quinta-feira, 11 de junho de 2009

E Perez volta a arrasar...


Ainda agora começou e tenho a certeza que será um Verão bastante quente no que ao mercado de transferências diz respeito…até porque já começou a sê-lo e ainda nem começou o Verão! Apenas se contam 11 dias desde o início de Junho e já Perez anda a fazer das suas, empenhadíssimo em fazer crescer o seu Real Madrid, naquela que será a segunda era-galáctica do clube. Com Kaká já assegurado por 65 milhões de euros e com via aberta para negociar com Cristiano Ronaldo, após o Manchester United já ter anunciado a aceitação da proposta de 94 milhões de euros feita pelos merengues, o top 3 das transferências mais caras da história do futebol já terá sido alterado, novo top: 1º Cristiano, 2º Zidane e só depois Kaká. Contudo, não serão só estas duas estrelas os contratados (Kaká, melhor jogador do Mundo pela FIFA, em 2007, Cristiano Ronaldo, melhor jogador do Mundo pela FIFA, em 2008), uma vez que Perez não é homem de contratar dois jogadores e esperar sentado pelos seus frutos, mas sim de contratar meia dúzia de (verdadeiros) craques ao longo das temporadas e esperar por frutos desportivos e financeiros. Em Novembro do ano passado, em alturas que se começava a falar no nome de Perez como possível candidato à presidência do Real, pouco se falava ainda, escrevi a minha opinião sobre os galácticos, únicos até ao momento, elogiei a atitude de Perez em querer reunir os melhores jogadores do Mundo e que não compreendia a posição de muita gente, relativamente a esse ajuntamento de craques. Imagine-se: Figo, Zidane, Beckham, Ronaldo e Michael Owen, a juntar a Roberto Carlos e Raúl! A vertente financeira de tal mistela resultou num estrondo a nível financeiro, onde o Real Madrid voltou a ocupar o primeiro lugar na lista de clubes mais ricos do Mundo. O que nem sempre foi um poço de virtudes foi a equipa de futebol, em si, no relvado, uma vez que, com todas as estrelas a levitar no balneário, as expectativas exigiam muitíssimo mais. Mas é também neste ponto que discordo e discordei na altura de grande parte dos adeptos e acompanhantes do desporto-rei quando se discute a capacidade e os feitos dos primeiros galácticos: 2 Ligas Espanholas, 2 Supertaças de Espanha, 1 Supertaça Europeia, 1 Taça Intercontinetal e 1 Liga dos Campeões (7 títulos em 6 temporadas). Pois é…uma Liga dos Campeões, título que desde essa altura foge ao museu do Real Madrid. Dir-me-ão que 2 campeonatos em 6 anos é muito pouco para um clube da dimensão dos blancos e também concordo, porém, creio que falei neste ponto na altura, quantos títulos é que o Real tem ganho, ano após ano? Não será difícil então perceber a reacção dos adeptos merengues e do público em geral ao anúncio do milionário engenheiro civil de que se candidataria à presidência quando o clube fosse a votos (acabou por concorrer sozinho, uma vez que foi o único candidato a apresentar o aval bancário de 57 milhões de euros necessário para concorrer à presidência do clube, ele que tem um património líquido situado em 1,8 biliões de euros) – falta de títulos e de grandes exibições e, também, falta de dinâmica no mercado de transferências que, quer se queira quer não, tem faltado por completo desde a sua renúncia à presidência, em 2006 (fim da primeira era-galáctica).

Dinamismo do mercado de transferências

Desde o último ano do Mundial que os mercados de transferências (Inverno e Verão) têm estado muito parados. Em relação ao mercado de Inverno, é normal que assim seja, no entanto, em relação ao defeso, a situação é diferente, uma vez que o século XXI nos habituou, desde o seu início, a assistir a grandes somas (daí pegarmos no top 10 das maiores somas já alguma vez envolvidas na transacção de jogadores e repararmos que apenas uma (Vieri, 1999, transferido da Lazio para o Inter) não data de 2000, 2001, 2002,…mas sim de 1999! Desde 2006 até há bem poucos dias a transferência mais cara tinha sido a de Robinho do Real Madrid para o Manchester City, precisamente no Verão passado, que movimentou 42 milhões de euros. Bem sei que estamos em tempo de crise, mas também sei, e todos o sabem pela imprensa, que este Verão, no que ao futebol diz respeito, essa crise vai ser posta um pouco de lado e será um Verão para não mais esquecer – a começar pela ida de Cristiano para Madrid!

Manchester City

Há ainda no meio de tudo isto um clube que não está a ter a devida atenção. Adquirido no fecho do mercado de transferências dos ano passado, ainda a tempo de contratar Robinho, o sheik Mansour Bin Zayed têm um projecto interessantíssimo para o clube que passa por elevá-lo a potência mundial e para isso pretende levar os melhores também com ele. Muito se especulou aquando da compra do City sobre possíveis contratações, entre elas encontrava-se uma possível proposta de 169 milhões de euros por Cristiano Ronaldo. Tal não aconteceu, mas aconteceu uma de 150 milhões directa a Milão, aos escritórios do AC Milan, com o intuito de levar Kaká. O craque brasileiro acabou por rejeitar, invocando o seu amor fiel ao clube (agora houve uma de 65 milhões e o médio-ofensivo de 27 anos revelou ter aceite para bem da saúde financeira do clube (!), não escondendo contudo que um dia que saísse do AC Milan, gostaria que fosse com destino a Madrid, para representar o Real. Noticiada foi também uma proposta, e também ela de 150 milhões de euros, pelo histórico guarda-redes Iker Casillas. E muitas páginas mais poderiam ser escritas com possíveis compras do segundo clube mais poderoso de Manchester, mas uma coisa é certa: este defeso, os citizens irão voltar em grande!

Um comentário:

Anônimo disse...

O escandaloso arrasar de F. Perez!
Provàvelmente, não dá 1 Euro de esmola a um pobre, nem paga aos seus trabalhadores o que é devido.....
Inflacionar preços de transferências devia ser proibido.
Alguma vez vai ter retorno destes 160 milhões de Euros, a que devem ser acrescidos os vencimentos fabulosos destes 2 futebolistas ?
Por mim, volto a torcer pelo Barça que, espero bem, tenha uma época tão brilhante como a actual, relegando os merengues para baixo!
JA