenção do Moreira aconteceu ao minuto 76’, em que este salva “literalmente” o Benfica numa magnífica intervenção em voo a travar, de mão esquerda, o chuto bem colocado de Alan. Mais uma vez, Moreira a salvar o Benfica, ao minuto 84’. Reyes perde a bola a meio-campo, num desarme de João Pereira e, muito bem João Pereira a lançar Rentería num passe a rasgar e este a fazer o que lhe competia e a tentar colocar a bola de trivela. Repito: mais uma vez Moreira a salvar o Benfica.